sábado, 3 de julho de 2010

Nova técnica melhora resistência dos bioplásticos


O grande desafio da indústria de plástico é encontrar um produto que seja resistente como o plástico tradicional, feito a partir do petróleo, e, ao mesmo tempo, biodegradável e pouco nocivo ao meio ambiente. Anúncios feitos nos últimos meses mostram que o setor está perto de encontrar esse equilíbrio. Um exemplo é o trabalho de Antonio Aprígio da Silva Curvelo, professor da Universidade de São Paulo. Ele desenvolveu um plástico que utiliza matéria prima vegetal e apresenta maior consistência graças a um reforço estrutural obtido com a utilização de polpa celulósica, estrutura da planta que deixa o plástico mais resistente.
O novo bioplástico compostável, que depende de microorganismos para se degradar, é feito com amido de fontes vegetais, como milho, batata, mandioca e arroz. O tempo de degradação é estimado em até 180 dias. Um plástico tradicional leva quase 400 anos para sumir do meio ambiente. Apesar de ainda não estar no mercado, algumas empresas já demonstraram interesse no material. “A partir dos estudos realizados já é possível produzir em larga escala”, diz Curvelo.
Os plásticos biodegradáveis são uma alternativa aos produtos convencionais e têm a vantagem de não se acumularem no meio ambiente. “O uso é indicado para aqueles produtos nos quais a utilização ocorre uma única vez e já há o descarte”, diz Telmo Ojeda, doutor em engenharia de materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). O único problema do bioplástico compostável é o preço. “O custo é cerca de cinco vezes maior do que os feitos com plásticos convencionais, porque sua fabricação depende de biotecnologia e a demanda ainda é pequena”, afirma Ojedo.

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