domingo, 30 de junho de 2024

Projeto converte resíduos plásticos biodegradáveis ​​em energia verde

 

O Projeto VALPLAST visa implementar uma alternativa à forma atual de gestão dos resíduos de embalagens plásticas biodegradáveis, alinhando-os com os princípios da economia circular. O projeto de investigação envolve a AIMPLAS (Valência, Espanha), o Centro de Tecnologia dos Plásticos, o Instituto de Investigação em Engenharia Hídrica e Ambiental da Universidade Politécnica de Valência (IIAMA-UPV), a Unidade Mista UPV-UV do Grupo CALAGUA e as empresas Global Omnium Medioambiente e Fych Technologies. Recuperação de resíduos plásticos biodegradáveis ​​por meio de tratamento de codigestão anaeróbica com lodo de estações de tratamento de esgoto (ETE) para obter um fluxo de biogás que pode ser usado como vetor de energia e um digestato para a agricultura. Este é o principal objetivo do VALPLAST (Recuperação de bioplásticos por codigestão anaeróbica em estações de tratamento de esgoto), um projeto estratégico do qual participa um consórcio de membros, entre os quais se destacam a AIMPLAS, o Centro de Tecnologia dos Plásticos, a Unidade Mista UPV-UV do Grupo CALAGUA (composta pelo Instituto de Pesquisa em Engenharia da Água e do Meio Ambiente da Universidade Politécnica de Valência e pelo Departamento de Engenharia Química da Universidade de Valência) e as empresas Global Omnium Medioambiente e Fych Technologies. O projeto, financiado pelo Instituto Valenciano de Competitividade e Inovação (IVACE+i) no âmbito dos projetos de cooperação estratégica da União Europeia 2023, procura implementar uma alternativa à atual gestão de resíduos de embalagens plásticas biodegradáveis ​​que esteja alinhada com os princípios da economia circular.

“A principal inovação do projeto passa pela compreensão de que os bioplásticos são um recurso que pode ser recuperado e transformado em energia verde”, segundo os investigadores participantes no projeto. Pretende-se, portanto, estudar, à escala laboratorial e piloto, a degradação de diferentes plásticos através do tratamento biológico com lamas de estações de tratamento de águas residuais municipais em condições anaeróbias. Serão também avaliados os possíveis efeitos dos aditivos utilizados na síntese de plásticos (convencionais e bioplásticos) no processo de tratamento anaeróbio e a subsequente qualidade do lodo digerido, visto que a sua principal aplicação é o uso agrícola. Serão também trabalhados no desenvolvimento e otimização de sistemas de instrumentação e controle de plantas piloto, bem como na análise de custos e do ciclo de vida. Como destacaram os membros do consórcio, “São essenciais para poder avaliar a sustentabilidade ambiental e económica do tratamento proposto”.

Presença de microplásticos no lodo

Após o processo de recuperação, serão realizadas análises para medir a presença de microplásticos no lodo. Para esta análise, será utilizada a metodologia desenvolvida pela AIMPLAS em projetos anteriores (MICROPLAST e PREVENPLAST). Este método permite medir estes contaminantes emergentes tanto nas águas residuais como no lodo gerado nas estações de tratamento. Este processo será usado para desenvolver uma metodologia de recuperação de energia de bioplásticos em digestores de ETEs para melhor gerenciamento desses resíduos, resultando em maior recuperação de energia. De salientar ainda a experiência anterior que parte deste consórcio adquiriu durante a implementação e colaboração em outros projetos de I&D relacionados com o objetivo deste projeto, como AVI MICROPLAST e AVI PREVENPLAST.

Fonte: www.aimplas.es

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