quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Resíduos de matadouros podem produzir plásticos

Um grupo de investigadores europeus está desenvolvendo novas abordagens para a produção de plásticos biodegradáveis a partir de resíduos sem recurso ao uso de combustíveis fósseis. Hoje a maioria dos resíduos de matadouros e de instalações de esquartejamento na Europa é incinerado, o que significa a destruição de alguns produtos químicos potencialmente úteis. Mas os investigadores do projeto ANIMPOL pretendem dar uma melhor utilização aos lipídios – moléculas polímeros longas, ricas em carbono – presentes nos resíduos animais.
Na Europa, meio milhão de toneladas desses lipídios são produzidos anualmente pela indústria dos matadouros. ”Quando começamos este projeto sabíamos que a natureza cria polímeros como estes lipídios, além de proteínas, gratuitamente – por que incinerá-los?”, questiona Martin Koller, da Universidade de Graz, na Áustria, responsável pelo projeto ANIMPOL. É que as biotecnologias industriais são fundamentais no desenvolvimento de processos novos e inovadores, evitando ou reduzindo quantidades elevadas de solventes tóxicos que são essenciais nas atuais abordagens tradicionais para a recuperação de plástico biodegradável. Iniciado em Janeiro de 2010, o projeto ANIMPOL resulta de uma colaboração entre instituições acadêmicas européias e parceiros industriais de sete países. Um dos seus principais objetivos é a criação de uma unidade de produção de bioplástico que usará os processos desenvolvidos. O projeto – que visa também investigar de que modo os resíduos dos animais poderão ser usados de forma mais eficiente como biocombustíveis – é co-financiado em cerca de 3 milhões de euros pela UE.


Fonte: http://www.ambienteonline.pt

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