sábado, 31 de outubro de 2009

A Rodenburg Biopolymers South América oferece plásticos completamente biodegradáveis e compostáveis.

A Rodenburg Biopolymers South América é uma empresa do Grupo Rodenburg, sediada na Holanda, que produz granulações para transformação por injeção.Usando resíduos das indústrias alimentícias e de processamento de amido como matéria-prima, oferecem plásticos completamente biodegradáveis e compostáveis.
A Rodenburg Biopolymers é um dos maiores produtores de bioplásticos da Europa. Suas instalações de produção na Holanda têm capacidade de 47.000 toneladas métricas por ano.Em junho de 2003, foi aberta a sua subsidiária Rodenburg Biopolymers South América no Brasil na cidade de São Paulo. A empresa produz o Solanyl um biopolímero produzido a partir do amido, desenvolvido para processos de transformação por injeção.Desse modo, uma grande variedade de produtos 100% biodegradáveis e compostáveis podem ser obtidos. Graças ao uso de recursos naturais renováveis disponíveis em abundância e a baixo custo, conseguiram lançar um biopolímero biodegradável altamente competitivo.O Solanyl pode ser modificado, adquirindo características variáveis de rigidez e flexibilidade.Além disso, a velocidade de degradção pode ser controlada para otimizar a aplicabilidade do produto final.O Solanyl pode ser colorido com masterbatches biodegradáveis, especialmente desenvolvidos para este fim.O solanyl é um material versátil que pode ser aplicado em uma grande variedade de produtos.

Alguns setores industriais para os quais o Solanyl é interessante são a horticultura(cultivo em potes e bandejas),Silvicultura (tubetes),indústria de embalagens e transporte(tampas de proteção, cantoneiras) lazer(golf tees) e ração animal(ossos para cachorro).A Aplicação de controlled release pode acrescentar novas funcionalidades aos produtos, como a inclusão de fertilizantes e fragrâncias no material.

Fonte:http://www.biopolymers.com.br

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Biomater Eco-materiais participa da 7ª edição da Biofach América Latina 2009

A Biomater Eco-materiais Ltda. localizada em São Carlos, apresentou nesta semana nos dias 28 à 30 de outubro na Sétima edição da Biofach da America Latina sua linha de Bioplásticos e/ou Compostos Termoplásticos Biodegradáveis e Compostaveis e seus derivados. A empresa tem como foco principal, clientes potenciais da indústria de transformação de embalagens termoplásticas, papel e papelão, descartáveis em geral, artefatos e componentes termoplásticos recicláveis, produtos para manejo agrícola e a indústria de reflorestamento. A Biomater Eco-Materiais é uma empresa de base tecnológica fundada por engenheiros de materiais, químicos e especialistas em administração de empresas, além de cientistas da área de diversas universidades com as quais detêm acordos de cooperação tecnológica e transferência de tecnologia.Atualmente esta incubada no CEDIN-FIESP em São Carlos e atua na pesquisa e desenvolvimento para produção de bioplásticos, integrando a cadeia produtiva agrícola dentro do conceito de "Biorefinaria" para produção de insumos como os amidos termoplásticos (TPS), envolvendo a participação efetiva de agricultores na criação dessas agroindústrias (plantas para produção de biomateriais).
A Biomater trabalha orientada para a transferência de tecnologia para a produção e desenvolvimento de novos produtos e aplicações para estes novos materiais, fornecendo suporte técnico para o correto processamento, serviços de caracterização de propriedades, certificação, eco-design e análise do ciclo de vida para seleção de matérias primas em função de suas aplicações e características de disposição final de produtos biodegradáveis e compostáveis.Todos os materiais e produtos desenvolvidos são produzidos com esses Biopolímeros ou Bioplásticos e seus compostos, pretendendo colaborar para a criação de uma verdadeira indústria de artefatos plásticos e de embalagens de caráter sustentável.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

História dos polimeros


Polímeros são compostos orgânicos e reações de difícil execução em laboratório, tanto que, até a primeira metade do século XIX acreditava-se na chamada Teoria da Força Vital enunciada por Berzelius. Até o século passado somente era possível utilizar polímeros produzidos naturalmente, pois não havia tecnologia disponível para promover reações entre os compostos de carbono. Isso caracteriza a 1ª fase da história dos polímeros.
Na 2ª fase WOHLER, discípulo de Berzelius, derruba a teoria da Força Vital. Com essa derrubada as pesquisas sobre química orgânica se multiplicam. Em 1883 GOODYEAR descobre a vulcanização da borracha natural. Por volta de 1860 já havia a moldagem industrial de plásticos naturais reforçados com fibras, como a goma-laca e a gutta-percha. Em 1910 começa a funcionar a primeira fábrica de rayon nos E.U.A. e em 1924 surgem as fibras de acetato de celulose.
Na 3ª Fase, REGNAULT polimeriza o cloreto de vinila com auxílio da luz do sol, EINHORN & BISCHOFF descobrem o policarbonato. Esse material só voltou a ser desenvolvido em 1950 e finalmente em 1907, BAEKELAND sintetiza resinas de fenol-formaldeído. É o primeiro plástico totalmente sintético que surge em escala comercial.
O período entre 1920 e 1950 foi decisivo para o surgimento dos polímeros modernos. Durante a década de 1960 surgem os plásticos de engenharia. Na década de 1980 observa-se um certo amadurecimento da Tecnologia dos Polímeros: o ritmo dos desenvolvimentos diminui, enquanto se procura aumentar a escala comercial dos avanços conseguidos.
Finalmente na década de 1990 os catalisadores de metaloceno, reciclagem em grande escala de garrafas de PE e PET, biopolímeros, uso em larga escala dos elastômeros termoplásticos e plásticos de engenharia. A preocupação com a reciclagem torna-se quase uma obsessão, pois dela depende a viabilização comercial dos polímeros.

Fonte: www.plasticoscarone.com.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Bioplásticos da água de esgoto? A competição Cleantech Open anunciou os 6 finalistas


A Califórnia Cleantech Open - uma das competições de tecnologia limpa mais influentes dos E.U.A - anunciou os finalistas do prêmio deste ano. Os estreantes em seis categorias, da eficiência de energia ao transporte - competirão para um grande prêmio, com o vencedor anunciado em Novembro. A escolha de um vencedor será um trabalho árduo, porque cada um dos estreantes é lançamento de grandes idéias – como, por exemplo, converter detritos crus de esgoto em bioplástico, caminhões econômicos em combustíveis etc...
Um dos finalistas do Califórnia Cleantech na categoria Ar, Água e Resíduos é a empresa Micromidas que converte detritos crus de esgoto em plástico biodegradável. John Bissell, um dos seus diretores, comentou: "A Cleantech trouxe uma oportunidade excepcional da qual construímos uma rede assombrosa de mentores e conselheiros. Com a sua ajuda, estamos ansiosos para passar da fase piloto de nosso projeto permitindo que nós demonstremos o nosso valor aos nossos clientes. Obrigado, Cleantech “

domingo, 25 de outubro de 2009

Video que mostra os problemas gerados pelo plástico petróleo baseado - em inglês

Veremos neste video alguns informações sobre os problemas gerados pelo plástico petróleo baseado:

sábado, 24 de outubro de 2009

Vítimas do Lixo GYRE do Pacífico

Você já viu alguma vez 500 pessoas atordoadas em um silêncio completo e devastador? O fotógrafo Chris Jordan compartilhou o relato da sua viagem ao Midway Atoll na conferência Poptech na última Quinta-feira, onde ele mostrou imagens terríveis de filhote de pássaros mortos pelos plásticos do Lixo Gyre do Pacífico.
Se você nunca tiver ouvido falar do Gyre — também conhecido como o Grande Remendo de Lixo do Pacífico ou Vórtice de Lixo do Pacífico, com certeza você ouvirá logo logo. Ele é uma pilha de lixo no Oceano Pacífico norte que é duas vezes o tamanho do Texas, em uma corrente circular. Jordan explicou que ele não é um montão de lixo flutuante como você poderia imaginar. A maior parte do entulho é composta de partes muito pequenas de plástico e uma outra parte que está flutuando abaixo da superfície da água. Alguns pesquisadores encontraram que a água no Gyre mantém seis vezes mais moléculas plásticas do que de fitoplâncton, os organismos monocelulares no final da cadeia alimentar marítima.


