domingo, 31 de janeiro de 2016

Empresa italiana vai construir fábrica de bioplástico no Brasil

A italiana Bio-On assinou acordo com a Moore Capital para construir uma fábrica de bioplástico que usará como matéria-prima co-produtos da cana-de-açúcar. A empresa vai construir uma fábrica com produção de 10 mil toneladas por ano no Estado de São Paulo. A Moore Capital tem uma opção de construir uma segunda unidade no país que poderá ser instalada no Acre. A Bio-on foi fundada em Emilia Romagna, Itália, uma região que particularmente combina as habilidades valiosas das pessoas que trabalham lá. Ela começou a usar a matéria-prima presente localmente (resíduos de beterraba), para a produção de PHA (Polihidroxialcanoatos), um excelente plástico produzido a partir de resíduos de produtos agrícolas. Um processo único, mas pouco conhecido, com a capacidade de tirar o máximo partido da grande experiência química italiana. Bologna sempre foi considerada a capital da embalagem e a Bio-on participa ativamente na disseminação de novas tecnologias para produção de PHAs preservando rigorosamente a conveniência dos custos de produção e desenvolvimento de materiais ambientalmente responsáveis e completamente biológicos. A Bio-on possui empresas em todo o mundo, principalmente usando resíduos de produtos a partir de beterraba açucareira e de cana-de-açúcar para produzir PHAs.


Fonte: http://br.reuters.com/

sábado, 30 de janeiro de 2016

Soro de leite vindo da produção de queijo pode ser uma matéria-prima valiosa para o novo Bioplástico

Produzimos centenas de milhões de toneladas de plástico todos os anos. Será que podemos reduzir a dependência do petróleo e ajudar o meio ambiente substituindo alguns plásticos por novos materiais ecológicos, com características semelhantes? O soro de leite vindo da produção de queijo pode ser uma matéria-prima valiosa para o novo plástico biodegradável. Desenvolvido no âmbito de um projeto de investigação europeu, pode ser utilizado em caixas, tijolos ou embalagens de alimentos. A investigadora em ciência dos materiais, Maria Beatrice Coltelli, explica: “Os grânulos são utilizados para obter esta película que é inserida nesta parte de um material com múltiplas camadas – que também contém papelão e alumínio.” Uma empresa em Mimizan, França, produz embalagens com base de papel, combinando vários materiais. Cada camada desempenha o seu papel na proteção do conteúdo da embalagem. Esta empresa pretende apostar na inovação.
“Este novo material é feito a partir de resíduos, proteínas que são subprodutos da agricultura – é sustentável e totalmente renovável, ao contrário dos recursos fósseis. É por isso que considero que pode ser uma alternativa viável, para a película de plástico, no futuro” – diz a engenheira de embalagens da Gascogne Emballage, Anne Kaschke. Apostando na investigação e desenvolvimento, este novo bioplástico ainda pode ser melhorado. Pode ser mais fino e mais fácil de utilizar a nível industrial. A Coordenadora do projeto BIO-BOARD, Elodie Bugnicourt, acrescenta: “É impossível parti-lo com as mãos – pelo menos eu não consigo. Ainda estamos a desenvolver e a melhorar algumas propriedades, como todos os pormenores relacionados com o processo industrial. É preciso aumentar a velocidade de produção e melhorar a convertibilidade dos materiais, para que possam passar por máquinas como esta.” Outra grande vantagem do novo bioplástico é que simplifica a reciclagem. Os materiais podem ser separados mais facilmente e recuperados de forma mais eficiente. Este novo bioplástico tem boas propriedades mecânicas, é ecológico e facilmente reciclável e pode conquistar um lugar no nosso quotidiano.


Fonte: http://www.bioboard.eu

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Empresa de Ílhavo em Portugal produz algas para a elaboração de bioplásticos

