quarta-feira, 20 de maio de 2009

Cientistas de Viseu fazem bioplásticos com penas de aves


Um grupo de cinco cientistas da Escola Superior de Tecnologias de Viseu (ESTV) está desenvolvendo um projeto inovador que promete dar uso às 20 mil toneladas de penas produzidas anualmente pela indústria avícola portuguesa, transformando-as em bioplásticos. Através do recurso a tecnologias convencionais da indústria dos plásticos, o objetivo é criar «uma alternativa nobre para a utilização destes resíduos avícola», e ao mesmo tempo reduzir a poluição causada pelos plásticos de origem petroquímica, explica Romeu Videira, investigador responsável pelo projeto.
As penas de aves são um subproduto normalmente desvalorizado, representando ainda custos adicionais para os produtores de aves. Para contrariar este cenário, os investigadores desenvolveram em laboratório um processo que mistura penas de aves (mais concretamente, utilizando as queratinas das penas, que são compostas por 91 por cento desta proteína) com glicerol (subproduto da indústria do biodiesel), e «um cocktail de agentes químicos para formar uma pasta de penas que pode ser utilizada para sintetizar bioplásticos por termoprensagem», esclarece o docente da ESTV ao jornal Água&Ambiente.


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