Jordan viajou à Midway Island, perto do sítio de duas batalhas navais da Segunda Guerra Mundial, documentar a morte de filhotes de albatrozes na reserva ambiental da ilha. Os pássaros recolhem o plástico fora da água e dão ele aos seus filhotes.É difícil ver as fotos dos pássaros, com o plástico ingerido em seus corpos em decomposição, sem questionar: “pode ter sido a minha tampinha de refrigerante?”



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Metabolix conclui testes para a produção de bioplástico PHA utilizando Tabaco como matéria-prima


Metabolix Inc., uma companhia de biociência que concentrasse em desenvolver soluções sustentáveis para os plásticos, anunciou que acabou de concluir testes com tabaco geneticamente projetado para produzir polihidroxialcanoato (PHA) polimero bio basedo. A Metabolix obteve as licenças necessárias do Departamento do Serviço de Inspeção de Saúde e Agricultura dos Animais (AFÍDIO) dos E.U.A para executar uma prova em Março de 2009 e os experimentos da prova foram concluídos no início do Outubro. A prova foi executada em 0.8 acres de terra e forneceu dados valiosos e informações que se relaciona com a produção de polímero, nas melhores fábricas que produzem PHA de 3-5 %. Este é um projeto desenvolvido pela Metabolix para tecnologias da co-produção de plásticos bio basedos com produtos de bioenergia não alimentícias.
Doctor Oliver Peoples, principal pesquisador da Metabolix, comentou, “a experiência e o conhecimento que ganhamos durante a nossa prova no campo de fumo estão pondo a base para planejar e permitir atividades de provas da bio engenharia, de produtos não alimentícios e colheitas de biomassa que produzem PHA. Acreditamos que os nossos programas de colheita oferecem um número de opções de comercialização e mantêm o potencial significativo. Estamos em empolgados para continuar esta tecnologia e acreditamos em encontrar alternativas ambientalmente conscientes e economicamente viáveis a produtos à base de petróleo.”

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fundador da NatureWorks prevê mudanças no mercado de bioplástico


Durante a webinar no mês passado, Jim Lunt, um engenheiro consultor e um dos fundadores da NatureWorks, predisse algumas modificações significativas no mercado do bioplástico, com uma tendência e foco longe do uso em aplicações descartáveis indo em direção a produtos mais duráveis.
Lunt observou que, embora pareça seguro permanecer como um nicho de mercado, estima-se que o processamento de bioplástico sairá do seu nível de 2007 de aproximadamente 262,000 toneladas/ano de material processado, para aproximadamente 1.5 milhões de toneladas em 2011. Para isso os materiais estão sendo ajudados longitudinalmente pela legislação em torno do mundo, disse ele, que menciona o objetivo do governo japonês de tornar 20% de todos os plásticos que o consumidor uso no país seja originário de fonte renovável até 2020. Na Alemanha, os plásticos biodegradáveis são isentos da diretiva de reciclagem do país até 2012, que salva 1.30 €/ sobre quilograma para processadores de embalagem e os seus clientes.
Segundo o Lunt, o uso atual de bioplástico, em aplicações destinadas a facilidades de compostagem, dará lugar ao uso de materiais em mercadorias duráveis. O bioplástico é um termo de longo alcance que inclui não só materiais baseados no amido ou outros recursos renováveis, mas também termoplásticos mais tradicionais, à base de petróleo que têm alguns dos seus feedstock substituídos com materiais de recursos renováveis. Por exemplo, a Braskem no Brasil desenvolveu um método para fazer poliolefinas do etileno à base de cana-de-açúcar.
Ainda Segundo Lunt, o preço HDPE da Braskem ou LDPE, conseguido da cana-de-açúcar, ainda é de $0.80-$1.00/lb, aproximadamente 20 % a mais do que o polietileno padrão. Outros bioplásticos são mais caros, em geral: o ácido poliláctico, por exemplo, é de $0.85-$1.25/lb, enquanto PHA custa 2.50 $/libra em média, ele disse.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cereplast desenvolve bioplástico alga baseado

O fabricante Cereplast Inc. de Bioplásticos planeja lançar uma linha de resinas bioplástica baseadas em algas naturais para o final de 2010. Segunda a Cereplast a nova resina pode substituir 50% ou mais o índice do petróleo usado em resinas plásticas tradicionais. Atualmente, a Cereplast está usando o material renovável tais como amido de milho, mandioca, trigo,batata e o PLA Ingeo. A resina Alga-baseada representam uma oportunidade proeminente para companhias através da cadeia de aprovisionamento plástico,o fundador da Cereplast, o presidente e o CEO Frederic Scheer disseram em uma nota a imprensa no dia 20 outubro de . “Nós acreditamos que as algas têm o potencial de se transformar um dos materiais verdes mais importantes para combustíveis biológicos, assim como para o bioplastico.”
Scheer disse que as resinas alga-baseadas poderiam ser misturadas com o polipropileno ou outras resinas padrão e serem usadas nas peças moldadas ou termoformada de injeção. A Cereplast igualmente está trabalhando para usar os novos produtos novos em aplicações deextrusão, afirmou ainda Scheer.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Metabolix anuncia que Pharmafilter usará bioplástico Mirel™ em um novo sistema de gestão de resíduos hospitalar


A Pharmafilter BV, uma companhia de tecnologia de bioenergia baseada em Amsterdã, selecionou o bioplástico Mirel para uma série de produtos descartáveis para o uso hospitalar. A Pharmafilter BV está comercializando atualmente seu sistema patenteado Pharmafilter para líquidos de limpeza, eficaz para hospitais e indústria de cuidados médicos reduzindo o desperdício contínuo, de água contaminada com o uso da digestão anaeróbica.
O processo Pharmafilter reduz o desperdício contínuo primeiramente através de uma estação de moedura e então com uma série de etapas da purificação, incluindo a digestão anaeróbica. O que resulta da filtragem são utilizados como biogás combustível ou a produção de electricidade, biomassa para a conversão de energia, e é claro água potável.
“Nós selecionamos Mirel porque cabe em nosso sistema,” disse Eduardo Van Den Berg, gerente da Pharmafilter BV. “Mirel tem as propriedades e o desempenho para a aplicações de serviço plástico de uso simples é bio basedo e biodegradável, assim é a solução mais apropriada para o processo do Pharmafilter.”


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Designer holandês cria recipiente de bioplástico para mudas de árvores

O designer holandês Bas van der Veer acredita no futuro dos materiais biodegradáveis. Depois do uso como matérias-primas para diversos produtos, Van der Veer criou o plantador de Bioplástico: um recipiente biodegradável que faz o transporte e o plantio de mudas de árvores facilmente. O plantador suporta a árvore depois que foi plantado, protegendo-a do vento, por exemplo, e não há a necessidade de se colocar estacas ou tiras de borracha.

Quando as raízes da árvore começam a crescer, o plantador de Bioplástico biodegrada sob a influência da umidade…. O material transforma-se então em alimentação para a árvore. Desta maneira, retorna automaticamente ao ciclo da natureza, diminuindo um pouco os danos provocados pela degradação humana.


Fonte:http://biopol.free.fr/

domingo, 18 de outubro de 2009

O que é, afinal, biodegradação?

Um material biodegradável é "processado", pelo menos parcialmente, por organismos - geralmente microscópicos - que utilizam esse material como alimento. Nesse processo, o material original é alterado e, em geral, transformado em moléculas menores, em alguns casos em água e CO2. Quando um poluente é uma molécula natural (isto é, produzida por seres vivos), geralmente é biodegradável - podemos dizer que a natureza já tem "ferramentas" para destruí-lo. Quando um poluente é estranho à natureza, podemos chamá-lo de xenobiótico - literalmente, "estranho à vida". E esse poluente pode ou não ser difícil de degradar.

