Misturar plástico e solo é como plantar veneno. A demanda anual mundial de plásticos é de 200 milhões de toneladas. Derivados de combustíveis fósseis, não renováveis, quando descartados eles permanecem no ambiente durante centenas de anos, sem se degradar. Nos aterros e lixões, são os resíduos mais volumosos. Se incinerados, liberam gases muito poluentes. Em países que não controlam o descarte, não raro chegam também a mares, lagos e rios, onde, além de poluir a paisagem e as águas, matam animais como baleias, golfinhos e tartarugas, de asfixia por ingestão acidental.Como mudar esse quadro negro?
Na Alemanha e na Itália, empresas investem na produção de plástico a partir de vegetais e de bactérias, enquanto os japoneses desenvolvem embalagens a partir do milho. No Brasil, pesquisadores também buscam alternativas de produção e de descarte com menos impactos ambientais. E custo competitivo, o que ainda é um problema em todo mundo.Em São Paulo, uma das opções é o bioplástico criado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e por usineiros, a partir da cana-de-açúcar. Sob o comando de Sylvio Ortega, na Usina da Pedra, em Serrana, interior paulista, funciona a planta piloto da PHB Industrial, com capacidade de produção de 50 toneladas anuais.protagonista da produção do bioplástico, cuja marca é Biocycle, é uma bactéria – Burkholderia sacchari – isolada no solo de canaviais. Ela se alimenta da cana e seu metabolismo mantém, como reserva energética, o plástico biodegradável polihidroxibutirato (daí o nome PHB).
A tecnologia desenvolvida para uso industrial – considerada totalmente limpa – consiste em extrair esse plástico da bactéria, agregando-o em pequenos grãos (pellets), posteriormente fundidos e moldados como o plástico comum. O cultivo em grande escala é feito em tanques fechados, controlados quimicamente. O bagaço da cana alimenta as bactérias e é fonte de energia elétrica. Todo o rejeito industrial, que inclui as membranas celulares das bactérias, volta para a terra, para fertilizar o solo da nova safra da cana.A boa notícia é que uma embalagem plástica de PHB, quando descartada, degrada-se totalmente em pouco mais de dois meses. O que sobra é apenas água e gás carbônico.
Na Alemanha e na Itália, empresas investem na produção de plástico a partir de vegetais e de bactérias, enquanto os japoneses desenvolvem embalagens a partir do milho. No Brasil, pesquisadores também buscam alternativas de produção e de descarte com menos impactos ambientais. E custo competitivo, o que ainda é um problema em todo mundo.Em São Paulo, uma das opções é o bioplástico criado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e por usineiros, a partir da cana-de-açúcar. Sob o comando de Sylvio Ortega, na Usina da Pedra, em Serrana, interior paulista, funciona a planta piloto da PHB Industrial, com capacidade de produção de 50 toneladas anuais.protagonista da produção do bioplástico, cuja marca é Biocycle, é uma bactéria – Burkholderia sacchari – isolada no solo de canaviais. Ela se alimenta da cana e seu metabolismo mantém, como reserva energética, o plástico biodegradável polihidroxibutirato (daí o nome PHB).
A tecnologia desenvolvida para uso industrial – considerada totalmente limpa – consiste em extrair esse plástico da bactéria, agregando-o em pequenos grãos (pellets), posteriormente fundidos e moldados como o plástico comum. O cultivo em grande escala é feito em tanques fechados, controlados quimicamente. O bagaço da cana alimenta as bactérias e é fonte de energia elétrica. Todo o rejeito industrial, que inclui as membranas celulares das bactérias, volta para a terra, para fertilizar o solo da nova safra da cana.A boa notícia é que uma embalagem plástica de PHB, quando descartada, degrada-se totalmente em pouco mais de dois meses. O que sobra é apenas água e gás carbônico.
Fonte: http://eptv.globo.com
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