sábado, 1 de setembro de 2012

Lançada no Sudoeste primeira usina de resina de milho da América do Sul

O governador Beto Richa participou nesta quarta-feira (29/08), em Pato Branco, do lançamento da pedra fundamental da primeira usina de resina à base de milho da América do Sul. Com investimento total de R$ 100 milhões, o empreendimento, beneficiado pelo programa Paraná Competitivo, vai gerar cerca de 220 novos empregos diretos na região Sudoeste do Paraná.A usina produzirá sacolas biodegradáveis e será construída pela empresa paranaense Sementes Guerra, em parceria com sua sócia francesa Limagrain. As negociações para a instalação da indústria começaram em 2011, durante viagem de comitiva paranaense à Europa. O próprio governador visitou a sede da empresa em Clermond-Ferrand, na França, onde reforçou o interesse do Estado no investimento. 
O empreendimento atende ao plano de descentralização industrial e desenvolvimento do interior do Paraná, fortalecendo o potencial de cada região e agregando valor ao que cada cidade do estado produz. O início da produção do polímero biodegradável - Biolice, está previsto para julho de 2013.O governador Beto Richa destacou a importância da parceria entre a empresa paranaense e a francesa com apoio de incentivos fiscais do programa Paraná Competitivo. “A indústria de plástico biodegradável atrairá novos investimentos para a região, gerando empregos e impacto positivo no agronegócio paranaense, além de propiciar a transferência da tecnologia utilizada na produção das sacolas” afirmou Richa. O presidente da Limagrain, Manuel Rubió Pallé, disse que o apoio do governo do Estado foi muito importante para viabilizar o investimento. 
“Quando começamos a sondar as possibilidades no Brasil, olhamos três outros estados, mas o Paraná confirmou ser a melhor opção”, disse.“O programa Paraná Competitivo foi o grande diferencial para a atração dessa indústria para um município que, a mais de 500 quilômetros do porto de Paranaguá, sofre para atrair empresas do setor”, disse o diretor executivo da Sementes Guerra, Ricardo Guerra. “O governo avalizou o projeto e demonstrou seu empenho em fomentar a industrialização do interior”.O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que o empreendimento representa uma nova oportunidade de agregação de valor ao milho cultivado no Paraná – principal produtor nacional do grão. “É um estímulo para quem produz o milho e para a economia de modo geral. Todos ganham: o governo, o município, a região, as cooperativas, os produtores”, afirmou. 

O NEGÓCIO 

O grupo Limagrain é a quarta maior empresa do mundo em produção de sementes, com um faturamento anual global de mais de 1,5 bilhão de euros. Tem como principal atividade o desenvolvimento e fornecimento de milho geneticamente modificado para o Brasil e América do Sul. A Sementes Guerra, da família Guerra, de Pato Branco, atua na produção de milho no Brasil e no Paraguai e vendeu para a Limagrain 70% de sua divisão de milho. 
A criação da nova empresa, denominada Limagrain Guerra do Brasil, possibilitou à Limagrain ter acesso a terras agricultáveis disponíveis no estado do Paraná, e à Guerra possibilitou encontrar quem pudesse fornecer-lhe biotecnologia avançada para enfrentar os concorrentes internacionais. Segundo o diretor-executivo da Sementes Guerra, Ricardo Guerra, a parceria foi de mútuo interesse, pois as parcerias com empresas internacionais são fundamentais para o crescimento do setor. 
“Não existe um meio de você concorrer com as grandes multinacionais aqui instaladas se não tiver um respaldo biotecnológico grande”, afirmou Ricardo.Manuel Rubió Pallé, presidente da Limagrain, disse que a empresa tem grandes ambições futuras nos ramos da soja, trigo e feijão. “O mercado de sementes avança cada vez mais em tecnologia, segurança alimentar e pesquisas. Também não há como uma empresa do ramo da agricultura se manter fora do Brasil, o mundo todo já percebeu isso”, declarou o presidente. 
O controle administrativo da Limagrain Guerra do Brasil ficará com os brasileiros, que esperam um faturamento de R$ 10 milhões no primeiro ano de funcionamento da usina de plástico. Além da união das duas corporações, será criado o primeiro Centro de Pesquisa de Biotecnologia, na cidade de Londrina, no Norte do Paraná. O projeto ainda poderá ser expandido para os municípios de Guarapuava, que receberá outro empreendimento do grupo Limagrain, e Cascavel. 

BIOLICE 

É um polímero biodegradável, resultado de mais de dez anos de pesquisas e novas tecnologias que visam utilizar cereais, agregando valor a matéria prima para transformá-los em produtos sustentáveis.O Biolice é produzido através de um processo único no mercado de bioplásticos, a partir de grãos de cereais inteiros e de um número específico de variedades de milho Limagrain Guerra.Pesquisadores e técnicos da empresa alcançaram uma perfeita combinação entre genética de plantas, produção da biorresina e os processos utilizados pelos fabricantes de plásticos. 
A inovação do produto está na combinação de frações de cereais com polímeros biodegradáveis.Após a sua utilização e eliminação, os produtos Biolice são quebrados por micro organismos. Este processo produz húmus de boa qualidade, apropriado para uso em jardinagem e agricultura. É um processo natural de reutilização de resídos. O Biolice é um material 100% biodegradável e 100% compostável, feito à base de farinha de milho e não de amido.Estiveram presentes no lançamento da pedra fundamental o presidente da empresa Guerra, Luiz Fernando Guerra, o CEO da Limegrain, Manuel Rubió Pallé, o secretário da Agricultura Norberto Ortigara, o deputado federal Fernando Francischini, o prefeito de Pato Branco, Roberto Viganó, e os deputados estaduais Valdir Rossoni, Ademar Traiano, Rose Litro e Nereu Moura. 

 Fonte: http://www.aen.pr.gov.br

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