quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Dificuldades da reciclagem mecânica de plásticos petróleo baseados


1-A maior parte dos plásticos pós-consumo é comprada suja (contaminada por resíduos orgânicos), pois poucos municípios possuem coleta seletiva, o que onera custos e, muitas vezes, até torna inviável essa forma de reciclagem.

2-Há variação considerável no preço de compra dos materiais a depender, entre outros fatores, da disponibilidade e origem do material.

3-Falta de fornecimento contínuo e homogêneo de matéria-prima, outro reflexo da inexistência de sistemas de coleta seletiva.

4-A grande maioria dos catadores nunca foi treinada e seus conhecimentos sobre o assunto são adquiridos na prática do dia a dia.

5-Existência de intermediários, o que eleva consideravelmente o preço do plástico a ser reciclado.

6-Ausência de linhas de financiamento direcionadas às recicladoras.

7-Ausência do código de identificação das resinas em muitos produtos plásticos de acordo com a norma ABNT NBR 13.230. Este item dificulta a separação dos diferentes tipos de plásticos, recorrendo-se, dessa forma, às diferenças das características físicas e de degradação térmica, tais como: densidade, comportamento ao calor e/ou teste da chama. Existe tecnologia para separação dos plásticos, porém, com custo muito elevado. É importante salientar que o PET e o PVC não aceitam misturas. Portanto, aqueles que desejam se dedicar à revalorização destas resinas devem ter unidades para uso específico das mesmas.

8-Tão importantes e decisivos quanto à coleta seletiva para a tornar viável a reciclagem de quantidades significativas de plásticos são: a criação de mercado consumidor para os produtos reciclados, e o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados – que acaba “bi-tributando” os reciclados, sendo atualmente de 12%, valor superior ao da própria resina virgem que paga 10% de IPI, resultando praticamente num desestímulo à reciclagem.

9-Embora as pessoas estejam predispostas a serem consumidores conscientes e a colaborar com o meio ambiente, as mesmas rejeitam de forma geral produtos reciclados, associando-os a má qualidade. São poucos os produtos fabricados com plásticos reciclados cujo marketing se basea nessa característica.

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