segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O uso de bioplásticos para embalar alimentos


À primeira vista, têm a mesma aparência. Mas para a natureza, a diferença é colossal. Uma embalagem plástica à base de poliestireno ou de polipropileno, materiais procedentes do petróleo, precisa de 300 anos para se decompor. Uma embalagem plástica à base de amido de batata ou de milho precisa de algumas semanas apenas para desaparecer. Um progresso tecnológico que conta no setor de restaurante, sobretudo para a venda de saladas, sushis ou massas.
O PLA é uma matéria bioplástico às vezes procedente do milho ou da batata é Renovável e biodegradável, é “impressionante” ver qual ponto desta matéria “assemelha-se à plástico clássico”, entusiasma-se Ali Sheybani diretor da Packdis, empresa de distribuição de embalagem para alimentos.

domingo, 30 de agosto de 2009

PSM North America, resina Biocompostavel

PSM é uma resina biodegradável feita do amido de milho, projetada como suplemento ou mesmo substituto do plástico convencional petróleo baseado. Anos de pesquisa na tentativa de encontrar alternativas biodegradáveis conduziram ao desenvolvimento de um processo que converte com sucesso o amido de milho em um material de características plásticas. PSM possue mais de 80% de amido de milho e pode completamente retornar à natureza após a sua utilização.
A resina PSM é ideal para uma grande variedade de aplicações que incluem o empacotamento de alimento (mesmo recipientes para micro-ondas),empacotamento industrial, produtos médicos e artigos descartáveis. A tolerância elevada ao calor e outras características superiores na fabricação fazem-lhe uma grande opção para produção em thermoforming, modelação por injeção, película fundida, e aplicações para formação de espuma.

PSM biodegradável oferece muitas vantagens sobre o plástico petróleo baseado convencional e materiais de fabricação compostavel alternativos, que incluem características de degradação, resistência e desempenho a altas temperaturas. Como um exemplo, PSM permite recipientes de alimento termoformado para microondas biodegradáveis.


sábado, 29 de agosto de 2009

Piauí vai adotar plástico biodegradável em embalagens

O líder do PT no Legislativo, deputado Fábio Novo, defendeu da tribuna o projeto de lei que obriga a utilização de embalagens plásticas biodegradáveis no Piauí. Segundo o deputado, 10% do lixo que é produzido no país é plástico, que demora 300 anos para se decompor, além de resultar em gás metano, que atinge o meio ambiente."É possível a produção da embalagem biodegradável, custo é quase igual ao do plástico comum”, explica Fábio Novo, ao defender a substituição do polietileno por outros materiais que levam apenas 60 dias para se decompor.
Em São Francisco, nos EUA, é proibido uso de sacolas de plásticos. “Usa-se sacolas de papelão, goma de milho ou da batata, com R$ 21 de multa para que for flagrado com sacola. A reincidência pode levar à prisão em Bangladesh. Lá se verificou que o excesso de sacolas plásticas provocava os entupimentos das redes de esgotos e galerias, provocando enchentes em várias parte daquele país”.
Na Irlanda, destacou, há mais de uma década está proibido o uso de sacolas plásticas, tirando do ambiente 1 bilhão de unidades por ano. “Idéia não é punir o consumidor, mas de despertar a consciência dos piauienses com a questão ambiental. O Piauí saiu na frente na questão da reversa ambiental que obrigou a elevar de 20% para 30% das terras destinadas à produção de soja nos cerrados piauienses”.O deputado Dr. Pinto (PDT) destacou a importância do assunto, ressaltando que já utiliza sacolas de pano para transportar as mercadorias do supermercado para casa.
O deputado João de Deus (PT) lembrou que antes a pessoas levavam as cestas de taboca (bambu) para o mercado para trazer as compras. “O cafona deve voltar, ao invés do descartável. O Uso do descartável, como as sacolas, as fraudas, as pets, devem ser revistas”, propôs.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Goodyear produz biopneu com polimero derivado do amido de milho

A Goodyear - o maior fabricante de pneus do mundo - começou a produção de um revolucionário tipo de pneu, que pode reduzir largamente a poluição e o consumo de energia provocados pelos atuais modelos. Parte do material comumente usado na fabricação dos pneus foi substituída por um polímero biológico derivado do amido de milho. Este é utilizado em conjunto com a borracha vulcanizada, resultando em um novo conceito de pneu. A nova tecnologia permite várias reduções: da resistência a rodagem, do barulho, da emissão de gás carbônico e também na energia gasta para a fabricação do pneu. Como a resistência a rodagem é menor, o consumo de combustível, no automóvel, também será menor. Além disso, a durabilidade do pneu é maior e, ainda, o impacto ambiental causado pelo pneu, quando abandonado no lixo, será menor, já que parte dele será biodegradável. O polímero a base de amido foi desenvolvido por uma empresa italiana, a Novamont, e já vem sendo usado em vários produtos, como filmes plásticos para alimentos, "papel" higiênico, brinquedos, sacolas de supermercados e sacos de lixo - todos biodegradáveis!

