domingo, 22 de março de 2009

Mandioca, fonte renovavel para a produção de bioplástico

Uma das fontes renovaveis de matérias-primas para a produção de bioplástico é a mandioca.A mandioca é uma planta de origem sul-americana, da parte oriental tropical, de onde foi levada para a Ásia e África. No Brasil existe cultivo da mandioca em quase todas as unidades da federação.Produz-se no país acima de 24 milhões de toneladas de raízes/ano, principalmente nos estados do Nordeste - que contribui com 49% para a produção nacional;
- a Bahia contribui com cerca de 17% da produção do Brasil e situa-se entre os principais produtores. O Brasil contribui com 15% para a produção mundial.A mandioca é conhecida cientificamente, como Manihot esculenta, Crantz, Enphorbiaceae, Dicotyledonae.A palavra mandioca parece derivar da língua dos índios tupis - Mani (nome da filha de um chefe) e oca = casa. Na língua inglesa é manioc e em língua espanhola manioca.
A planta é um arbusto perene, resistente à seca, com raízes tuberosas (que acumulam amido) de formato variado e em número de 5 a 20. O caule (sem ramificação no período vegetativo) pé ereto, de cor cinza ou prateada ou pardo-amarelada; as folhas são simples, com 5-7 e lóbulos, as flores unisexuadas masculinas ou femininas e o fruto é uma cápsula (tricoca) com 3 sementes e que se abre quando seco. A semente, parecida com a da mamona, contém óleo.
Há 2 tipos de mandioca: mandioca brava ou amarga e a mandioca doce ou mansa (aipim, macaxeira).

Mandioca brava: contém a substância linamarina (no látex, notadamente na casca da raiz e nas folhas) em teor elevado; essa substância transforma-se em ácido cianídrico (altamente tóxico) no estômago do homem e dos animais. É de uso industrial.

Mandioca mansa: contém baixíssimo teor de linamarina podendo ser consumida ao natural (uso culinário).

Há variedades de mandioca mansa cujas flores tem teor de linamarina mais alto que nas raízes de mandiocas bravas. Cuidados devem ser tomados na utilização de folhas de variedades mansas na alimentação animal.Conforme uso há variedades de mandioca para indústria, para a mesa, para forragem, mistas , há vários usos entre eles o uso para a produção de bioplásticos.

Separa-se mandiocas segundo finalidades de uso:
indústria (farinha, amido, raspas, álcool,bioplástico), consumo humano(mesa) para forragem (raízes frescas e desidratadas, parte aérea fresca e fenada), mistas (para farinha e forragem);

Segundo o ciclo de colheita: precoces (10 a 12 meses), semi-precoces (14 a 16 meses) e tardias (18 a 20 meses).

As variedade (cultivares) para indústria devem ser precoces e de grande produtividade, com elevado teor de amido (30%), com raízes cilíndricas, com película fina facilmente destacável.As variedades para mesa devem ter baixo teor de ácido cianídrico (50 mg/kg de polpa fresca), raízes curtas, grossas, com casca facilmente removível, polpa branca ou amarelada de odor agradável, de cozimento rápido.As variedades para forragem devem produzir grande quantidade massa verde (ramas tenras e folhas), e raízes, devem ter teor baixo de ácido cianídrico, folhas persistentes, alta capacidade de brotação pós corte, bom teor de proteínas.

Variedades indicadas para o Nordeste trópico sub-úmido: Mmex e Fio de Ouro (indústria), Saracura e Abacate (para mesa) Maragogipe, Casca Roxa e Paraguai (mesa e forragem).

Variedades para o semi-árido: Platina (mesa, indústria e forragem fenada) para região de Itaberaba; Branquinha (mesa) região de Irecê; Alagoana (mesa) para região de Ribeira do Pombal e Caetité (mesa) para a região de Caetité.Aipins Maragogipe, Paraguai, Casca Roxa, Manteiga são indicados para consumo humano e para forragem (raízes frescas e parte aérea fresca).A composição química de 100g. de raízes de mandioca é: umidade (65g.), glucídios (30g.), lipídios (0,8g.), protídios (1,5g.), celulose (1,6), cálcio (0,2g.) fósforo (0,1g.).

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