Como os recursos naturais estão
diminuindo e o aumento das temperaturas ameaça alterar ecossistemas
inteiros de maneira desconhecida, arquitetos e designers estão criando formas
inovadoras para fortalecer a resiliência da humanidade.
O Aquaponic
Future Housing, um projeto conceitual criado por Mihai Chiriac do estúdio
DS 10 da Universidade de Westminster, prevê casas que serão impressas usando
materiais simples, e depois seus moradores poderão cultivar seu próprio alimento,
ou pelo menos parte dele, de modo que as casas e famílias que residem nelas serão
quase auto-suficientes.
Um dos finalistas da
recente competição Biodesign , o projeto Aquaponic Future Housing compreende três níveis de
casa com plástico biodegradável, em uma simbiose entre hidroponia e aquicultura,
a aquaponia, que é um exemplo perfeito de uma máquina auto-suficiente, que
produz alimentos sem criar desperdício ou poluição.
Em termos simples, um
sistema de aquaponia combina a aquicultura (a criação de peixes comestíveis) e
hidroponia (o cultivo de plantas sem solo) e consiste de um leito de cultivo
hidropônico cheio de plantas posicionadas acima de um tanque de água contendo
peixes ou outras espécies de vida aquática.
Excrementos de peixe e
alimentos não consumidos são filtrados para fora da água através das raízes das
plantas e é absorvido como nutrientes essenciais, ricos em amônia que permite
que as plantas prosperem. Esta situação cria um ecossistema altamente
produtivo e produz mais alimentos por pé quadrado do que qualquer outra
forma de agricultura
"O prédio usa
estruturas e fabricação inovadoras, propondo torres aquapônicas de curvatura
leve e ativas, que sustentam as culturas e a pesca", afirma o designer Mihai
Chiriac . "As torres das unidades habitacionais serão impressas em
3D usando bioplástico de amido. Esta casa flexível do futuro usará
uma impressora 3D que por meio da robótica irá tecer os biombos reforçados com
carbono, bem como fara a extrusão de camadas de bioplástico"
Uma das vantagens deste
programa habitacional único, de acordo com o designer, é a sua capacidade de regenerar zonas
industriais urbanas abandonadas que foram marcadas por vários poluentes e poderão
se tornar em terras disponíveis para abrigar uma população em rápido
crescimento.
"Da mesma forma que
aquaponia", o designer finaliza afirmando que este projeto “permite um
estilo de vida onde alimentos e materiais de construção orgânicos frescos são
produzidos internamente pelos habitantes."
Fonte: http://www.arch2o.com/
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