Devido às flutuações dos preços do petróleo, dezenas de equipes de cientistas em todo o mundo estão trabalhando para encontrar alternativas de matérias-primas que permitam reduzir os custos. Uma linha de pesquisa é utilizar resíduos agrícolas para fazer bioplásticos, que não só são biodegradáveis, mas permitem uma segunda vida para o lixo. É o caso dos bilhões de penas de frango produzidas a cada ano, e cientistas como Yiqi Yang, uma autoridade internacional em biomateriais do Instituto de Agricultura e Recursos Naturais da Universidade de Nebraska-Lincoln (EUA), que está tentando fazer polímeros biodegradáveis deste material."Nenhuma das pesquisas para o desenvolvimento deste termoplástico a base de penas está funcionando bem quando eles se molham. As penas em si são estáveis na água, o problema reside quando elas são alteradas. Acreditamos que somos os primeiros a demonstrar que podemos fazer termoplásticos de penas de frango estáveis em água. Nós modificamos quimicamente a matéria-prima adicionando produtos tais como acrilato de metilo, um líquido inflamável utilizado na fabricação de polímeros e no acabamento de produtos, e com este acréscimo temos conseguido manter a sua estabilidade no elemento líquido.
Além disso, com este processo, acrescentamos cerca de 30 por cento do seu peso original. Ou seja, com uma tonelada de penas podemos produzir 1,3 toneladas de termoplásticos”, diz Yang."A cada ano, são gerados cerca de dois milhões de toneladas de resíduos de penas somente nos EUA", acrescentou. Em um futuro muito próximo poderíamos usar esse lixo barato e abundante para a produção de milhares de produtos, ao invés de acabar incinerados ou armazenados em aterros sanitários.
Fonte: http://www.larazon.es
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