Por que é importante entender a biodegradabilidade?
Porque produzimos muito lixo, do qual precisamos nos desfazer adequadamente. No Brasil, a produção de lixo sólido urbano é da ordem de 105 milhões de toneladas por ano, o que dá cerca de 1 tonelada por habitante, por ano. A maior parte desse material vai parar em lixões e aterros, onde é essencial que haja degradação. As figuras a seguir mostram a composição típica do lixo urbano e, depois, a destinação desses resíduos no Brasil, segundo o IBGE:

Como acontece a biodegradação?
Mais ou menos como a digestão dos alimentos: moléculas pequenas são absorvidas por microrganismos e sofrem reações complexas de oxidação, enquanto moléculas grandes - celulose, amido, proteínas, etc. - precisam ser quebradas em pedaços menores antes de passarem por outras reações. Por exemplo, a decomposição de restos de arroz (rico em amido) por fungos e bactérias seria, simplificadamente, assim:

A primeira etapa dessa reação é chamada de hidrólise, porque a quebra da longa molécula de amido é feita com a incorporação de moléculas de água (hidro = água; lise = quebra). A segunda etapa é a respiração, na qual a glicose é o combustível para a glicólise e o ciclo de Krebs. Essa segunda etapa, se for feita na ausência de oxigênio, é fermentativa e pode produzir outras moléculas orgânicas pequenas, como ácido lático ou etanol.A degradação de um tecido de algodão ocorre de forma semelhante, mas mais lenta (até alguns meses), porque a celulose, principal componente do algodão, é um polímero bem mais difícil de hidrolisar que o amido. Degradar madeira, então, é ainda mais difícil, porque ela possui um componente, chamado lignina, que é extremamente resistente ao ataque dos microrganismos.A degradação também depende das condições em que o material está: um pedaço de madeira que poderia degradar em alguns anos na superfície do solo (onde há contato com oxigênio, necessário para muitos microrganismos) pode, se enterrado a alguns metros da superfície, acabar se fossilizando lentamente.

Quando um material não é biodegradável?
Em geral, materiais inorgânicos não podem fornecer energia a microrganismos (isto é, não são alimento) e, portanto, não são degradados. Vidro, cerâmicas e metais podem até sofrer lenta ação química na natureza, mas raramente sofrem ataque direto de microrganismos.

Então, orgânico = biodegradável?
Não, porque ainda é importante levar em conta o tempo de degradação. Embora materiais plásticos possam ser degradados por microrganismos, o processo é tão lento que, em termos práticos, esses materiais não são biodegradáveis. Sacolas plásticas (que são feitas de camadas finas de polietileno, PVC ou polipropileno) levam de 10 a 20 anos para desaparecer; peças mais espessas podem levar centenas de anos, e é provável que, por muitos séculos, restos de plásticos usados no século 20 possam ser encontrados dispersos na natureza. Essa resistência à degradação pode ser explicada, quimicamente, por dois fatores: primeiro, muitos plásticos são parafinas - um nome dado pelos químicos orgânicos aos hidrocarbonetos saturados, que são relativamente pouco reativos.
Por outro lado, a maioria dos plásticos são pouco "molháveis" - portanto, mais difíceis de atacar por mecanismos biológicos, que sempre precisam de meios aquosos.Outro importante motivo para a dificuldade de degradação de alguns compostos é a sua toxicidade: muitas substâncias, como pesticidas organoclorados e compostos organometálicos são tóxicos, inibindo o crescimento de microrganismos. Nesse caso, podem ficar dispersos na natureza ou até sofrer biomagnificação, entrando em cadeias alimentares.

Como facilitar a degradação
Nas últimas décadas, surgiram pesquisas no sentido de aumentar a "molhabilidade" dos plásticos, facilitando a sua dispersão e aumentando a porosidade, o que deveria facilitar o trabalho de microrganismos. Além disso, é importante dispor corretamente de materiais menos resistentes, como papel e resíduos vegetais, de forma que as condições de degradação sejam ideais - é o que se faz na compostagem de resíduos.

Fonte:http://educacao.uol.com.br

sábado, 17 de outubro de 2009

Três principais tipos de biopolímeros produzidos atualmente


POLÍMEROS DE AMIDO (PA)
ORIGEM - Produzido a partir do milho, da batata, do trigo ou da mandioca. O amido desses vegetais é retirado e passa por um processo químico de desestabilização e rearranjo da cadeia de moléculas, formando um material plástico
USO - Principalmente para a fabricação de sacos de lixo,sacolas etc...

POLILACTATOS (PLA)
ORIGEM - Produzido a partir do ácido láctico feito por bactérias. Um caldo "açucarado" de fontes como melaço, açúcar de beterraba ou soro de leite recebe bactérias que fermentam o líquido e produzem ácido láctico. Por processos químicos, esse ácido é transformado em plástico
USO - Como matéria-prima para embalagens, principalmente as destinadas a proteger produtos secos.

POLIHIDROXIALCANOATO (PHA)
ORIGEM - Produzido por bactérias que se alimentam de cana-de-açúcar, milho e óleo vegetal. Num biorreator, sob determinadas condições químicas, as bactérias alimentadas fabricam polímeros, que ficam armazenados em suas células
USO - Por ser biocompatível - não rejeitado pelo corpo humano -, é muito utilizado na área médica para fios de suturas e próteses.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O que é compostagem?

Composto
Conjunto de técnicas aplicado para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s).

Os principais fatores que governam o processo de compostagem são:

a) Microrganismos: A conversão da matéria orgânica bruta ao estado de matéria humificada é um processo microbiológico operado por bactérias, fungos e actinomicetes. Durante a compostagem há uma sucessão de predominâncias entre as espécies envolvidas.

b) Umidade: A presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do processo. Entretanto, a escassez ou o excesso de água pode retardar a compostagem.

c) Aeração: A compostagem conduzida em ambiente aeróbio, além de mais rápida, não produz odores putrefatos nem proliferação de moscas.

d) Temperatura: O metabolismo exotérmico dos microrganismos, durante a fermentação aeróbia, produz um rápido aquecimento da massa. Cada grupo é especializado e desenvolve-se numa faixa de temperatura ótima. Promover condições para o estabelecimento da temperatura ótima para os microrganismos é fundamental.

e) Relação Carbono / Nitrogênio (C/N): Os microrganismos absorvem os elementos carbono e nitrogênio numa proporção ideal.
O carbono é a fonte de energia para que o nitrogênio seja assimilado na estrutura.

f) Preparo prévio da matéria-prima: A granulometria é muito importante uma vez que interfere diretamente na aeração da massa original. Partículas maiores promovem melhor aeração, mas o tamanho excessivo apresenta menor exposição à decomposição e o processo será mais demorado.

g) Dimensões e formas das pilhas: Quanto ao comprimento, este pode variar em função da quantidade de materiais, do tamanho do pátio e do método de aeração.

Já a altura da pilha depende da largura da base. Pilhas muito altas submetem as camadas inferiores aos efeitos da compactação. Pilhas baixas perdem calor mais facilmente ou nem se aquecem o suficiente para destruir os patogênicos. O ideal é que as pilhas apresentem seção triangular, com inclinação em torno de 40 a 60 graus, com largura entre 2,5 e 3,5 metros e altura entre 1,5 e 1,8 metros.

Fonte:educar.sc.usp.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Banheira de bebê produzida com bioplástico


Agora dar banhos nos bebês pode ser realizado utilizando materiais que pouco agridem o meio ambiente. Chegou a banheira de bioplástico da Nature Next™ feita com 50% de bioplástico,uma nova geração de plásticos duráveis desenvolvidos a partir de recursos renováveis.

A cuba possui contornos SlideGuard™ para ajudar a manter firmemente seu pequeno ao banhar-se. Há igualmente suportes convenientemente construídos na cuba para o sabão e os acessórios. Quando o banho acaba, ele pode ser colocado em um gancho no chuveiro para a sua armazenagem e a secagem da cuba facilmente.

