segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cientista usa levedura (Candida tropicalis) para produzir um bioplástico melhor

Dr. Richard Gross

O Dr. Richard Gross, professor de química e ciências biológicas no Instituto Politécnico da New York University (NYU-Poly), desenvolveu um método para produzir um forte e dúctil bioplástico utilizando leveduras e ácidos graxos de vegetais. Os resultados foram publicados no Journal of the American Chemical Society.
Como todos os plásticos, o novo material é um polímero - uma grande molécula formada por unidades menores, chamadas de monômeros. Neste caso, o monômero em si é relativamente novo. As unidades são chamadas de ácidos graxos ômega-hydroxyfatty, e quando combinadas forma um polímero, que pode produzir um plástico ecologicamente correto. Até agora, os ácidos graxos ômega-hydroxyfatty eram difíceis e caros de produzir pelos métodos tradicionais, sendo proibitivo a sua utilização generalizada.
A produção bruta do monômero através do processo de fermentação, é bastante rápida e o método é de baixo custo. O monômero é então polimerizado para formar um plástico forte que biodegrada completamente no solo.
Gross e sua equipe desenvolveram uma nova forma de produzir esses monômeros, usando uma cepa geneticamente modificada de Candida tropicalis, um dos muitos tipos de fungos que vivem sem causar danos em seres humanos e animais. A levedura é capaz de converter ácidos graxos de óleos vegetais em grandes quantidades de ácidos ômega-hydroxyfatty. Quando polimerizado, o novo material pode ser um substituto adequado para os plásticos derivados do petróleo como o polietileno para usos tais como luvas descartáveis, embalagens de filmes multicamadas, embalagens de comida e para gelo, lixo, roupas, bolsas e muito mais.
"Este é um desenvolvimento muito interessante, e não apenas porque nós criamos um bioplástico com propriedades desejáveis", disse Gross. "Esse processo não utiliza combustíveis fósseis, e cada passo é ecologicamente correto, que a partir de ácidos graxos, produz um versátil e 100 por cento bioplástico." O novo bioplástico é altamente resistente à umidade, que é uma melhoria importante sobre os bioplásticos vendidos atualmente, como o ácido poliláctico e plásticos à base de amido.
A empresa Gross, a SyntheZyme, foi contratada pela Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) dos EUA para desenvolver este bioplástico. O material foi originalmente destinado a servir a um duplo propósito: como material de embalagem no estado sólido e, como um biodiesel para os motores de veículos militares depois de ser despolimerizado para as unidades do monômero. O desenvolvimento do material e desempenho no estado sólido foi concluído com êxito, a investigação para converter o plástico para diesel, está em curso. A SyntheZyme é membro da New York City Accelerator for a Clean and Renewable Economy (NYC Acre), um acelerador de novos negócios para empresas de tecnologias limpas e energias renováveis, em Nova York.



Fonte: http://www.prnewswire.com

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