Chen Xuejun sonha o dia em que frascos de shampoo se tornarão sistematicamente biocompostos, graças ao seu plástico “100% derivado de produtos naturais, 100% biodegradável”. “Atualmente, são únicos a comercializar o PHBV, matéria derivada do amido transformada em glicose seguidamente fermentada. Há muitas unidades de pesquisas no mundo”, diz o Diretor Geral associado da Tianan Biologic de Ningbo, um porto do Zhejiang (Leste da China). Não há uma gota de petróleo na composição deste polímero biodegradável cujo Tianan Biologic poderia hoje produzir 2.000 toneladas por ano. A base é o milho. “Pode-se utilizar todas as espécies de amidos, mas na China, o amido de milho não é demasiado caro”, explica Liu, diretor de marketing da empresa. “O resultado é um material muito resistente, ao calor, às microondas, aos solventes”, acrescenta. O PLA, cada vez mais utilizado para substituir os sacos de plástico tradicionais, “não suporta uma temperatura superior à 60°”, explica Chen Xuejuen. “Mas é suficiente misturar 15% do nosso PHBV para torná-lo resistente”, afirma. O fundador de Tianan Biologic, que registrou uma patente desenvolvida pela prestigiosa universidade Tsinghua de Pequim, conta com esta superioridade para ver o seu produto triunfar. O PHBV é o futuro, assegura. Hoje o PHBV permanece um produto caro, mais que o plástico normal (” 3 à 4 vezes mais caro”), “Hoje a tonelada custa 40.000 yuans (3.740 euros), mas espera-se baixar para 20.000 num futuro não muito distante, logo que aumentarmos a nossa produção”. A pequena sociedade, criada com os capitais de uma sociedade de investimentos de Hangzhou, a capital provincial, que entrou em produção em 2003, não está a pleno vapor, mas prevê já aumentar a sua produção, continuando respeitar as normas ambientais “internacionais”, assegura os seus líderes. Vendeu menos de 200 toneladas o ano passado, “mas já o dobro este ano”, a uma centena de clientes, sobretudo europeus (principalmente alemães), mas também americanos e japoneses.
Fonte:http://biopol.free.fr
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