As sacolas plásticas estão virando assunto nacional. Antes um item comum nas casas e no comércio, o impacto ambiental que elas causam já é motivo para proibição. Três municípios brasileiros - Belo Horizonte (MG), Jundiaí (SP) e São Paulo (SP) - proibiram o uso de sacolas plásticas feitas de derivados do petróleo. E, a exemplo de Bangladesh, Tailândia e África do Sul, alguns deputados federais querem banir as sacolas plásticas do território nacional. São 22 projetos na Câmara dos Deputados para proibir, cobrar ou substituir os sacos de derivados de petróleo.
Impacto ambiental
Um desses projetos de lei é do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). A proposta substitui os sacos plásticos de derivados de petróleo, como o polipropileno, poliestireno, propileno, polietileno, por alternativas biodegradáveis. “Depois que eu apresentei o projeto, vários municípios entraram com medidas proibindo sacolas plásticas não biodegradáveis”, observou Vieira. Segundo ele, o projeto de lei se justifica porque os derivados de petróleo têm um impacto ambiental muito grande. “O destino de muitas das sacolas é poluir os cursos d’água e entupir as bocas de lobo.” O projeto, que é de 2009, foi desarquivado pelo deputado e agora faz parte de outro projeto de lei de 2007, do ex-deputado Flávio Bezerra (PMDB-CE).
Proibição é radical
Outra proposta é do deputado Giovani Chenrini, do PDT, que proíbe a distribuição de sacolas que estejam fora das especificações da Associação Brasileira de Normas e Técnicas, ABNT. No caso, os comerciantes teriam que imprimir nas sacolas mensagens sobre destinação correta, capacidade de carga, tempo de decomposição e eventuais danos ao meio ambiente. “Já aprovei esse projeto na Assembleia Legislativa, agora quero torná-lo nacional”, disse Cherini. Segundo ele, o caminho não é proibir as sacolas plásticas. “Acho que proibir é complicado, muito radical. O melhor é regulamentar e reciclar.”
Maioria contrária
De qualquer forma, a proibição das sacolas plásticas não tem encontrado muito apoio. Uma pesquisa feita pela Associação Gaúcha dos Supermercados com 400 consumidores de todas as faixas de renda e de idade aponta que 42,8% são contra a proibição, mas 38,3% são a favor da substituição por uma alternativa melhor. Dos que são contrários à proibição, a maioria, ou 22,5%, não tem alternativas para carregar mercadorias. Entre os favoráveis à proibição, 54,4% o são por causa do meio ambiente.
Fonte:http://jcrs.uol.com.br
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