sábado, 30 de janeiro de 2016

Soro de leite vindo da produção de queijo pode ser uma matéria-prima valiosa para o novo Bioplástico

Produzimos centenas de milhões de toneladas de plástico todos os anos. Será que podemos reduzir a dependência do petróleo e ajudar o meio ambiente substituindo alguns plásticos por novos materiais ecológicos, com características semelhantes? O soro de leite vindo da produção de queijo pode ser uma matéria-prima valiosa para o novo plástico biodegradável. Desenvolvido no âmbito de um projeto de investigação europeu, pode ser utilizado em caixas, tijolos ou embalagens de alimentos. A investigadora em ciência dos materiais, Maria Beatrice Coltelli, explica: “Os grânulos são utilizados para obter esta película que é inserida nesta parte de um material com múltiplas camadas – que também contém papelão e alumínio.” Uma empresa em Mimizan, França, produz embalagens com base de papel, combinando vários materiais. Cada camada desempenha o seu papel na proteção do conteúdo da embalagem. Esta empresa pretende apostar na inovação.
“Este novo material é feito a partir de resíduos, proteínas que são subprodutos da agricultura – é sustentável e totalmente renovável, ao contrário dos recursos fósseis. É por isso que considero que pode ser uma alternativa viável, para a película de plástico, no futuro” – diz a engenheira de embalagens da Gascogne Emballage, Anne Kaschke. Apostando na investigação e desenvolvimento, este novo bioplástico ainda pode ser melhorado. Pode ser mais fino e mais fácil de utilizar a nível industrial. A Coordenadora do projeto BIO-BOARD, Elodie Bugnicourt, acrescenta: “É impossível parti-lo com as mãos – pelo menos eu não consigo. Ainda estamos a desenvolver e a melhorar algumas propriedades, como todos os pormenores relacionados com o processo industrial. É preciso aumentar a velocidade de produção e melhorar a convertibilidade dos materiais, para que possam passar por máquinas como esta.” Outra grande vantagem do novo bioplástico é que simplifica a reciclagem. Os materiais podem ser separados mais facilmente e recuperados de forma mais eficiente. Este novo bioplástico tem boas propriedades mecânicas, é ecológico e facilmente reciclável e pode conquistar um lugar no nosso quotidiano.


Fonte: http://www.bioboard.eu

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