O bioplástico resulta de
um trabalho de colaboração entre os departamentos de Química e de Engenharia de
Materiais e Cerâmica, e é desenvolvido exclusivamente a partir da batata, com o
objetivo de substituir o plástico sintético na embalagem de alimentos, já que
além de ser biodegradável, permite uma melhor conservação dos produtos
alimentares, quando comparado com os plásticos tradicionais.
Produzidas à base de
amido, um dos hidratos de carbono presentes nas batatas e cujas propriedades
permitem obter películas transparentes, resistentes à
rutura, inodoras e sem sabor, as bioembalagens produzidas em
Aveiro são também uma barreira eficaz entre o alimento e o exterior.
"A
biodegradabilidade inerente às embalagens de amido é a grande vantagem em
relação aos plásticos", aponta Idalina Gonçalves, investigadora do
projeto, que lembra que o "aumento considerável nos últimos 20 anos de
embalagens sintéticas (plásticos) tem agravado o problema de eliminação de
resíduos".
Citada num comunicado da
Unviersidade, Idalina Gonçalves realça também "as boas propriedades de
barreira, nomeadamente ao oxigênio e ao vapor de água, dos filmes de amido, quando comparados com os materiais sintéticos".
No horizonte da equipe
científica está também a possibilidade da embalagem bioplástica poder fornecer
informações relevantes aos consumidores. No laboratório os químicos preparam-se
para adicionar às películas já desenvolvidas moléculas capazes de detetar a
degradação dos alimentos, sensores de umidade e de temperatura.
"Um dos nossos
objetivos é, por exemplo, desenvolver materiais colorimétricos que respondem às
alterações das propriedades físico-químicas dos alimentos (como indicadores de
tempo, temperatura, pH ou frescura), permitindo ao consumidor uma avaliação da
qualidade dos seus alimentos", revela a equipe de investigação.
Fonet: http://www.jn.pt/
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