domingo, 18 de dezembro de 2016

A CSIC e a Andaltec estão desenvolvendo um projeto para produzir bioplástico a partir do tomate

O Centro de Tecnologia do Plástico (Andaltec) e o Instituto de Ciência dos Materiais de Sevilha (CSIC) estão desenvolvendo um projeto para produzir bioplásticos em escala industrial feito a partir de resíduos de tomate. Assim, as duas entidades estão colaborando para lançar uma planta piloto que pode produzir um bioplástico a partir de resíduos gerados nas unidades de processamento de tomate. Os métodos atuais de produção de tomate geram uma grande quantidade de resíduos, principalmente a pele, fibras e sementes, que são difíceis de reutilizar.
O pesquisador do projeto da Andaltec, Francisco Javier Navas, estima que cerca de 6.500 toneladas de resíduos por ano são produzidos na Espanha e 25.000 toneladas por ano na Europa. "O mercado exige cada vez mais bioplásticos, cuja matéria-prima geralmente vem de uma planta, que representam uma alternativa com grande potencial para os plásticos derivados do petróleo. Portanto, é um projeto que pode ter um grande potencial e muitas oportunidades para empresas do setor de alimentos e plásticos.”
Os pesquisadores pretendem implementar um nível semi-industrial de um novo processo de síntese de bioplástico que não comprometa o acesso aos alimentos, porque ele usa outras fontes de carbono a partir de tomates usados ​​em instalações de processamento. Além disso, é introduzida uma grande vantagem ambiental que é a  utilização dos resíduos gerados nestas indústrias.
A base neste trabalho baseia-se num processo físico-químico desenvolvido em escala de laboratório e patenteado pela CSIC e a Universidade de Malaga, que mantém as propriedades básicas do produto natural, tal como hidrofobicidade, não-toxicidade e a biodegradabilidade. "Além disso, o material tem a particularidade de aderir de maneira muito eficaz ao metal, sem o uso de outros componentes adesivos, que podem ser a chave para o futuro e desenvolvimento de diversas aplicações", disse Navas.
O desafio é realizar a planta piloto para os processos de obtenção do biopolímero, como um passo necessário para o futuro da planta de industrialização. Para fazer isso, os técnicos da Andaltec e do Instituto de Ciência dos Materiais de Sevilha estão buscando o desenvolvimento de equipamentos e processos físicos e químicos necessários para atingir a produção em escala industrial deste bioplástico.


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