sábado, 13 de março de 2010

Sacolas de plástico oxi-degradável recebem criticas de estudo realizado pelo governo do Reino Unido

sacolas de plástico "oxi-degradável" após 180 de descarte em local adequado
Fonte:Relatório EV0422 - DEFRA

As Chamadas sacolas de plástico "oxo-degradável" utilizados pelos principais supermercados do Reino Unido não se esfarelam (quebram) tão rapidamente quanto se acreditou e não podem ser consideradas amigas do meio ambiente, de acordo com um relatório recentemente publicado pelo Department for Environment, Food and Rural Affairs (DEFRA). O estudo de 104 páginas sobre os plásticos "oxo-degradáveis", muitas vezes rotulados como degradável ou biodegradável, revelam que há incertezas sobre seu impacto sobre o ambiente natural.

Entre as principais conclusões:

“A incorporação de aditivos em derivados de petróleo que fazem com que os plásticos se submetam a degradação acelerada não melhora o seu impacto ambiental e, potencialmente, dá origem a certos efeitos negativos”.

“Os plásticos oxi-degradáveis não são biodegradáveis, de acordo com normas internacionais EN13432 e ASTM D6400. Plásticos oxi-degradáveis não devem ser incluídos nos resíduos que vão para a compostagem, porque os fragmentos remanescentes do plástico após o processo de compostagem podem afetar negativamente a qualidade e a negociabilidade do composto”.

E finalmente:

“Pensa-se que a rotulagem de plásticos oxi-degradáveis como biodegradável pode levar a confusão por parte dos consumidores, que podem assumir que os plásticos biodegradáveis são compostaveis. Isso pode levar à contaminação da compostagem de resíduos de fluxo com plásticos oxi-degradáveis.”

Clique aqui para ler o relatório completo (Em inglês)

Fonte:greenwashingspy.com
Tradução e Pesquisa:Bioplastic News

1 comentários:

Em resposta as noticias que estão a aparecer na prensa sobre os sacos distribuídos pelas empresas de distribuição identificados com 100 degradáveis, quero fazer alguns comentários:
A Defra incumbiu a Universidade de Loughborough de realizar um projecto de investigação para avaliar o impacto ambiental dos plásticos oxo-degradáveis durante todo o ciclo de vida.
O objectivo principal foi de avaliar a literatura publicada e dialogar com os principais interessados para perceber o que acontece aos polímeros e sais metálicos após o inicio da degradação do material, assim como avaliar a existência de efeitos positivos ou negativos sobre o ambiente em comparação com plásticos que não contêm o aditivo.

Antes de mais convido todos os leitores a lerem o relatório Inglês, vão verificar que o relatório não é conclusivo.
Não acredito que algum jornalista tenha lido o relatório antes de escrever qualquer artigo sobre este tema.
A Universidade no relatório afirma que suas recomendações são suas próprias opiniões, e que suas opiniões não reflectem necessariamente as políticas ou pareceres da DEFRA.
Este relatório é útil porque permite uma melhor compreensão da tecnologia oxo-biodegradável.
É útil também, porque o Governo britânico percebe a importância desta tecnologia dando início a um debate sobre o assunto.

Os plásticos oxo-biodegradáveis:

• Não são tóxicos
• Não contêm metais pesados
• Se degradam e biodegradam no meio ambiente
• São seguro para o contacto alimentar
• Não libertam metano mesmo em aterros
• Se degradam abioticamente num meio ambiente normal
• Se degradam abioticamente sob altas temperatura em aterro sanitário
• Não existem provas de bio-acumulação nem qualquer efeito prejudicial sobre o meio ambiente
• Não há provas de acumulação de poluentes

Em relação ao estudo da Quercus, este estudo não teve nenhum suporte técnico nem cientifico.
Foi pedido várias vezes a Quercus para termos acesso as amostras para avaliarmos as condições de exposição no diferentes meios, não nos foi dada essa possibilidade. A Quercus teve acesso a toda a nossa informação e documentação técnica, no entanto não percebeu e continua a não perceber como funciona a tecnologia.
A tecnologia oxo biodegradável foi desenvolvida para permitir a degradação rápida e a biodegradação dos plásticos, mantendo todas as propriedades técnicas e mecânicas dos plásticos tradicionais durante a fase da sua vida útil.
Uma vez descartado o plástico oxo pode ser reciclado, incinerado, e posto em aterro sanitário.
A degradação é iniciada pela presença do oxigeno no meio ambiente e acelerada pela luz UV, o calor e as solicitações mecânicas. O plástico oxo não foi desenvolvido para compostagem.

A grande vantagem da tecnologia oxo é a sua possibilidade de tornar um plástico tradicional num material com a possibilidade de se biodegradar, o plástico que encontramos descartado de forma selvagem tem a possibilidade com o d2w de desaparecer do ambiente de forma segura e sem efeitos prejudicais para o meio ambiente. Dependendo do meio pode demorar mais o menos tempo, mas sempre melhor de que 500 anos. Outra vantagem da tecnologia é que pode ser aplicada não só em sacos de plástico mas também em alguns plásticos rígidos como tampas de garrafas, cotonetes, redes de pesca, embrulhos de gelados, no packaging em geral.

Posso concordar que a tecnologia oxo não traz vantagens em comparação a um plástico tradicional, mas só concordo se todo se todo o plástico fosse recolhido e tratado de forma correcta, mas isto é uma utopia.
www.oxibio.net

 

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