Produzimos
centenas de milhões de toneladas de plástico todos os anos. Será que podemos
reduzir a dependência do petróleo e ajudar o meio ambiente substituindo alguns
plásticos por novos materiais ecológicos, com características semelhantes? O
soro de leite vindo da produção de queijo pode ser uma matéria-prima valiosa
para o novo plástico biodegradável. Desenvolvido no âmbito de um projeto de
investigação europeu, pode ser utilizado em caixas, tijolos ou embalagens de
alimentos. A investigadora em ciência dos materiais, Maria Beatrice Coltelli,
explica: “Os grânulos são utilizados para obter esta película que é inserida
nesta parte de um material com múltiplas camadas – que também contém papelão e
alumínio.” Uma empresa em Mimizan, França, produz embalagens com base de papel,
combinando vários materiais. Cada camada desempenha o seu papel na proteção do
conteúdo da embalagem. Esta empresa pretende apostar na inovação.
“Este
novo material é feito a partir de resíduos, proteínas que são subprodutos da
agricultura – é sustentável e totalmente renovável, ao contrário dos recursos
fósseis. É por isso que considero que pode ser uma alternativa viável, para a
película de plástico, no futuro” – diz a engenheira de embalagens da Gascogne
Emballage, Anne Kaschke. Apostando na investigação e desenvolvimento, este novo
bioplástico ainda pode ser melhorado. Pode ser mais fino e mais fácil de
utilizar a nível industrial. A Coordenadora do projeto BIO-BOARD, Elodie
Bugnicourt, acrescenta: “É impossível parti-lo com as mãos – pelo menos eu não
consigo. Ainda estamos a desenvolver e a melhorar algumas propriedades, como
todos os pormenores relacionados com o processo industrial. É preciso aumentar
a velocidade de produção e melhorar a convertibilidade dos materiais, para que
possam passar por máquinas como esta.” Outra grande vantagem do novo
bioplástico é que simplifica a reciclagem. Os materiais podem ser
separados mais facilmente e recuperados de forma mais eficiente. Este novo
bioplástico tem boas propriedades mecânicas, é ecológico e facilmente
reciclável e pode conquistar um lugar no nosso quotidiano.
Fonte:
http://www.bioboard.eu
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