quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Arranjo Produtivo Local (APL) da Mandioca no Agreste entra em nova etapa

Produtores querem ganhar novos mercados

Após finalizar sua primeira fase, o Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca no Agreste entra em nova etapa, com projeto focado para ampliação de mercado. Produtores que integram o Fórum da Mandioca estiveram reunidos nesta quinta-feira, 20, em Arapiraca para definirem novas estratégias de avanços do segmento.
Instituído em 2004, o APL Mandioca no Agreste ganhou força nos ‎últimos anos, com a modernização de agroindústrias e casas de farinha e a diversificação de produtos. Além da tradicional farinha, os agricultores também já produzem variados
biscoitos e bolos e passaram a aproveitar integralmente toda a planta, desde a raiz até as folhas.
“Entramos agora numa segunda etapa, que deve prosseguir até 2012, quando até lá esperamos que todos os produtores caminhem por conta própria. Estamos partindo em busca de mercado, a exemplo do Programa da Agricultura Familiar (PAA), que determina a compra de 30% da merenda escolar dos pequenos agricultores. Para nós é preciso que os produtores tenham regularidade e qualidade com a mandioca, para ampliarmos a comercialização”, avaliava o gestor do APL, Nelson Vieira.
Para ele, existe todas as condições para que os produtores aumentem as vendas com o PAA em mais de 30%. “Já comercializamos para escolas do Estado e de alguns municípios”, destacava.
Para reforçar as metas propostas, os produtores de mandioca também comemoravam no fórum de hoje a notícia de abertura da fecularia instalada em Arapiraca e da empacotadora, no prazo de 30 dias. Estas medidas, segundo disse Nelson Vieira, devem abrir novos horizontes para os agricultores, com a possibilidade de produzirem até mesmo bioplástico, entre outros mais de mil produtos.
E no encontro mensal do Fórum da Mandioca, no auditório do Sebrae Arapiraca, os produtores participaram de palestras sobre a “Participação do APL Mandioca no processo de aquisição escolar dos produtos da agricultura familiar” e a “Conjuntura atual da mandioca e derivados no cenário nacional”, além de “estimativas de área plantada, colhida, rendimento médio e produção de mandioca no agreste alagoano”.
“Nosso papel enquanto Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) é fazer com quê o agricultor se organize. Para isso é preciso que ele saiba lidar com questões como nota fiscal e prestação de contas”, ensinava Antônio Neto, técnico da Seagri, ao comentar sobre as normas para vendas ao PAA.
Somente na região Agreste de Alagoas são mais de 26 mil agricultores familiares, implantado em 14 municípios, responsáveis por 75% de toda a mandioca produzida no Estado. A cada safra, conforme estimativas do APL e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são produzidas aproximadamente 320 mil toneladas de mandioca na região. O preço da tonelada do produto in natura está em R$ 140 e o da saca de farinha em R$ 44,00.
“A comercialização não e nosso preocupação, pois tudo o que é produzido é vendido. Temos que ter regularidade e qualidade”, reforçou Nelson Vieira.


Fonte: Agência Alagoas

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