Com a tecnologia SlideGuard™ a criança permanece no lugar e ainda facilita a secagem da banheira.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Plásticos constituem maior parte de lixo no mar, diz ONU


Em algumas regiões, esses produtos correspondem a 80% do lixo encontrado no mar. O documento tenta mostrar aos governos de diferentes regiões ao redor de 12 dos principais mares quais os principais problemas, numa tentativa de apontar caminhos para a solução.Segundo a ONU, não há um número exato da quantidade de lixo boiando nos mares, porque os dados coletados são mais precisos em algumas regiões e menos precisos em outras, mas a Unep afirma que as evidências são de que a quantidade de lixo está aumentando.
"O lixo marinho é sintomático de um problema maior: o desperdício e a persistente má administração dos recursos naturais. Os sacos plásticos, garrafas e outros lixos se acumulando nos oceanos e mares poderiam ser reduzidos drasticamente por uma política de redução de lixo, administração e iniciativas de reciclagem", disse Achim Steiner, sub-secretário geral da ONU e diretor executivo da Unep.
"Parte deste lixo, como os sacos plásticos finos que só podem ser usados uma vez e sufocam a vida marinha, deveriam ser proibidos, ou rapidamente tirados de circulação em todo lugar - não há mais como justificar a fabricação desses sacos em nenhum lugar."
"O lançamento de outros dejetos pode ser cortado aumentando a consciência do público e usando uma série de incentivos econômicos e mecanismos de mercado inteligentes que façam a balança pesar a favor da reciclagem, redução ou reutilização de produtos, em vez de jogá-los no mar", disse Steiner.

Plástico

Os compostos tóxicos do plástico podem ser encontrados nos organismos que o consomem, diz o relatório, afirmando que o produto pode ser confundido com comida por vários animais, inclusive mamíferos marítimos, pássaros, peixes e tartarugas.As tartarugas marinhas, em particular, podem confundir sacolas plásticas boiando com águas-vivas, um de seus alimentos favoritos.
Uma pesquisa de cinco anos com fulmaros glaciais - um pássaro encontrado na região do Mar do Norte - concluiu que 95% desses pássaros continham plástico em seus estômagos.Segundo o relatório, além de produtos plásticos, pontas e maços vazios de cigarro e de charuto estão entre os produtos mais encontrados nos oceanos, correspondendo a 40% do lixo encontrado no Mar Mediterrâneo. O turismo também têm impacto significativo sobre o estado dos oceanos e costas em todo o mundo.
Em algumas áreas do Mediterrâneo, mais de 75% do lixo é produzido durante a temporada de verão, com forte presença de turistas. Atividades costeiras correspondem a 58% do lixo encontrado no Mar Báltico e quase metade do lixo encontrado no mar na região do Japão e da Coreia do Sul. O relatório ainda conclui que a maior parte do lixo marinho vem de atividades baseadas em terra firme.Segundo o Unep, o problema do lixo marinho é particularmente grave na região dos mares do sudeste asiático - onde vivem 1,8 bilhão de pessoas, 60% delas nas áreas costeiras.

Prejuízo

A ONU também atribui o aumento da poluição ao crescimento econômico e urbano, além das atividades marítimas.Além dos problemas de saúde e para a vida marítima, o lixo nos mares também provoca prejuízos econômicos, afirma o documento, com barcos e equipamentos de pesca danificados e contaminação de instalações para turismo e agricultura.
O custo de limpeza das praias de Bohuslan, na costa oeste da Suécia, foi de pelo menos U$S 1.550.200, em apenas um ano. No Peru, a cidade de Ventanillas calculou que teria de investir cerca de US$ 400 mil por ano para limpar sua costa - o dobro do orçamento para a limpeza de todas as áreas públicas.A ONU ainda recomenda a imposição de altas multas para embarcações que jogarem lixo no mar e a suspensão de taxas para o processamento do lixo nos portos, para desestimular o despejo nos oceanos.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Matéria-prima renovável,solução sustentável


Em função da crise energética e do problema do aquecimento global surgiu a necessidade de buscarmos novas fontes de energia que pudessem minimizar os graves problemas advindos dessa situação.Uma das formas de se resolver o problema do aquecimento do clima na Terra é rever uma boa parte da matriz energética usada pelo homem até agora. Por essa razão surgiu o desenvolvimento das energias alternativas ou renováveis, que são obtidas de fontes naturais virtualmente inesgotáveis, sendo algumas dessas pela grande quantidade de energia que contêm e outras porque têm a capacidade de regenerar-se por meios naturais.
A capacidade do homem de desenvolver soluções para os seus problemas é muito grande, porém, sua capacidade de criá-los é muito maior, e essa tem sido a principal razão de estarmos nesta situação.Por não perceber sua gravidade ou por menosprezá-la, descobrimos que estamos na eminência de uma catástrofe climática provocada pelo próprio homem, sem precedentes em nossa história. Podemos estar vivendo o epílogo de uma fase para iniciar outra da qual não temos o menor domínio.
Muito se tem escrito e falado sobre esse problema, mas parece que só acordaremos desse sono profundo quando for muito tarde. Ou não. É possível que alguns milhares de pessoas, ou mesmo comunidades, já tenham despertado desse pesadelo e estejam dando os primeiros passos dessa nova fase de desenvolvimento sustentável de nossa civilização.
A base energética que suportou nosso crescimento nestas últimas décadas apoiou-se fortemente no combustível fóssil, altamente poluente desde a sua extração e com grande impacto ambiental. Antes dele o carvão, igualmente nocivo à saúde humana e à natureza. A vida moderna tem sido movida a custa de recursos esgotáveis que levaram milhões de anos para se formar e um dia irão acabar.
O uso desenfreado desses combustíveis tem mudado substancialmente a composição da atmosfera e o equilíbrio térmico do planeta, provocando o aquecimento global, degelo nos pólos, chuvas ácidas e o envenenamento de todo meio ambiente.
O que parecia ser boa solução como combustível, petróleo e carvão, em função das reservas e dos preços baixos até alguns anos atrás virou uma bomba-relógio e um passivo ambiental sem precedentes para a humanidade. E hoje, constatamos que o preço que teremos de pagar por essa aventura é muito maior do que imaginávamos ou gostaríamos.
Surgiu uma nova esperança no fim do túnel com o desenvolvimento dessas fontes de energia alternativa. É bem provável que em um futuro próximo outras energias ainda surjam mais potentes e econômicas, mas já podemos agora começar a substituição do carvão e do petróleo por energias mais limpas e renováveis.
As energias alternativas têm o potencial de atender a maior parte da demanda crescente por energia, independentemente da origem dessa demanda, seja para a eletricidade, para o aquecimento ou mesmo para o transporte.
Há três aspectos importantes que devem ser salientados sobre esse tipo de energia: a sua viabilidade econômica, a sustentabilidade dessas fontes e a disponibilidade de recursos renováveis para a sua geração, o que varia nas diferentes regiões do globo.
Quaisquer que sejam as fontes de energia que venham a predominar em um futuro próximo terão que ter características que permitam baixíssima emissão de gases poluentes e grande capacidade de renovação.
O meio ambiente tem sofrido um nível de devastação e poluição no ar, solo e na água que torna o cenário atual extremamente perigoso e quase irrecuperável. O momento exige, por parte dos governos e da sociedade, uma revisão de hábitos, costumes e de interesses, de tal forma que surja uma nova mentalidade e um comprometimento com o nosso futuro. O tempo restante antes do colapso é curto. Temos que apressar as soluções necessárias e mudar nossa percepção de progresso enquanto há tempo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tipos de plásticos: PVC


O PVC contém 57% de cloro (derivado do cloreto de sódio – sal de cozinha) e 43% de petróleo.Através da eletrólise (passagem de uma corrente elétrica pela água salgada) obtém-se o cloro e a soda cáustica.O petróleo ao ser refinado, desde a destilação do óleo cru, passa por várias etapas até chegar ao etileno.Ao se reagirem, o cloro e o etileno, ambos em fase gasosa, dão origem ao DCE (dicloro-etano), representado quimicamente pela equação :
C2 + H4 (etileno) + CL2 (cloro) = 2H4CL2 (1,2-dicloroetano)
e por um processo em um circuito fechado, o DCE sofre uma transformação e obtem-se o MVC, também em estado gasoso, representado por :
C2H4CL2 (DCE) = 2h2CL (monômero cloreto de vinila) + HCL
Finalmente, através do agrupamento destes monômeros, mais conhecido como processo de Polimerização, formam-se os polímeros, moléculas gigantes de Policloreto de Vinila, o conhecido PVC.Conforme a utilização final do produto de PVC são agregados aditivos e outros componentes para se obter as características necessárias. De acordo com os tipos empregados teremos características diferentes:
Estabilizantes: protegem o PVC contra a degradação do calor e da luz.
Plastificantes: dão ao PVC flexibilidade.
Lubricantes: os internos reduzem a viscosidade do PVC fundido. Os externos impedem a aderência e retardam a solidificação.
Cargas: melhoram as propiedades mecânicas e reduzem o custo.
Pigmentos: dão ao PVC a coloração desejada, a opacidade e a proteção contra os raios Ultra Violetas.

