domingo, 29 de março de 2009

Lírio-do-Brejo: Fonte de matéria-prima para a produção de bioplástico


O lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) é uma macrófita aquática da família Zingiberaceae que tem sua origem na região do Himalaia. Foi introduzido no Brasil desde 1987, disseminando-se pelo país e, hoje em dia, considera-se uma espécie exótica invasora causando a redução da população de espécies nativas e perda efetiva da biodiversidade. Atualmente vem se estudando o manejo e o controle desta praga, no entanto, há a necessidade de estudar a utilidade desta espécie quanto à fécula, um dos seus componentes majoritários, que pode ser aproveitamento na indústria, como fonte renovável para a produção de bioplástico, significando uma alternativa para aumentar a renda familiar das áreas pobres do estado de Goiás, por esse motivo, estuda-se um método de extração e caracterização do amido dos rizomas do lírio-do-brejo do cerrado goiano.Segundo estudos realizados a determinação de umidade dos rizomas de lírio-do-brejo mostrou teor de matéria seca de 10%, com elevado teor de fécula (53,30% em base seca), resultados estes promissores considerando-se o objetivo de processamento deste rizoma para extração de fécula.
No processamento dos rizomas, observou-se a necessidade de uso do antioxidante bissulfito de sódio em toda a água utilizada no processo de extração, devido ao rápido escurecimento da massa desintegrada, fato que pode ser um fator limitante na extração de féculas comerciais. O balanço de massa do processo de extração da fécula de lírio-do-brejo mostrou rendimento de 5,34% em relação ao peso fresco dos rizomas. Análises realizadas na fécula de lírio-do-brejo mostraram que o amido preenche os requisitos mínimos estabelecidos pela legislação brasileira. O processo de extração pode ser considerado eficiente, uma vez que os teores de substâncias acompanhantes foram baixos. A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que os rizomas de lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) apresentam composição potencialmente adequada para uso como matéria-prima amilácea. Em face do rápido escurecimento durante o processamento, faz-se necessário o uso de inibidores de oxidação para obtenção de amido de coloração clara.

Fonte:
http://www.abq.org.br

AUTORES: ALEXANDRIA, L.S. DE - UEG/UNUCETMELO,
K.R.D. - UEG/UNUCETSANTOS, M.P. DOS - UEG/UNUCETASCHERI,
D.P.R. - UEG/UNUCET

4 comentários:

Nasci em Glicério, atual 4o. distrito de Macaé,Estado do Rio de Janeiro. Conheço esta planta das beiras do Rio São Pedro,desde a mais tenra idade, portanto antes de 1987. Sugiro verificar suas fontes,pois todas as pessoas antigas deste lugar podem atestar o mesmo que eu.

Acredito que a data nao é 1987, mas sim e talvez até mais a de 1887. Favor revisar essa informação, pois essa planta ja conheço desde 1970, e achava que era nativa.

Acredito que a data nao é 1987, mas sim e talvez até mais a de 1887. Favor revisar essa informação, pois essa planta ja conheço desde 1970, e achava que era nativa.

Conheço esta planta muito antes de 1987
e que minha avó falava do forte perfume que as flores exalam que ela gostava desde menina. De fato elas são muito abundantes em áreas de grande umidade.

 

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