Nas estradas do Norte da França e
Picardia, os caminhões de beterraba carregados são um sinal de que a colheita
está em pleno andamento. Este ano, cerca de 32 milhões de toneladas devem ser
colhidas para serem transformadas em açúcar, mas também para a alimentação
animal, indústria de papel, cimento ou de biocombustíveis e, mais ainda para a química
verde. Em 2015, a União Cristal fez parceria com a Bio-italiana criou uma
planta de bioplásticos a partir do xarope e de beterraba e melaço. Um
investimento de 70 milhões de euros.
Agora, em todas as culturas do campo,
a preocupação dos produtores é maximizar o valor de sua produção. Quase tudo
que representavam resíduos anteriormente e eram jogados fora em aterros
simples, estão experimentando uma segunda vida na alimentação animal, mas
também em biomateriais, energia ou fertilizantes agrícolas. Em 2014,
45.000 toneladas de óleo de cozinha usado foram recolhidas para reutilização em
biodiesel e até mesmo transformados em lubrificante para motosserra. A cada
ano, cerca de 400.000 toneladas de sementes colhidas pelos produtores são
transformados em etanol, óleos essenciais, fertilizantes, ou ácido tartárico,
essencial para a indústria de gesso ou de pão.
Este é também o caso no setor de
oleaginosas, como a colza ou girassol, a Avril líder da indústria na França
(marcas Lesieur e Puget), transformou suas fábricas em biorrefinarias, em que
são utilizadas todas as partes da planta. Uma vez descascados, as cascas
de girassol fornecem combustível para a caldeira de abastecimento das unidades
de prensagem a partir do qual emergem óleo, mas também material rico em
proteínas. Dependendo da concentração, estes podem ser usados em aquicultura,
em alimentação humana e animal. "Mudamos
o paradigma. Nós não só extraímos óleo, mas varias matéria-prima na mesma
unidade de processo”, explica Jean-François Rous, diretor do
grupo de pesquisa e inovação da Avril.
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Fonte:http://www.lesechos.fr
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