Fonte: www.plasticoscarone.com.br

domingo, 11 de outubro de 2009

Braskem vai vender "plástico verde" para a Johnson & Johnson

A Braskem anunciou nesta segunda-feira (5) parceria com a Johnson & Johnson para a venda da chamada resina verde, um polietileno produzido através da cana-de-açúcar. O produto será utilizado pela marca Sundown na fabricação de embalagens.Os primeiros produtos com o novo material serão lançados no verão 2011/2012, e incluem as linhas de protetores, bloqueadores e bronzeadores da marca.'A Johnson & Johnson terá exclusividade no mercado de proteção solar no Brasil e segue avaliando o uso do polietileno verde em outras linhas de produto e em outras regiões do mundo', afirmou Rui Chammas, diretor do negócio polietileno da Braskem, em comunicado. A resina, capaz de capturar CO2 da atmosfera, será produzida pela Braskem em uma fábrica em Triunfo, Rio Grande do Sul. A instalação ainda está em fase de construção e entrará em atividade no último trimestre de 2010.O investimento local da companhia para produzir a resina é de R$ 500 milhões - a capacidade de produção chega a 200 mil toneladas por ano.O eteno verde é produzido a partir da desidratação do etanol da cana-de-açúcar (o mesmo que hoje é utilizado como combustível nos carros flex) e depois polimerizado em polietileno verde. Um tonelada daresina verde é capaz de captar 2,5 toneladas de CO2."Utilizar o polietileno verde é uma forma de colaborar com o combate ao efeito estufa e outros problemas relacionados à mudança climática", afirmou Eleonora Novaes, líder comercial do projeto.
O contrato com a Johnson e Johnson é o primeiro da Braskem com uma empresa do setor de cosméticos no Brasil. Em outubro do ano passado, a companhia já havia uma parceria com a japonesa Shiseido --também fabricante de cosméticos - para a produção de embalagens de resina verde.Além disso, a Braskem assinou com a Toyota Tsusho para desenvolver atividades conjuntas para comercialização de polietileno verde na Ásia.No Brasil, as parcerias da companhia incluem a Acinplas - fabricante de sacos plásticos em rolo utilizados em supermercados - e a Cromex, que fabrica o produto que dá cor aos plásticos.A Braskem lançou também, em parceria com a fabricante de brinquedos Estrela, o jogo Banco Imobiliário Sustentável, que utiliza a resina verde em suas peças.

Fonte: Folha Online

sábado, 10 de outubro de 2009

Das penas da galinha aos vasos de flores


A pena de galinha, geralmente um bio produto não desejado no processamento de aves domésticas, pode ter um futuro mais valioso como um ingrediente na produção de biodegradáveis, de acordo com um cientista do serviço de pesquisa agrícola (ARS). O químico Walter Schmidt, da gerência ambiental do ARS e do laboratório da utilização de bio produtos em Beltsville, tem desenvolvido usos práticos para penas rejeitadas da galinha. Todos os anos, aproximadamente 4 bilhões de libras de penas da galinha são descartadas após o processamento nos Estados Unidos.
O plástico pena derivado encontrado podo ser moldado como todo os outros plástico e tem as propriedades muito similares aos plásticos tais como o polietileno e o polipropeleno. Isto faz o plástico pena derivado um material original para aplicação de empacotamento ou outra utilidade onde se necessita grande resistência e biodegradabilidade, de acordo com Schmidt. Em 2006, o processo de fazer composto e películas da queratina da pena foi patenteado pelo ARS. Schmidt e Huda estão trabalhando agora para desenvolver outros vasos de flores inteiramente biodegradáveis.
Diversos fabricantes comerciais de vasos de flores estão envolvidos nesta fase para determinar a melhor especificação do molde para os recipientes. De acordo com Schmidt, o " green" dos produtos finais hortícolas ajudarão não somente a resolver o problema ambiental criando plásticos biodegradáveis, mas igualmente fornecerão um uso comercial para as penas.


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MMA propõe desafio de um dia sem sacola plástica


No embalo da campanha - Saco é um Saco -, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lança o Dia do Consumidor Consciente - 15 de outubro - e propõe um desafio: - Um dia sem sacola plástica. A exemplo do que aconteceu no Dia Sem Carro, a ideia da ação é despertar a consciência ambiental nos consumidores e incentivá-los a recusar as sacolas plásticas em suas compras nesta data, adotando uma sacola retornável ou outra alternativa.Em 2008, a Consumers International (CI) promoveu uma mobilização mundial nesta mesma data para marcar a importância da educação para o consumo sustentável.
O movimento Global Consumer Action Day contou com a adesão de mais de 40 instituições membros da CI e outros grupos de consumidores em 33 países, contribuindo para o Processo de Marrakech, do qual o Brasil faz parte desde 2007 representado pelo Ministério do Meio Ambiente.O desafio do Dia Sem Sacola Plástica foi aceito pela rede de supermercados Carrefour -- a mais nova parceria da campanha Saco é um Saco -- começando pelo Rio de Janeiro, onde lojas estarão preparadas para estimular as donas-de-casa e demais clientes a recusar sacolas plásticas na boca do caixa.
A comemoração ainda será marcada pelo lançamento da estratégia de internet da campanha Saco é um Saco, com a apresentação do hotsite www.sacoeumsaco.com.br e das ações articuladas nas redes sociais, como Orkut, Twitter, Facebook e Youtube. O objetivo é reforçar a comunicação do tema com a sociedade e difundir a campanha entre formadores de opinião e internautas em geral.Na oportunidade, também será anunciado o concurso de vídeos caseiros do Instituto Akatu: Saco de ideias, projeto apoiado pelo MMA. Em vídeos de um minuto, os concorrentes deverão responder à pergunta "O que você faz para reduzir seu consumo de sacolas plásticas?".
O prêmio do concurso será anunciado no evento.Participe - Apesar de prática, quando aceitamos uma sacola na locadora, na farmácia ou na padaria, não temos noção que anualmente 500 bilhões delas são descartadas inadequadamente no meio ambiente mundial, entupindo bueiros, causando enchentes, poluindo mares e matando tartarugas.No Brasil, estima-se que 1,5 milhão de sacolas plásticas são consumidas a cada hora. Com uma conta rápida chegamos aos 36 milhões em 24 horas. Imagine quantos recursos naturais podem ser poupados em um único dia de consumo consciente.Participe desse desafio e ajude a diminuir o impacto ambiental causado pelas sacolinhas.
No dia 15 de outubro, adote um novo hábito de vida, contribua para diminuir esses números e se torne mais um consumidor consciente capaz de transformar a vida no Planeta. "Saco é um saco. Pra cidade, pro Planeta, pro Futuro e pra Você". Recuse, reduza, reutilize!

