terça-feira, 5 de julho de 2011

Vereador de Maringá propõe proibir uso de copos plásticos

Um projeto de lei do vereador Aparecido Domingues Regini, o Zebrão (PP), pretende proibir o fornecimento de copos plásticos em todos os estabelecimentos comerciais de Maringá, como bares e restaurantes. O objetivo, segundo ele, é colaborar com o meio ambiente, diminuindo o consumo dos copinhos descartáveis que podem demorar décadas para se decompor. A proposta, que já foi enviada às comissões permanentes da Câmara para análise, dá prazo de 180 dias, após a aprovação da lei, para que os estabelecimentos comerciais de Maringá deixem de usar os copos plásticos.
Quem for flagrado após esse prazo, será multado em R$ 500 da primeira vez e R$ 1 mil, em caso de reincidência. Na terceira vez, terá o alvará de funcionamento cassado. O vereador não sabe se vai encontrar apoio para o projeto, que já lhe rendeu críticas de comerciantes antes mesmo de ir para votação. Ele já recebeu ligações de empresários irritados com a proposta, que consta do projeto de lei 12.011/2011."É um projeto elaborado pela minha assessoria, pela causa ambiental. Mas já teve vários comerciantes ligando, perguntando se eu estava louco. Muitos restaurantes e empresas que servem marmita fornecem os copinhos", diz Zebrão.
Diante da pressão, ele não descarta abandonar a ideia. "Era para ser uma discussão semelhante a das sacolinhas plásticas. Mas acho que vou acabar arquivando. A gente não está aqui para atrapalhar a vida de ninguém”. O projeto conseguiu desagradar até a Fundação Verde de Maringá (Funverde), organização não governamental de defesa do meio ambiente. O presidente da ONG, Cláudio José Jorge, diz que manter os copinhos é uma questão de higiene. "É uma proposta estranha. Você vai ter que voltar a beber naqueles copos sujos? Só acho incorreto o uso desses copinhos entre os funcionários de empresas, que poderiam ter seus próprios copos para tomar água ou café", diz.
O dono de um restaurante do Centro, que serve bebidas em copinhos de plástico, diz que não se opõe à lei. "A gente usa o copinho porque é mais higiênico. Se vier a lei, a gente obedece. Diferença de preço não dá, porque o vidro também gera gastos, porque consome muita água para lavar, a gente enxagua três vezes", diz o empresário, que pediu anonimato. O vendedor de lanches Márcio Terto é um dos que desaprovam a lei e não vê como oferecer outro tipo de copo aos clientes. "Essa lei não tem cabimento, sou totalmente contrário", diz o vendedor, que gasta 100 copos por dia.


Fonte: http://maringa.odiario.com

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