Fonte:
www.qmc.ufsc.br

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Capa de chuva produzida com bioplástico de amido de batata

Agora os dias chuvosos podem ser menos sombrios e mais divertidos, chegou a Spud Raincoat ,uma capa de chuva impermeável elaborada a partir de bioplástico de amido de batata,100% compostável e biodegradável. Mas não se preocupe, ele não começará se desmanchar com a primeira chuva pesada. É somente em circunstâncias específicas que ele biodegradará, como por exemplo se for descartado no meio ambiente, em composteiras domésticas ou industriais! Produzido na Espanha pela empresa Equilicua, o Spud Raincoat faz um bom trabalho de explicar exatamente o que o plástico biodegradável é, e como reconhecer a diferença entre os tipos de plástico. A etiqueta “OK COMPOST” garante que o material e os aditivos respeitam o meio ambiente transformando-se em fertilizante quando se decompor. Depois de ter fim a sua vida útil, ele pode ser lançado em uma composteira para se tranformar em adubo… ou melhor ainda, plantado em seu jardim. Cada revestimento contem uma esfera pequena de argila, que abriga e proteja sementes. Simplesmente plantando, a capa de chuva e a esfera de argila nutrem as sementes de ervas ou flores, fazendo com que nasçam plantas encantadoras para você apreciar.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Rede de pesquisa de bio produtos do Canadá


A rede canadense BioPotato possui 32 cientistas de várias disciplinas que representam ao redor de 12 instituições do governo, das universidades e da indústria do Canadá. A rede centra-se em pesquisas de bio produtos para melhorar a saúde e preservar o meio ambiente. Esta grande rede igualmente treina uma nova geração de cientistas em um ambiente multidisciplinar emocionante.
A nossa compreensão do relacionamento entre o alimento e a saúde aumentou o interesse em alimentos funcionais. Estes são os alimentos e extratos que têm benefícios para a saúde além de fornecer a nutrição básica. As variedades da batata que são consumidas hoje são na maior parte na cor brancas. Entretanto, as batatas com cascas vermelhas, roxas, amarela e laranja contêm altos níveis de compostos bioativos. A rede Biopotato explora como os compostos bioativos da batata podem ser extraídos e que tipo de benefícios trazem a doenças neuro degenerativas, diabetes, alergias, infecções, doenças cardíacas e doenças relacionadas a obesidade.
Uma aplicação particular atrativa da batata é a fabricação de bioplásticos. O bioplástico é uma geração nova de material que pode reduzir o impacto ambiental sendo biodegradado com a ação de organismos vivos. Além disso, o bioplástico amido baseado é derivado das fontes agriculturais renováveis ao contrário do plástico petróleo baseado que provém de fonte não renovável. O amido proporcionou a produção de polímeros e/ou misturas usadas para produzir plásticos biodegradáveis em sacos de lixo, em biofilmes e em recipientes para empacotar. As pesquisas da rede BioPotato serão usadas para desenvolver produtos de bioplástico batata baseados que incluem biofilmes, bioespuma, pratos e talheres descartáveis e produtos para empacotamento