Fonte: MMA

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Novas especificações definem o que é "verde" em embalagens de fast foods

Embalagens de poliestireno

No dia 30 setembro de 2009, o Sustainable Biomaterials Collaborative (SBC) e mais algumas entidades de Chicago liberam as especificações para as embalagens Compostaveis do serviço de fast food Bio basedo -- ou “BioSpecs.” O BioSpecs, que estiveram sob desenvolvimento por dois anos por uma grande parceria, será introduzido aos líderes do setor no simpósio 2009 do Biopolymer em Chicago.
Quase 113 bilhões de copos descartáveis, 39 bilhões de utensílios descartáveis, e 29 bilhões de bandejas descartáveis são usados nos Estados Unidos todos os anos, muitos dos quais são manufaturadas com produtos químicos tóxicos, além do que não serem recicladas e não serem biodegradáveis. Assim, a segurança e a sustentabilidade das embalagens de fast food transformaram-se rapidamente, tendo um número de comunidades nos E.U.A que proíbem o uso de produtos do tipo poliestireno.
Em conseqüência, muitas companhias estão substituindo o plástico petróleo baseado por plásticos derivados de plantas tais como o milho, batata, cana-de-açúcar e outros. Entretanto os desafios permanecem com a produção, uso e reciclagem. “Fazer produtos de recursos renováveis é importante,” disse Stanley Eller, coordenador do SBC. “Entretanto, o índice de bio basedo não é a única medida da sustentabilidade.” Os membros do SBC e o grupo de trabalho além de outra entidades, e a cidade e o condado de San Francisco, forneceram a claridade em o que constitui a sustentabilidade no BioSpecs. Dão “os critérios de sustentabilidade” fornecem a orientação, através do ciclo de vida do produto, em edições diversas e complexas como a produção da biomassa, o uso de organismos geneticamente modificados, os aditivos no produto que incluem nanomateriais e produtos químicos tóxicos, a rotulagem do produto, e a outra extremidade da vida do produto tais como o compostabilidade e a biodegradabilidade.
“Nós estamos tentando impedir o greenwashing (maquiagem) dos produtos, que podem ser biobasedo parcialmente ou completamente, mas não possuem outros padrões importantes da sustentabilidade,” Acrescenta Eller. O BioSpecs fornece uma estrutura para que os compradores avaliem a sustentabilidade destes produtos durante três estágios de seu ciclo de vida:
(1) produção da biomassa,
(2) fabricação,
(3) fim da vida do produto.
Seguindo critérios selecionados em cada estágio do ciclo, os fabricantes podem reivindicar o reconhecimento para seus produtos a níveis do bronze, da prata e do ouro. O nível do ouro é reservado para o nível mais elevado de desempenho. Os exemplos dos critérios incluem:

Produção da biomassa
• Colheitas Geneticamente modificadas (bronze).
• O produto deve ser 100% bio baseado com documentação (prata).
• A biomassa agrícola deve ser sustentável (ouro).

Fabricação
• Os copos para líquidos quentes devem conter o índice de reciclagem pós-consumo de 10% (bronze)
• Não deve conter nenhum aditivo altamente perigoso tal como o DEHP ou ftalatos (prata)
• A posse e a produção local devem ser promovidas (ouro)

Fim da vida
• O produto deve ser comercialmente compostavel (bronze)
• O produto deve ser compostavel no processo caseiro (prata)
• O produto deve biodegradar em um ambiente marinho (ouro)


Quando os certificadores adotarem alguns dos critérios incluídos no BioSpecs, tal como a compostabilidade, Os compradores das embalagens de fast food podem usar estas especificações para guiar suas compras. No momento nenhuma organização fornece a certificação destas especificações detalhadas. Os compradores devem pedir a seus fornecedores dados para cada critério junto com a documentação de apoio. Os fabricantes de produtos bio basedos podem igualmente usar o BioSpecs como um mapa rodoviário para melhorar a sustentabilidade dos produtos que oferecem.
“São Francisco empreendeu um programa ambicioso com objetivo de zerar os desperdícios e à operação de descarga ou à incineração, que mudam fundamentalmente os nossos descartes na cidade,” disse Jack Macy, coordenador do anúncio publicitário para a cidade e o condado de São Francisco. “Nós estamos compostando as embalagens de fast food diretamente com o desperdício de alimento e nós precisamos saber se os produtos são verdadeiramente compostaveis. O BioSpecs fornece a orientação que pode ajudar a cidade a reduzir as emissões dos gás do efeito estufa, e a dependência dos produtos tóxicos petróleo baseados.”

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Tipos de plásticos:Polipropileno

Polipropileno

Fabricação e Características:

Polímero de estireno, originário da reação de etileno com benzeno na presença de cloreto de alumínio, obtendo-se o etilbenzeno, que hidrogenado forma o estireno.O monomêro de estireno é polimerizado na presença de radicais livres.Sua produção comercial deu-se no ano de 1938, sendo descoberto pela primeira vez em 1839 pelo farmacêutico alemão Eduard Simon.
Sua representação quimica é descrita pela formúla:CH2CHC6H5
O resultado desta cadeia é um material frágil e transparente, mas que permite várias combinações produzindo-se outros com características diferentes.Por ex : adicionado-se de 5 a 10 por cento de polibutadieno reduz-se esta fragilidade e consegue-se o Polipropileno de alto impacto.O Polipropileno é atacado por vários tipos de solventes, como materiais de limpeza, graxas e detergentes, que inclusive podem causar rachaduras no mesmo. Um produto muito comum mas com certeza sua origem é muito pouco conhecida, é o Polipropileno expandido (isopor®).
A expansão acontece quando as cápsulas de estireno são aquecidas e, estando herméticamente fechadas, aplica-se o vácuo. Elas vão se expandir e se amoldar ao recepiente onde estiverem, produzindo-se desta forma vários tipos de produtos, desde objetos de dimensões reduzidas até volumes de alguns metros cúbicos.

Processos de transformação

Extrusão

Processo de transformação de termoplásticos que consiste em empurrar o material a ser moldado através de uma matriz de extrusão.Os materiais plásticos são misturados conforme o produto final a ser fabricado, e colocados na extrusora que irá empurrá-los até a matriz de extrusão.
A extrusora é uma máquina que, como princípio geral, possuí uma entrada de material chamada de funil de alimentação, vindo em seguida um corpo formado por um cilindro, dentro do qual gira um parafuso sem fim e uma cabeça que serve de suporte para a matriz de extrusão.O polipropileno é usado neste processo de transformação para fabricação de filmes e chapas.Na fabricação de chapas é utilizada uma extrusora semelhante a utilizada no poliestireno.O filme de polipropileno extrusado pode ser empregado diretamente para embalagens em geral, mas também é muito empregado na confecção de fios descontínuos ou contínuos, que serão utilizados para confecção de tecidos em polipropileno, empregado em tapetes e revestimento de móveis.

Sopro

O polipropileno é largamente utilizado neste processo para fabricação de recepientes para xampus e outros produtos domésticos.A principal utilização deste processo se encontra na fabricação de garrafas e recepientes plásticos, que é o principal mercado do sopro.O polímero fundido proveniente de uma extrusora é expulso de uma fenda onde está o molde do recepiente a ser utilizado.
Neste momento, um fluxo de ar prevíamente dimensionado é 'soprado' para dentro do molde herméticamente fechado, fazendo com que o polímero assuma a forma do mesmo.Uma vez em contato com a parede fria do molde o plástico se solidifica e se ajusta a todas as paredes do mesmo, então o molde é aberto e a garrafa amoldada é retirada ou expulsa.Existem diversos tipos de máquinas de sopro, com diferenciações entre o tipo de recepiente e o volume de produção.

Injeção

O Polipropileno é muito utilizado neste processo para fabricação de recepientes de armazenagem líquida, e objetos em geral, dada a sua grande transparência.A injeção é um processo de moldagem de materiais plásticos ( termoplásticos e termofixos ) onde o material é fluidificado por aquecimento, e a seguir injetado em um molde de uma ou mais partes.
Na injetora existe um conjunto denominado de rosca-pistão, onde o plástico é fluidificado para ser injetado no molde. A cavidade do molde é essencialmente o negativo da peça a ser produzida. A cavidade se enche de plástico sob grande pressão e sofre um resfriamento, indo para o estado sólido quando finalmente a peça é expulsa da cavidade, resultando no produto final.
As pressões aplicadas neste processo podem variar de 5000 a 20.000 psi, e por este motivo, o molde é seguro e fechado durante a injeção e resfriamento, com forças medidas em toneladas.Este processo permite produzir peças com uma grande precisão com tolerâncias de medidas muito pequenas.Esta precisão é alcançada com a elaboração de moldes específicos e utilizando-se o plástico adequado ao produto que se deseja produzir.Normalmente estes moldes são fabricados em aço endurecido, com um ciclo de produção alto, ou em alumínio, ou em outros materiais quando o ciclo de produção não fôr grande.
Por este motivo torna-se um processo caro quando a quantidade de peças não fôr grande, só ficando viável quando se produz uma grande quantidade de peças que compense os custos do molde.