Junto ao rio de Aveiro, em Portugal crescem macroalgas associadas à piscicultura.Nos tanques, há robalos e douradas, nomes bem conhecidos da pirâmide alimentar, e em outros, alface-do-mar, cabelo-de-velha, musgo-irlandês, botelho-comprido, erva-patinha e chorão-do-mar. Estas seis espécies de macroalgas (não são microscópicas) também podem vir a fazer parte da cozinha portuguesa ou, então, ser matéria-prima para bioplásticos. Povoam a costa e, desde 2013, são produzidas pela empresa nacional Algaplus.
Instalado em Ílhavo, perto de Aveiro, o sistema das algas serve para filtrar a água que fica suja depois de ser utilizada pelos peixes. “Produzimos macroalgas que biofiltram, ou seja, fazem a biorremediação da água que vem da produção de peixes”, explica Helena Abreu, diretora de investigação e desenvolvimento da Algaplus. “Um organismo recicla os resíduos produzidos por outro e transforma-os em produto de valor.” Neste caso, o produto de valor são as macroalgas.
Só em 2010 foram produzidas 20 milhões de toneladas de algas secas em todo o mundo: 99% teve como destino a indústria alimentar. Usamo-las como legumes, com batatas fritas, para gelificantes, caramelizantes, texturantes ou espessantes. O sudeste asiático é a região onde mais se produz algas e 90% desta produção é em regime de aquacultura.
Por terem amido e outros polissacarídeos, as macroalgas podem servir para fabricar bioplásticos. O amido pode se sintetizado em ácido poliláctico, completamente biodegradável, e usado para produzir películas de plástico para rótulos de garrafas. Com os polissacarídeos, como os alginatos ou o ágar-ágar, podem fazer-se películas para cobrir os alimentos. “Estas películas podem ser comestíveis e prevenir a oxidação dos frutos”, diz a bióloga.
Agora, o consórcio de investigação melhorando as técnicas de produção de macroalgas, de extração e purificação dos seus compostos e a sintetização dos bioplásticos. Só desta forma poderá baixar os custos. Para as macroalgas low cost atingirem uma boa produção de amido, os biólogos já perceberam que, a certa altura, elas têm de receber muitos nutrientes: “Só assim se pode competir com as empresas petrolíferas.”


Fonte: https://www.publico.pt

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Nova técnica agiliza a criação de plástico biodegradável

Uma nova técnica desenvolvida pelo Laboratório de Nanotecnologia da Embrapa Instrumentação (SP) vai permitir a criação de películas finas biodegradáveis à base de substâncias naturais provenientes da agricultura e da agroindústria brasileira. E tudo isso em menos de 10 minutos. Os materiais resultantes desse processo poderão ser usados para transportar compras de supermercados ou para empacotar biscoitos, chocolates, balas, entre outros produtos alimentícios. Batizado de casting contínuo, o sistema permite a fabricação de folhas de plástico biodegradável em larga escala, com a transformação de formulações aquosas de substâncias naturais, como o amido e o colágeno, em películas finas de alta transparência.
O engenheiro de alimentos Francys Moreira, pós-doutorando da Embrapa, explica que os ingredientes usados são um grande diferencial dessa pesquisa, que é inédita no Brasil. "Os plásticos são obtidos sem a necessidade de uso de aditivos de processamento, o que permite a obtenção de materiais atóxicos e seguros até para uso como embalagem que tenham contato direto com alimentos", diz.Outro diferencial está no fato de que, com o domínio dessa técnica, é possível produzir a película de quitosana com grande rapidez. Do modo tradicional, seria necessário pelo menos 24 horas. "O nosso modelo prevê a obtenção de películas de proteínas e polissacarídeos em cerca de seis minutos", relata.
Os plásticos biodegradáveis são uma alternativa aos materiais sintéticos que, descartados na natureza, causam prejuízos ao meio ambiente. Os bioplásticos, por sua vez, são obtidos de materiais naturais orgânicos e degradam-se rapidamente durante a compostagem. Moreira acredita que os setores agrícola, de embalagens de alimentos ou qualquer outro podem usar essas películas biodegradáveis como uma forma de promover a sustentabilidade em seus processos produtivos. A técnica desenvolvida pelos pesquisadores consiste no preparo de formulações à base de água e incorporou a nanotecnologia. Esse trabalho vem sendo aprimorado no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) da Embrapa Instrumentação (SP), sob a coordenação do pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso. Argilas sintéticas comestíveis com dimensões nanométricas, também conhecidas como hidróxidos duplos lamelares (HDL), podem ser usadas para melhorar o desempenho mecânico das películas biodegradáveis, ou o modo como a estrutura do material se comporta. "A argila é o que expande a resistência mecânica desses bioplásticos a um nível que proteínas e polissacarídeos não conseguem alcançar sozinhos", explica Moreira.

