As biorrefinarias apresentam maior eficiência energética e econômica do que processos tecnológicos convencionais que dão origem a um ou dois produtos. Essas unidades permitem produzir, a partir de uma única matéria-prima, produtos químicos como glucose, bioetanol, ácido cítrico, antibióticos, vitaminas, enzimas, biocorantes, bioetanol e bioplásticos. A afirmação é do professor do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), do campus de Rio Claro, Jonas Contiero.As biorrefinarias são complexos industriais que produzem combustível, eletricidade e produtos químicos a partir da biomassa. Contiero lembra que as primeiras unidades têm como característica a produção de álcool etílico por trituração seca, com cereais como matéria-prima com linhas de produção fixa. Já as biorrefinarias de segunda geração, usam tecnologia de trituração "molhada", que permite a produção de diversos produtos, dependendo da demanda.
No momento, segundo Contiero, estão em fase de desenvolvimento as biorrefinarias de terceira geração. Elas utilizam a biomassa lignocelulósica encontrada em resíduos agrícolas - por exemplo, o bagaço da cana-de-açúcar - para obter produtos químicos e biocombustíveis."Em uma biorrefinaria, uma única matéria-prima, como o bagaço da cana, é convertida em produtos como glucose, bioetanol, ácido cítrico, antibióticos, vitaminas, enzimas, biocorantes, bioetanol e bioplásticos", afirma Contiero em entrevista concedida a Elton Alisson, da Agência Fapesp.Entre os produtos, um dos que mais se destacam são os bioplásticos, ou plásticos biobased.
Os principais tipos desse plástico são à base de amidos, de polihidro-alcanoatos, de ácido polilático, como de cana-de-açúcar, e os derivados de celulose.De acordo com dados de mercado, apesar de ainda representar apenas 0,5% dos 230 milhões de toneladas de plásticos consumidos atualmente no mundo, o segmento de bioplásticos tem registrado crescimento de 20% a 25% ao ano, com expectativa de produzir 230 mil toneladas ao ano na próxima década."Os países com maior capacidade de produção estimada de plásticos biobased são os da Europa, com 140 mil toneladas ao ano, seguidos dos da América do Norte, com 80 mil toneladas, da Ásia, com 40 mil toneladas, e da América do Sul, com 500 toneladas", disse Contiero.O produto é utilizado em diversos setores, como os de embalagem, vestuário e biomédico. No Brasil, entre as empresas que produzem esse tipo de plástico a partir da cana estão a Braskem, PHB Industrial e Usina da Pedra.
Fonte: http://invertia.terra.com.br
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