Fonte: www.plasticoscarone.com.br

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Plástico biodegradável, derivado de grãos de milho

Um plástico biodegradável, derivado de grãos de milho, pode revolucionar o mercado de embalagens de alimentos como arroz e feijão, além de substituir os plásticos convencionais em produtos descartáveis como sacos de lixo, filmes moldados para sacolas e para coberturas temporária de plantas, etiquetas plásticas de plantas e até talheres.
Obtido a baixo custo a partir de recursos renováveis – a produção de milho no Brasil excede o consumo –, o amido termoplástico tem excelente biodegradabilidade. O material foi desenvolvido no Laboratório de Superfícies e Filmes Finos do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da COPPE/UFRJ e no Laboratório de Polímeros Hidrossolúveis do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano da UFRJ durante o doutorado da pesquisadora Rossana Mara da Silva Moreira Thiré, sob orientação das professoras Renata Antoun Simão (COPPE) e Cristina Tristão de Andrade, do (IMA).
Os filmes à base de amido representam uma alternativa ecologicamente correta para o mercado como substituto dos filmes de polímeros convencionais, derivados do petróleo. Entretanto, até agora, a aplicação tecnológica dos plásticos de amido era dificultada pela natureza hidrofílica do material, que absorve água facilmente e incha, perdendo suas propriedades mecânicas e ação de barreira.
As pesquisadoras conseguiram produzir um material completamente biodegradável e com redução de até 90% na absorção de água, utilizando um recobrimento fino, de 100 nanômetros (1 milionésimo de milímetro) de espessura. Esta camada protetora de carbono amorfo hidrogenado é obtida através de técnica de deposição de filmes finos por plasma frio. A superfície da peça feita de amido termoplástico é coberta para evitar o contato entre a umidade do ar e o material, preservando suas propriedades, inclusive a biodegradabilidade.
“O filme de amido de milho é completamente biodegradável, uma vez que não há adição de polímero sintético. Os plastificantes utilizados – água e glicerol – também são biodegradáveis, e o recobrimento de carbono amorfo hidrogenado é ecologicamente correto”, afirma Rossana Mara.
O plástico de milho não requer equipamentos específicos para sua produção. Os grãos de amido são processados através de técnicas convencionais utilizadas para plásticos sintéticos, como vazamento (ou “casting”), extrusão, moldagem por compressão, moldagem por injeção e moldagem por sopro, na presença de aditivos.
Realizado com recursos do programa Bolsa Nota 10, concedida pela Faperj, o projeto de pesquisa resultou na tese “Obtenção e caracterização de filmes biodegradáveis à base de amido de milho com reduzida sensibilidade à água”.
O desenvolvimento de plásticos biodegradáveis é uma linha de pesquisa ativa do Laboratório de Polímeros Hidrossolúveis do IMA/UFRJ desde 1995. Agora, as pesquisas podem contar com a experiência do Laboratório de Superfície e Filmes Finos da COPPE/UFRJ em modificação superficial de filmes.
Rossana Mara, atualmente pesquisadora do Laboratório de Polímeros Hidrossolúveis do IMA/UFRJ, apresentar o produto a empresários no Encontro Brasileiro sobre Tecnologia na Indústria Química, que acontece de 1 a 3 de outubro, em São Paulo. “É preciso haver um melhor relacionamento entre pesquisadores e a indústria química. Os produtos devem sair da escala de laboratório para a escala industrial”, afirma a cientista, que patenteou o amido termoplástico em nome da UFRJ.
Ela ressalta que em um cenário internacional cada vez mais pressionado pelas questões ambientais, a busca de materiais biodegradáveis é de vital importância para o desenvolvimento tecnológico, econômico e social de um país.
Além do produto em si, a pesquisa resultou no desenvolvimento de um método inédito para o recobrimento de filmes à base de polímeros naturais ou outros materiais sensíveis ao vácuo, por intermédio da tecnologia de plasma frio. Os resultados obtidos durante os trabalhos da tese foram publicados em quatro congressos/eventos nacionais e cinco congressos internacionais, além do periódico inglês Carbohydrate Polymers.


Fonte:
FAPERJ

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Testes encontram doses tóxicas de Bisphenol A em recipientes plásticos de micro-ondas após o aquecimento normal


Produtos introduzidos no mercado para crianças ou intitulados como ‘‘produtos para microonda” ; liberam doses tóxicas do bisphenol A quando aquecidos, foi o que encontrou uma análise realizada pelo jornal sentinela de Milwaukee – wisconsin, E.U.A. O jornal teve 10 recipientes testados em um laboratório - os produtos foram aquecidos em uma microonda ou em um forno convencional. O Bisphenol A, ou BPA, foram encontrados em todos. As quantidades detectadas que os cientistas encontraram estavam a níveis de causar danos neurológicos nos animal de laboratório.
Os problemas incluem defeitos genitais, mudanças comportamentais e o desenvolvimento anormal das glândulas mamárias. As mudanças das glândulas mamárias eram idênticas àquelas observadas nas mulheres em um risco mais elevado para o câncer da mama. Os resultados da análise levantam novas perguntas sobre o produto químico e a segurança de uma lista inteira de produtos plásticos etiquetados como “microonda safe." O BPA é um ingrediente chave em plásticos comuns para o agregado familiar, incluindo mamadeiras e recipientes de armazenamento. Encontra-se em 93% dos produtos americanos testado. Os testes do jornal igualmente revelaram que o BPA, geralmente encontrado somente no plástico duro, forro de latas de metal de alimentos, está atualmente em bandejas para congeladas, em recipientes para micro-ondas e no empacotamento plástico de comida para bebê.
As companhias de alimento recomendam aos pais preocuparam-se com o BPA para evitar alimentos de micro-ondas em recipientes plásticos, especialmente aqueles com a parte inferior indicando o número de reciclagem n°7. Mas de acordo com o jornal Sentinela o teste de encontrou BPA lixiviado nos de n° 1, 2 e 5. recipientes com os números de reciclagem diferentes.
De acordo com Frederick Saal, investigador da Universidade de Misoure que analisou o teste do jornal, ”não há nenhuma coisa contra o plástico de micro-ondas”.O Conselho americano de química discordou dos resultados, disse publicamente que os resultados chegam uma conclusão sobre a segurança do produto simplesmente sem maiores testes científicos; Os diretores das companhias de alimentos dizem que as doses detectadas nos testes são tão baixas que são insignificantes à saúde humana.
“Estes níveis são extremamente baixos,” escreveu John Faulkner, diretor de comunicações dos testes da Campbell Soup. Afirmou que a embalagem da sopa de tomate produzida por sua empresa lixiviou os mais baixos níveis de BPA encontrado. " De fato, você pôde apenas encontrar níveis similares na água da torneira. Nós estamos falando de 40 a 60 porções por trilhão (ppt), que é 40 a 60ppt por segundos em 32.000 anos! " Mas o jornal sentinela identificou diversos estudos que encontraram danos aos animais a níveis similar àqueles detectados no teste do jornal - em alguns casos, tão baixo quanto 25 porções por trilhão.
Os cientistas peritos em BPA dizem que os resultados são motivos de preocupação, considerando especialmente a vulnerabilidade dos bebês e mesmo as quantidades minúsculas de BPA podem provocar dano no seu desenvolvimento. O dano durante esta fase crítica de desenvolvimento é irreparável e pode devastar, dizem. " Este material está nos corpos de nossas crianças e bebês, " disse Patrícia Hunt, professora na universidade do estado de Washington que abriu caminho aos estudos que liga o BPA ao câncer. Os cientistas dizem que o BPA e outros produtos químicos que interrompem o sistema de glândula endócrina não atuam como outras toxinas que se tornam mais poderosos enquanto suas doses aumentam.
O BPA comporta-se como uma hormona. Imita a hormona heterogênica com efeitos que são ultra-poderosos. Mesmo as quantidades minúsculas podem provocar a mudança das células. Nira Ben-Jonathan, um professor da universidade de Cincinnati cujos estudos encontraram que BPA interfere com a quimioterapia, disse' os efeitos podem não ser imediatamente óbvios, mas podem devastar com o tempo. “Disseram que o DDT era seguro, também”, disse Ben-Jonathan. Para o jornal Sentinela os testes foram feitos para determinar a predominância do BPA em uma dieta moderna típica para bebês e crianças pequenas.
Baseado nos resultados da análise, o jornal estimou então a quantidade de BPA que uma criança pôde consumir e comparado com as quantidades da dose de BPA usados por investigadores nos estudos animais. Acredita-se ser a primeira análise de seu tipo realizada por um jornal, o jornal encontrou ainda que uma menina exposta á um mês com o BPA está exposta à mesma quantidade de BPA que causa mudanças da glândula mamárias nos ratos. Aquelas mesmas mudanças nos seres humanos podem conduzir ao câncer da mama.