terça-feira, 25 de agosto de 2009

História do amido de milho, uma das matérias-primas do bioplástico


A história do amido de milho parte da Europa do século XVI. A moda eram os vestidos armados, camisas e casacos pregueados. Para sustentar essa arquitetura, utilizavam-se estruturas de arame. No fim do século XV, no entanto, o aventureiro Cristovão Colombo, de volta de uma longa viagem, tinha novidades na bagagem que aposentariam o aramado. Entre as lembranças do Novo Mundo que apresentou à corte espanhola estava o milho. Alimento básico dos habitantes das Américas, servia também a outras funções que não o prato.
A expedição de Colombo testemunhara a moagem dos grãos dourados, que resultava em uma farinha. Misturado à água, o pó transformava-se numa espécie de cola, que nos séculos à frente substituiria os arames e instituiria o hábito de engomar as roupas. Na Inglaterra do século XIX, foi descoberto o uso do amido de milho como alimento. A indústria têxtil estava a todo o vapor e, para encorpar os tecidos recém-saídos dos teares, aplicava a goma feita com farinha de milho. Os resultados com o pó grosseiro, no entanto, estavam longe do ideal. Dois ingleses, William Brown e John Polson, decidiram aprimorar o produto para atender à demanda das fábricas que se multiplicavam pelas ilhas britânicas. Fundaram uma refinaria e chegaram a um processo que resultava num amido excelente para as tecelagens e lavanderias domésticas. Com um pouco mais de apuro, transformava-se até em alimento, lançado no mercado como farinha de milho Brown & Polson. Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos de 1842, Thomas Kingsford passava por situação semelhante à de seus conterrâneos.
Funcionário de uma refinaria de milho, quebrava a cabeça para encontrar um processo mais simples de extração de amido. Suas experiências deram certo e, alguns anos depois, Kingsford abriu uma fábrica para produzir farinha do seu jeito. O amido de milho Kingsford servia, a princípio, às indústrias que precisavam de goma. Mais tarde, começou a produzir amido para o setor de alimentos. Em 1854, Wright Duryea pediu demissão da fábrica de Kingsford e abriu um negócio.
Fundou a mais nova concorrente do antigo chefe: a Fábrica de Amido Rio Oswego. Dois anos depois, Duryea recrutou a família para ampliar os negócios e criar a Companhia Produtora de Amido Duryea. Seu carro-chefe era Maizena, um amido para uso doméstico, culinário inclusive – embora, na época, o produto ainda fosse mais popular na lavanderia. A caixa amarela fez sucesso entre as donas-de-casa, ganhou prêmios de qualidade e, em 1859, começou a ser exportada para a Europa.
Em 1906, as empresas de Duryea e Kingsford passaram a integrar o grupo norteamericano Corn Products Refining Company, mais tarde apenas Corn Products Company (CPC), adquirida pela Unilever. No Brasil, a primeira fábrica da marca só começaria a funcionar na década de 30. Muito antes disso, no entanto, Maizena já era um sucesso.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Estabelecimentos no Rio de Janeiro vão substituir sacolas plásticas por biodegradáveis


Desde 15 de julho de 2009 os estabelecimentos comerciais do Estado do Rio de Janeiro terão três anos para se livrar totalmente das sacolas plásticas descartáveis e passar a trabalhar com bolsas feitas de material reutilizável. Esta é a determinação da Lei 5.502/09, de autoria do Governo do estado e aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio, que foi sancionada pelo governador em exercício Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Oficial do Poder Executivo. "O objetivo é acabar com o uso de produtos elaborados a partir de resina sintética oriunda do petróleo, como é o caso, por exemplo, do polietileno de baixa densidade, utilizado na fabricação das sacolas plásticas, que, além de não serem biodegradáveis, obstruem a passagem da água, acumulando detritos e impedindo a decomposição de outros materiais", explicou o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB).
Os responsáveis pela coleta e substituição das sacolas ou sacos plásticos, compostos por polietilenos, polipropilenos ou similares, serão os próprios estabelecimentos comerciais. Esses centros serão divididos em três grupos, com tempos diferenciados para o recolhimento e a troca por bolsas reutilizáveis. As microempresas terão três anos para a substituição das sacolas. Os empresários classificados como empresas de pequeno porte terão dois anos para efetuar a troca. Já os demais estabelecimentos comerciais terão somente um ano para se adequarem à determinação. A classificação das empresas será feita de acordo com os termos do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Caso as empresas não obedeçam o tempo determinado, ficarão obrigadas a receber sacolas e sacos plásticos a serem entregues pelo público em geral, independentemente do estado de conservação e origem, mediante uma das seguintes compensações: a cada cinco itens comprados no estabelecimento, o cliente que não usar saco ou sacola plástica terá um desconto de, no mínimo, R$ 0,03 sobre as compras ou a troca por um quilo de arroz ou feijão por cada cinquenta sacolas ou sacos plásticos apresentados por qualquer pessoa. Os estabelecimentos que não comercializarem feijão ou arroz poderão efetuar a troca por um quilo de outro produto da cesta básica. As empresas deverão comprovar a destinação ecologicamente correta para os produtos recolhidos e os estabelecimentos que servirão de postos de troca serão os que possuírem área construída superior a 200 metros quadrados.
As sacolas plásticas devem ser substituídas por materiais reutilizáveis, aqueles que sejam confeccionados em material resistente ao uso continuado, que suportem o acondicionamento e o transporte de produtos e mercadorias em geral e que atendam a necessidade dos clientes. Esta lei não se aplica às embalagens originais das mercadorias, mas se refere aos sacos e sacolas fornecidos pelo próprio estabelecimento para pesagem e embalagem de produtos perecíveis ou não.
Os estabelecimentos citados na norma ficam obrigados a afixar placas informativas junto aos locais de embalagens de produtos e caixas registradoras, no prazo de um ano, com as dimensões de, 40 cm x 40 cm e os dizeres: "SACOLAS PLÁSTICAS CONVENCIONAIS DISPOSTAS INADEQUADAMENTE NO MEIO AMBIENTE LEVAM MAIS DE 100 ANOS PARA SE DECOMPOR. COLABOREM, DESCARTANDO-AS, SEMPRE QUE NECESSÁRIO, EM LOCAIS APROPRIADOS À COLETA SELETIVA. TRAGA DE CASA A SUA PRÓPRIA SACOLA OU USE SACOLAS REUTILIZÁVEIS".
O Poder Executivo incentivará a Petrobras e outras indústrias instaladas ou que vierem a se instalar nos polos gás-químico de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), em Itaboraí, na região Metropolitana, ou em qualquer outro município do estado, a buscar novas resinas derivadas da produção de petróleo ou composições químicas que levem à produção de novas sacolas não poluentes e biodegradáveis. Deixar de cumprir as obrigações previstas na lei de substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais acarretará em multa de cem a 10 mil Ufirs-RJ.

