segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Agricultores familiares aprendem sobre a cultura da araruta


A Araruta (Maranta arundinacea L.) é uma planta originária da América Tropical com folhas que podem atingir até 30 centímetros e possui uma raiz de fécula branca. Dos rizomas, um tipo de caule, é extraído um amido de característica peculiar que se destina à elaboração de produtos para alimentação que pode ser um fonte de matéria-prima para a produção de bioplásticos. Fonte de fécula facilmente absorvível pelo organismo, a araruta foi inicialmente utilizada pelos indígenas, o que foi copiado pelos colonizadores. No entanto, o cultivo perdeu espaço nos últimos 50 anos, devido à concorrência de outras féculas como mandioca, milho e trigo.
O Dia de Campo Araruta teve uma programação intensa de palestras sobre A História da Planta e do Cultivo, O Cultivo da Araruta, O Processamento Agroindustrial e Caseiro, A Comercialização, O Uso da Araruta na Saúde Infantil e O Uso da Araruta na Culinária, abordadas por profissionais da área de saúde, engenheiros agrônomos e produtores rurais. Os participantes ainda visitaram na fazenda uma área cultivada com a cultura.
“Este dia é importante para conhecermos uma nova cultura, o seu plantio e beneficiamento. Vou levar este aprendizado para a minha comunidade”, disse o técnico agrícola Antonio Carlos Santos do Movimento dos Trabalhadores Rurais, Assentados, Acampados e Quilombolas (CETA) durante o Dia de Campo Araruta, promovido pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA) na Fazenda Gurgel no município de Conceição do Almeida. Antonio Carlos é um dos 400 agricultores familiares dos municípios do recôncavo baiano que participou das palestras sobre a cultura da araruta e a melhor forma de aproveitamento.
Para o gerente regional da EBDA de Cruz das Almas, Jorge Silveira, existe uma real necessidade de resgatar a cultura da araruta no recôncavo baiano. “Cada agricultor familiar tem o compromisso de iniciar no fundo do seu quintal a plantação deste rizoma maravilhoso para alimentação e como medicamento”, explica Silveira. Além disso, a EBDA está empenhada neste processo, juntamente com a Embrapa Mandioca Fruticultura de Cruz das Almas e a Associação de Produtores Orgânicos do Recôncavo Baiano (Aporba).
Seguindo a orientação dos técnicos, a agricultora familiar, Isabel Silva, comemora os resultados. “Em dois meses de plantação, eu já vendi 5 kg de goma e recebi um cheque no valor de R$ 75. Se tivesse mais espaço, plantaria mais araruta na minha roça”, afirma.

Fonte:Seagri/BA

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