sábado, 11 de setembro de 2010

Seminário discute as vantagens do Plástico Verde para indústria

No dia 23 de setembro, profissionais e empresários estarão reunidos, em Maceió, no I Seminário de Oportunidades e Negócios para Fornecedores das Cadeias Produtivas de Petróleo, Gás e Química e Plástico. O evento, promovido pelo Sebrae/AL, fará uma análise do cenário nacional e apresentará os projetos de desenvolvimento para as micro e pequenas empresas (MPE) alagoanas do setor. Um dos destaques envolve a discussão sobre a substituição do petróleo na produção de plástico.
O chamado “Plástico Verde” será tema de uma das palestras do seminário. O diretor industrial da Braskem, Álvaro César, falará aos participantes sobre os processos inovadores que vem sendo adotados pela indústria brasileira para tentar reduzir os impactos ao meio ambiente e gerar sustentabilidade.

Plástico

O polietileno (PE) e o polipropietileno (PP) são as principais matérias-primas para a produção de plásticos. Esses compostos têm como base, em sua maioria, o petróleo. Mas, o que muito poucos sabem é que o Brasil é o primeiro país a desenvolver polímeros a partir de matérias-primas 100% renováveis.
Em 2008, a Braskem, maior fabricante de resinas termoplásticas da América Latina, anunciou o Polipropileno Verde ou biopolietileno – modo como o produto ficou conhecido. Produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar, o composto colabora diretamente com a redução do efeito estufa e do aquecimento global.
Comparado com os outros tipos de polímeros, produzidos a partir do petróleo, o PP possibilita uma maior redução dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. De acordo com dados da Braskem, cada quilo de polietileno verde produzido captura e fixa 2,5kg de CO2 que estão na atmosfera.
“A Braskem tem desenvolvido uma tecnologia para substituir o petróleo dentro da fabricação do PVC essa mudança quebra a dependência de uma fonte que é finita. Essa nova fonte, além de renovável causa menos impacto no meio ambiente”, disse o analista da Carteira da Indústria do Sebrae/AL, Fernando Tenório.

Aplicação

A partir dessa nova tecnologia, é possível produzir todos os tipos de polietileno: PEAD (polietileno de alta densidade), PEBD (polietileno de baixa densidade), PEUAPM (polietileno de ultra-alto peso molecular) e PEBDL (polietileno de baixa densidade linear), com 100% de matéria-prima renovável.Outra vantagem é que não há necessidade de investimentos na adaptação dos maquinários de indústrias de transformação.
No Brasil, o polímero verde já vem sendo testado em fábricas de automóveis, embalagens alimentícias, cosméticos, brinquedos, materiais de limpeza, entre outras.



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