Fonte:
http://www.portaldomeioambiente.org.br

domingo, 23 de agosto de 2009

Chile pretende abolir uso de sacolas plásticas petróleo baseado até 2011


Projeto de lei proíbe, a partir de 2011, a produção, importação, distribuição e venda de sacolas plásticas petróleo baseado

O Chile quer abolir o uso de sacolas plásticas petróleo baseado até 2011, para acabar com o problema ambiental gerado pela produção e descarte de 3 bilhões de embalagens do tipo que são utilizadas anualmente. O consumo de sacolas no Chile passa de 250 milhões ao mês, e cerca de 3 bilhões ao ano, de acordo com a Comissão Nacional de Meio Ambiente (Conama).
No ano passado, a campanha “mais ambiente, menos sacolas” marcou o desafio de reduzir o uso das sacolas plásticas e a adoção de alternativas de papel ou tecido. Além das iniciativas de comunicação e empresariais, como as empreendidas por algumas redes de comércio, está em análise um projeto de lei que proíbe, a partir de 2011, a produção, importação, distribuição e venda de sacolas plásticas como meio de embalagem de mercadorias em todos os estabelecimentos do país.
No início do mês, a Comissão de Recursos Naturais da Câmara de Deputados aprovou o dispositivo, que ainda precisa ir a plenário e passar pelo Senado, disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Roberto Sepúlveda. Ele espera que a lei seja sancionada ainda neste ano.