Próximo passo é transformar os resultados em produto

Os recursos da pesquisa conduzida pelo Laboratório de Nanotecnologia da Embrapa Instrumentação (SP) são do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O engenheiro de alimentos Francys Moreira, pós-doutorando da Embrapa, acredita que há um grande potencial para o emprego da técnica na produção de filmes plásticos biodegradáveis para embalagens de alimentos a partir de materiais naturais ou coprodutos do agronegócio brasileiro. Mas, embora do ponto de vista científico e tecnológico os resultados já estejam bastante avançados, ainda há um caminho a ser percorrido para transformar a pesquisa em produto, que envolve processos de transferência de tecnologia e modelos de negócios a serem estabelecidos. "Nesse momento, o importante são os resultados obtidos pela pesquisa, como o domínio da técnica em relação à produção de plásticos biodegradáveis, com controle de espessura altamente preciso e uma faixa extensa de propriedades mecânicas a partir de qualquer tipo de polissacarídeo", observa.


Fonte: http://jcrs.uol.com.br/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Bioplástico obtidos a partir de subprodutos de Legumes

Embora difícil, estamos nos tornando mais conscientes dos problemas ambientais que estamos tendo, como resultado da nossa atividade industrial excessiva. Neste caso, devido às limitações que estão sendo colocadas para usar plásticos baseados em petróleo, indústrias são forçadas a explorar alternativas mais sustentáveis ​​e renováveis, e é aí que entra o plástico de base biológica. Este tipo de plástico permite uma redução das emissões de gases de efeito estufa e, por sua vez, reduz a dependência do petróleo.
Um projeto chamado Leguval visa recolher os produtos obtidos na indústria de processamento de legumes normalmente descartados no meio ambiente para uso na síntese de bioplástico. Este projeto é parte de uma tendência crescente para desenvolver produtos e tecnologias que oferecem uma boa alternativa ao uso de combustíveis fósseis. Atualmente, os legumes são uma incrível fonte de subsistência para a população, os produtos alimentares são obtidos tanto para os seres humanos como para os animais e fornecem fibras, biomassa, biocombustíveis e outros produtos químicos, e isso é devido à grande variedade de propriedades que eles apresentam.
Leguval visa criar um ciclo de utilização global. O fato de gerar filmes de plástico para embalagem ou de proteínas de leguminosas permite que uma vez usado em sua primeira utilização, podem ser introduzidas em unidades de compostagem ou na produção de biogás. Da mesma forma, a utilização na agricultura ele pode agir como uma fonte de nitrogênio para o solo. O objetivo final é permitir que este tipo de bioplásticos possa ser competitivo e servir como alternativa ao plástico petróleo baseado.


Fonte: http://cienciatoday.com/

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Os bioplásticos serão essenciais na economia circular dos plásticos no futuro, aponta relatório

A associação Europeia de Bioplásticos (EUBP), que representa a indústria de bioplásticos na Europa, apresentou no Fórum Econômico Mundial e na Fundação MacArthur Ellen o relatório "A Nova Economia de plástico: Repensar o futuro do plástico". O relatório fornece uma visão geral da economia circular do plástico em todo o mundo em que os bioplásticos desempenham um papel essencial em separar a economia dos combustíveis fósseis e ajudar a devolver nutrientes ao solo. A visão de "A nova economia de plástico" está em sintonia com os princípios da economia circular e descreve as etapas concretas sobre como plásticos nunca se tornam resíduos, mas, em vez disso, voltam a entrar na economia como nutrientes técnicos ou biologicamente valiosos. "O relatório mostra muito claramente como os bioplásticos podem ajudar a oferecer um melhor desempenho econômico e ambiental através da substituição de materiais biológicos fósseis, enquanto os muitos benefícios de embalagens de bioplástico se desenvolvem", disse Hasso von Pogrell, diretor da EUBP. 
O relatório reconhece que a "matéria-prima proveniente de fontes renováveis ​​ajuda a dissociar a produção de matérias-primas plásticas fósseis finitas e reduz a pegada de carbono das embalagens de plástico reduzindo o efeito estufa [...] e, potencialmente, age como um sumidouro de carbono para todo o seu ciclo de vida. O relatório reconhece que a embalagem compostável pode "ajudar a devolver nutrientes para as aplicações orgânica do solo, que tendem a ser misturado com conteúdo orgânicas após o uso." Recomenda a adoção de embalagens de plástico compostável industriais para serem utilizadas em aplicações tais como sacos para resíduos biológicos e embalagens de alimentos e solicita a criação de infra-estrutura de gestão adequada dos resíduos. "O relatório proporciona uma excelente prova para futuras discussões e de uma visão abrangente de como a indústria do plástico pode avançar para uma economia circular", concluiu Pogrell.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Em um futuro próximo os robôs poderão ser feitos de Bioplástico

