sábado, 21 de março de 2009

Biocycle empresa produtora de PHB Polihidroxibutirato

A PHB Industrial S.A., proprietária da marca BIOCYCLE®, é controlada pelas empresas Pedra Agroindustrial S/A e Grupo Balbo, que têm mais de 70 anos de tradição no setor sucroalcooleiro. No total são sete usinas que produzem cerca de 500.000 toneladas de açúcar e 800 milhões de litros de álcool por ano, além de comercializarem energia elétrica, proveniente da queima do bagaço da cana de açúcar, créditos de carbono e empregam mais de 8.000 trabalhadores. Produzem também o açúcar orgânico comercializado tanto no Brasil quanto no exterior. A planta piloto de produção do BIOCYCLE® fixa anexa à Usina da Pedra, no município de Serrana, na região de Ribeirão Preto.

História

O desenvolvimento do BIOCYCLE® teve início em 1992, com estudos de fermentação objetivando a produção de um polímero biodegradável e depois foi desenvolvida uma tecnologia de extração e purificação do plástico com a utilização de um álcool superior que é empregado como solvente. Em 1994, foram concluídos os estudos laboratoriais para as fases de produção, desde a pré-fermentação, a fermentação, a extração e sua purificação, que em seguida levaram a uma análise preliminar positiva da economia de mercado e a avaliação do potencial do produto, considerando a rota de produção até então desenvolvida.
Foram então requeridas cinco patentes para esse processo de produção de biopolímeros. A tecnologia preliminar e a avaliação da economia indicaram um excelente potencial para a exploração do comércio do produto no mercado internacional, fazendo uso de matérias-primas e tecnologia compatível com o agribusiness da cana- de-açúcar.Ainda em 1994, foram iniciados os estudos de engenharia para a implantação de uma planta piloto, de forma a que essa tecnologia desenvolvida em laboratório pudesse ser testada em equipamentos de escala industrial. Em 1995 a instalação dessa planta piloto na Usina da Pedra, em Serrana, no Estado de São Paulo, foi completada. Nessa fase foram feitos os primeiros testes para a produção do plástico biodegradável polihidroxibutirato (PHB) e o seu copolímero polihidroxibutirato/valerato (PHB-HV).
A capacidade nominal da planta era da ordem de 5,0 ton./ano, sendo que o importante era testar, com equipamentos industriais, a rota de produção desenvolvida laboratorialmente.Os objetivos da planta piloto estavam inicialmente concentrados em uma melhor avaliação das tecnologias propostas, e na determinação mais apurada dos coeficientes de produção, na determinação de protocolos de produção e enfim na comprovação da viabilidade técnica de produção do biopolímero e de seu copolímero.Em 1996 os lotes obtidos começaram a ser enviados a vários Institutos de Pesquisa e empresas, tanto no Brasil como em vários países desenvolvidos. Esse trabalho permitiu uma avaliação inicial das propriedades físico-químicas do biopolímero produzido na planta piloto e a realização dos primeiros testes de exploração para transformação em máquinas injetoras convencionais.
A partir desse ponto do desenvolvimento e em função dos resultados obtidos vários ajustes foram feitos na planta piloto, para que então o produto pudesse refletir as condições requeridas para os testes.Baseados nos dados obtidos na planta piloto, em 1997 houve uma nova avaliação econômico-tecnológica para a produção do biopolímero, mais consistente do que a primeira. Os resultados confirmaram a atratividade do processo de produção do produto que permitiu uma outra visão da magnitude do investimento requerido e da escala mínima de produção necessária para sua viabilidade. Entretanto com as alterações introduzidas e os dimensionamentos dos equipamentos das diferentes seções da produção em 2.000 a planta foi remodelada e adequada, voltando a operar no final do ano com capacidade de 50 ton./ano.
A partir de 2.001 tiveram início os estudos para desenvolvimento de blendas e compósitos a partir do PHB e seu copolímero PHB-HV.Com a conclusão da rota de produção através da planta piloto e a obtenção de um produto economicamente viável, a próxima etapa será o desenvolvimento e a implantação de uma planta comercial de produção com capacidade de 30.000 ton/ano, que deverá entrar em produção em breve.


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