quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bioplástico elaborado a partir de resíduos vegetais

Keelnatham Shanmugam

O professor Keelnatham Shanmugam e sua equipe trabalham com uma nova maneira de produzir plástico que não necessita de matérias-primas como o petróleo ou matérias vegetais comestíveis. O novo método usa um tipo de bactéria para criar bioplásticos a partir de resíduos vegetais. O bioplástico é formado quando certas bactérias produzem ácido láctico pela fermentação de carboidratos. O ácido láctico pode ser convertido em longas cadeias de moléculas de plástico.
Para a produção atual de bioplásticos usa-se carboidratos como cana-de-açúcar ou amido de milho. A produção tradicional de plástico requer petróleo. É óbvio que o petróleo acabará em breve. Também é óbvio que o desafio de alimentar uma população mundial crescente, entre os quais populações atingidas pela fome, torna-se impróprio e antiético a produção plástico a partir de alimentos. Então os bioplásticos devem ser fabricados por outros meios.
O uso de resíduos vegetais para a produção de plástico ajuda a reduzir os preços dos produtos alimentares. O plástico feito a partir do novo processo é biodegradável e reciclável, e não envolve o uso de alimentos como matéria-prima.
Em seu estudo, a equipe do microbiologistas Keelnatham Shanmugam, Lonnie Ingram e Mark da Universidade da Flórida, testaram as habilidade das bactérias Bacillus coagulans 36D1 na produção de ácido láctico sob uma variedade de condições típicas para a produção de bioplásticos. As bactérias foram coletadas de um gêiser em Calistoga, Califórnia, um dos muitos lugares que os pesquisadores procuraram bactérias úteis para seus experimentos.
Experiências anteriores de produção de ácido láctico a partir de resíduos utilizando plantas e microorganismos foram infrutíferas, pois não produziram quantidade suficiente de ácido láctico ou tecnologia economicamente viável para uso em larga escala comercial. No entanto, os pesquisadores descobriram que a adição de carbonato de cálcio no processo, alcança uma produção de ácido láctico tão elevada como os realizados pelos organismos que fermentam os carboidratos alimentares.


Fonte: http://noticiasdelaciencia.com

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