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Italiano de Tecnologia está trabalhando no desenvolvimento e produção de novos materiais inteligentes e biodegradáveis para a fabricação de robôs. O objetivo deste projeto é que, no final da sua vida útil, os andróides possam se decompor como  o corpo humano não causando nenhum tipo de poluição.A maioria dos robôs é feita de materiais como o metal e o plástico derivado de petróleo que não são biodegradáveis e eles devem ser submetidos a um tratamento especial para a gestão de resíduos e para eliminação de uma forma respeitosa com o meio ambiente. Dada a grande evolução experimentada nos robôs nos últimos anos, esses cientistas têm considerado que é também o momento para modificar a sua composição para torná-los ambientalmente corretos, de alguma forma, também mais semelhantes aos seres humanos.
Para criar estes compostos, os cientistas misturaram diferentes materiais separadamente em nanoescala, obtendo novos elementos que conservam as propriedades que têm nos componentes individuais, mas com características inovadoras. Além disso, eles planejam substituir peças de plástico comum por bioplásticos feitos a partir de resíduos de alimentos que utilizam um processo que requer pouca energia para produzir. "Materiais biodegradáveis são naturais e muito flexíveis e podem ser usados na produção das peles robóticos. Ao mesmo tempo, também pode ser muito difícil para uso nas partes internas do robô", explica Athanassia Athanassiou, que lidera a equipe de investigação. Graças a estes novos compostos inteligentes e biodegradáveis, os andróides será mais parecido com uma pessoa, e seus corpos se decomporão sem produzir poluição, quando se chega ao fim de sua vida, como a carne humana.


Fonte: http://computerhoy.com/

domingo, 24 de janeiro de 2016

Produção de Bioplástico a partir de restos de tomate

O centro tecnológico de plásticos (Andaltec) e o Instituto de Ciência dos Materiais de Sevilha (CSIC), na Espanha estão desenvolvendo um projeto para atingir em escala industrial a produção de bioplástico obtido a partir de resíduos de tomate. A idéia é colocar uma planta piloto que permite fabricar bioplástico a partir de resíduos gerados nas fábricas de transformação de tomate.Os métodos atuais de produção de pasta de tomate comercial geram grande quantidade de resíduos, principalmente de pele, fibras e sementes, que são dificilmente reutilizáveis. O pesquisador responsável por este projeto na Andaltec, Francisco Javier Navas, estima que cerca de 6.500 toneladas por ano são produzidos na Espanha e 25.000 toneladas por ano na Europa destes resíduos.
O mercado exige cada vez mais, a utilização de bioplásticos cuja matéria-prima normalmente vem de uma planta, e envolve uma alternativa potencial para materiais plásticos obtidos a partir do petróleo. Portanto, este é um projeto que pode ter um grande potencial e muitas oportunidades para as empresas do setor de alimentos e plásticos, disse Navas.
Os pesquisadores pretendem implementar em nível semi-industrial um novo processo de síntese de bioplásticos que não compromete o acesso a alimentos, porque ele usa como fonte resíduos de tomate. Além disso, a grande vantagem ambiental é a utilização dos resíduos gerados nessas indústrias que atualmente é descartado no meio ambiente.
O fundamento deste trabalho é baseado em um processo físico-químico desenvolvido em escala de laboratório, e patenteado pelo CSIC e Universidade de Málaga, o que permite a produção de um bioplástico, proveniente de produto natural renovável que mantém as principais propriedades do produto sintético, como a impermeabilidade e a não-toxicidade, porém biodegradável. Além disso, de acordo com os pesquisadores, o material tem a característica especial de aderir ao metal de maneira muito eficiente, sem utilização de outros componentes para a preparação de adesivos, que pode ser a chave para o desenvolvimento de futuras aplicações.
Por sua parte, José Jesús Benítez, um pesquisador do Instituto de Ciência dos Materiais de Sevilha, disse que a estratégia de uso de resíduos agrícolas e da indústria agro-alimentar é especialmente importante na Andaluzia e proporciona valor agregado, impulsionando a investigação e a atividade industrial associada à utilização dos bioplásticos obtidos.
Fases do Projeto
Tendo demonstrado a síntese em escala de laboratório, o desafio atual é realizar a escala piloto dos processos envolvidos na obtenção do biopolímero, como um passo necessário para o futuro planta de industrialização. Para fazer isso, os técnicos da Andaltec e Instituto de Ciências dos Materiais de Sevilha estão realizando a concepção e desenvolvimento de equipamentos e processos físico-químicas necessários para atingir a produção em escala industrial.


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