Bernardo Gradin
O presidente da Braskem, Bernardo Gradin, afirmou na última sexta-feira, durante inauguração da primeira fábrica de eteno verde do País, que a empresa recebeu o convite de mais quatro países para o desenvolvimento de unidades de produção do plástico verde.Gradin preferiu não revelar quais países demonstraram interesse no produto, mas disse que eles estão localizados nas Américas, na Europa e na Ásia e que, além de investirem no Brasil, aceitariam produzir a nova resina da empresa importando etanol do Brasil.A busca pelo que o executivo chama de "descarbonização do meio ambiente", quando se refere à característica renovável do plástico verde, corrobora a alta demanda que a empresa verificou quando realizou uma espécie de road show da nova resina.
Segundo Gradin, a demanda verificada quando a Braskem iniciou a pesquisa de mercado, ocorrida em 2006, foi de 600 mil toneladas. "Essa era a demanda quando ainda não havia a produção", disse ele. "Hoje, com certeza, ela já é maior, e não digo quanto estimamos porque pode incentivar nossos concorrentes", afirmou o executivo.Gradin comentou que os investimentos, bem como os locais onde deverão ser instaladas as novas fábricas do produto, deverão ser discutidos previamente na próxima reunião de Conselho de Administração, que deverá ocorrer no início de outubro. Ele, no entanto, deu a indicação de que os locais escolhidos poderão ser polos petroquímicos onde a empresa mantém unidades, entre os quais estão o de Paulínia e o de Mauá, ambos em São Paulo, e o de Camaçari, na Bahia.
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) foi descartado por se tratar de um novo conceito de refino de petróleo estabelecido pela Petrobras."Ainda não se pode afirmar que São Paulo seria a melhor localização para as novas unidades de eteno verde, pois as dificuldades são grandes, as terras são mais caras. Já no Rio de Janeiro poderemos ter outra localidade que não seja o Comperj."A fábrica de eteno verde da Braskem tem capacidade instalada de 200 mil toneladas onde foram aplicados R$ 500 milhões.
O consumo de etanol de cana-de-açúcar será de 462 milhões de litros por ano. Entre os clientes do plástico verde citados pela fabricante, estão empresas como a Tetra Pak, Shiseido, Natura, Acinplas, Johnson&Johnson, Procter&Gamble. Por enquanto, a unidade será abastecida de etanol adquirido em São Paulo, Minas Gerais e Paraná e transportado por navio, trem e caminhão ao Rio Grande do Sul.
Fonte:http://www.dci.com.br
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