Fonte: http://www.jsonline.com/

domingo, 4 de outubro de 2009

O petróleo e as fontes de recursos renováveis

Fontes renováveis

Não se sabe quando despertaram a atenção do homem, mas o fato é que o petróleo, assim como o asfalto e o betume, eram conhecidos desde os primórdios da civilização. Nabucodonosor usou o betume como material de liga nas construção dos célebres Jardins Suspensos da Babilônia. Foi também utilizado para impermeabilizar a Arca de Noé. Os egípcios o usaram para embalsamar os mortos e na construção de pirâmides, enquanto gregos e romanos dele lançaram mão para fins bélicos. Só no século 18, porém, é que o petróleo começou a ser usado comercialmente, na indústria farmacêutica e na iluminação.
Como medicamento, serviu de tônico cardíaco e remédio para cálculos renais, enquanto seu uso externo combatia dores, cãimbra e outras moléstias. Até a metade do século passado, não havia ainda a idéia, ousada para a época, da perfuração de poços petrolíferos. As primeiras tentativas aconteceram nos Estados Unidos, com Edwin L. Drake. Lutou com diversas dificuldades técnicas, chegando mesmo a ser cognominado de "Drake, o louco". Após meses de perfuração, Drake encontra o petróleo, a 27 de agosto de 1859. Passados cinco anos, achavam-se constituídas, nos Estados Unidos, nada menos que 543 companhias entregues ao novo e rendoso ramo de atividades.
Na Europa floresceu, em paralelo á fase de Drake, uma reduzida indústria de petróleo, que sofreu a dura competição do carvão, linhita, turfa e alcatrão - matérias-primas então entendidas como nobre. Naquela época, as zonas urbanas usavam velas de cera, lâmpadas de óleo de baleia e iluminação por gás e carvão. Enquanto isso, no campo, o povo despertava com o sol e dormia ao escurecer por falta de iluminação noturna. Assim, as lâmpadas de querosene, por seu baixo preço, abriram novas perspectivas ao homem do campo, principalmente, permitindo que pudesse ler e escrever á noite.
A invenção dos motores á gasolina e a diesel, no século passado, fez com que outros derivados, até então desprezados, passassem a ter novas aplicações. Assim, ao longo do tempo, o petróleo foi se impondo como fonte de energia eficaz. Hoje, além de grande utilização dos seus derivados, com o advento da petroquímica, centenas de novos produtos foram surgindo, muitos deles diariamente utilizados, como os plásticos, borrachas sintéticas, tintas, corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos, cosméticos, etc. Com isso, o petróleo além de produzir combustível e energia, passou a ser imprescindível a utilidade e comodidades da vida de hoje. Mas um dia ele irá acabar e como vivermos sem petróleo?A resposta esta no uso consciente da biomassa.

Biomassa

Biomassa é a matéria orgânica utilizada na produção de energia. Nem toda a produção primária do planeta passa a incrementar a biomassa vegetal, pois parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema na sua própria manutenção. As vantagens do uso da biomassa na produção de energia são o baixo custo, o fato de ser renovável, permitir o reaproveitamento de resíduos e ser bem menos poluente que outras fontes de energia como o petróleo ou o carvão. As biomassas mais utilizadas são: a lenha (já representou 40% da produção energética primária no Brasil), o bagaço da cana-de-açúcar, galhos e folhas de árvores, papéis, papelão, etc. A biomassa é o elemento principal de diversos novos tipos de combustíveis e fontes de energia como o bio-óleo, o biogás, o BTL e o biodiesel.
A renovação da biomassa ocorre através do ciclo do carbono. A queima da biomassa ou de seus derivados provoca a liberação de CO2 na atmosfera. As plantas, através da fotossíntese, transformam esse CO2 nos hidratos de carbono, liberando oxigênio. Assim, a utilização da biomassa, desde que não seja de forma predatória, não altera a composição da atmosfera. A biomassa se destaca pela alta densidade energética e pelas facilidades de armazenamento, conversão e transporte.
A semelhança entre os motores com utilização de biomassa e os que utilizam energias fósseis é outra vantagem. Dessa forma, a substituição das formas de obtenção de energia não teria impacto tão grande na indústria automobilística. Embora a utilização de biomassa como fonte de energia traga fantásticas vantagens, é importante ressaltar que se deve ter um amplo controle sobre as áreas desmatadas. Um exemplo disso foi a expansão da indústria de álcool no Brasil, onde várias florestas foram desmatadas para dar lugar a plantações de cana-de-açúcar. Por isso a preocupação ambiental, mais do que nunca, deve ser prioridade na utilização da biomassa.

Fonte: www.dep.fem.unicamp.br

sábado, 3 de outubro de 2009

Quanto plástico se fabrica no mundo?

A produção mundial de plásticos é da ordem de 150 milhões de toneladas ano (o que dá uma produção per capita de 25 kg por pessoa, por ano!). Infelizmente, boa quantidade desse plástico é usada em embalagens descartáveis e cerca de 95% do material vai parar em aterros sanitários ou é descartado sem maior cuidado. Veja, na tabela a seguir, mais alguns dados de produção e usos comuns de plásticos: Entender como alguns desses plásticos são produzidos ajuda a imaginar novas matérias-primas para a sua fabricação:
ou resumidamente, usando "n" para indicar a repetição, muitas vezes, da unidade básica CH2-CH2: Como se vê, hidrocarbonetos insaturados e seus derivados podem formar moléculas gigantes (polímeros) por adição (isto é, as moléculas "grudam", formando cadeias cada vez mais extensas). Esse não é o único mecanismo de polimerização, mas é um dos mais importantes. Para produzir plásticos "verdes", basta obter reagentes como os ilustrados nas reações, a partir de matérias-primas renováveis.

Hidrocarbonetos e polietileno
Alguns hidrocarbonetos simples, como o isopreno, são produzidos por plantas, mas em geral são logo convertidos na forma de moléculas como látex, vitaminas e esteróides:
No entanto, usando microrganismos e processamento industrial, é possível produzir outros hidrocarbonetos simples, que servirão como monômeros para a fabricação de plásticos, a partir de matérias-primas naturais. Por exemplo, pode-se produzir eteno (etileno) a partir da desidratação de etanol - este, por sua vez, produzido a partir de açúcares:
O etileno produzido pode ser usado para a produção de polietileno. Temos, em resumo, polietileno produzido a partir de açúcar - e já há indústrias no Brasil apostando nessa tecnologia. De forma semelhante, é possível produzir PVC fazendo a halogenação desse etileno ou propileno a partir da desidratação de propanol. Se você pensou que o polietileno derivado de cana-de-açúcar não é biodegradável, acertou. Afinal, é quimicamente idêntico ao polietileno produzido a partir de derivados do petróleo. No entanto, sendo fabricado a partir de uma fonte renovável, a sua produção é menos lesiva ao meio ambiente, e o plástico é chamado por muitos fabricantes de "plástico verde". Portanto, continue reciclando. Como se pode ver, daqui a pouco o álcool não vai estar só no combustível dos carros, mas no painel, nos pára-choques, etc. E na onda da substituição dos plásticos de petróleo por seus semelhantes renováveis, já há espumas de bancos feitas de soja, além do pneu que, afinal... já é de borracha natural.

Júlio C. de Carvalho - é engenheiro químico e professor do curso de engenharia de bioprocessos e biotecnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 

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