sábado, 22 de agosto de 2009

História do Plástico


Tudo começou por volta de 1860 quando o inglês Alexandre Pakers iniciou seus estudos com o nitrato de celulosa, um tipo de resina que ganhou o nome de "Parkesina". O material era utilizado em estado sólido e tinha como características principais flexibilidade, resistência a água, cor opaca e fácil pintura.
Em 1862, ocasião da Exposição Internacional de Londres, Pakers apresentou as primeiras amostras do que podemos considerar o antecessor da matéria-plástica, ponto central de uma grande família de polímeros que nos dias de hoje contém centenas de componentes.
No mesmo ano, o tipógrafo americano John Wesle Hyatt (1837 - 1920) soube de um concurso em Albany, no estado de Nova York (EUA), lançado pela empresa Phelan and Collander, que produzia bolas de bilhar. Quem fosse capaz de desenvolver um material que pudesse substituir o marfim, que estava ficando raro na fabricação das bolas de bilhar, ganharia dez mil dólares. A partir disso, Hyatt começou a pesquisa do marfim artificial ou qualquer novo material que pudesse satisfazer as expectativas da empresa.
Hyatt obteve sucesso em 1870, aperfeiçoando a celulóide - uma versão comercial do nitrato de celulosa com adição de piroxilina, cânfora, álcool, polpa de papel e serragem. Nasceu, então, a primeira matéria plástica artificial. Neste mesmo ano foi inaugurada a primeira fábrica da nova matéria-prima, batizada de Albany Dental Plate Company, nome que provém do fato da celulóide ter sido utilizada primeiramente por dentistas. Três anos mais tarde (1872), a Dental Plate Company mudou para Celluloid Manufacturing Company. Esta foi a primeira vez que o nome celulóide foi registrado. Por sua facilidade de trabalho, a celulóide foi um sucesso e nos anos posteriores acabou definindo a nomenclatura das matérias plásticas que eram criadas a partir da celulóide.
Em 1920, Hermann Staudinger iniciou seus estudos teóricos de estrutura e propriedade dos polímeros naturais (celulosa e isoprene) e sintéticos. Staudinger mostrou que os polímeros são constituídos de moléculas em forma de longas cadeias formadas a partir de moléculas menores, por meio da polimerização. Anteriormente, se acreditava que os plásticos eram compostos de anéis de moléculas ligados. Porém, as teorias de Staudinger não foram bem aceitas por todos os cientistas e a discussão continuou durante os anos 20. Por volta dos anos 30 nasceu o poliestireno, que tem como material base o eteno e o benzeno. Mas sua produção comercial só foi iniciada em 1936, na Alemanha.
Em 1949 foi inaugurada a primeira fábrica de poliestireno, a Bakol S.A, em São Paulo. Logo foi iniciada a produção comercial do poliestireno de alto impacto. No início dos anos 60, F.H. Lambert desenvolveu o processo para moldagem de poliestireno expandido. O plástico substitui com vantagens uma série de matérias-primas utilizadas pelo homem há milhares de anos, como vidro, madeira, algodão, celulose e metais. Além disso, ao substituir matérias-primas de origem animal, como couro, lã e marfim, possibilitou o acesso a bens de consumo pela população de baixa renda.
Depois da descoberta do poliestireno, polietileno, PVC, poliamidas (Nylon) e poliéster, o conhecimento dos mecanismos de polimerização contribuiu, nos últimos anos, para o nascimento de outros materiais plásticos com características físico-mecânicas e de alta resistência ao calor, os chamados tecnopolímeros ou polímeros para engenharia. A partir de 1945, as matérias-primas plásticas entraram com tudo na casa das pessoas, independentemente de condição social. Foi um fenômeno, pois, na época, o aço predominava.
A substituição progressiva dos materiais tradicionais pelas novas substâncias sintéticas mudou o conceito de forma, ergonomia e utilidade dos objetos que o homem estava acostumado a manusear em seu dia-a-dia. Com a introdução do plástico no mercado mundial novas demandas foram surgindo, como produtos descartáveis, artigos para o lazer, eletroeletrônicos entre outros.
Atualmente os plásticos são um grande problema no que se refere ao meio ambiente,principalmente as sacolas plásticas que não degradarem rapidamente e constituem o que se chama de poluição branca, mas a indústria do plástico esta percebendo que uma nova fase do plástico está surgindo é a era do bioplástico que está dando os seus primeiros passos.


Fonte: www.innova.ind.br

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

É verdade que existe uma mancha gigante de lixo plástico petróleo baseado no oceano?


Uma não, duas. Elas ficam no meio do oceano Pacífico e, juntas, têm o dobro do tamanho dos Estados Unidos! Nesses depósitos de lixo flutuante já foram encontrados os mais bizarros resíduos, de cones de trânsito a brinquedos, tênis e malas de viagem. Metade dessa sujeirada toda é lançada no mar por navios e plataformas de petróleo. A outra parte deságua nos oceanos trazida por rios espalhados pelo mundo. O pior é que o desastre ecológico só aumenta: o volume de plástico no Pacífico mais que triplicou nos últimos dez anos. “O isolamento poderia fazer desse lugar um paraíso para os animais. Mas eles rondam a linha do lixo e só têm plástico para comer. Já encontramos todo tipo de objeto no estômago dos bichos”, diz o pesquisador Charles Moore, da Algalita Marine Research Foundation, entidade americana que trabalha na proteção da vida marinha.

A CORRENTE CONTÍNUA

O Pacífico tem “redemoinhos que prendem lixo de todos os oceanos.Correntes marítimas como a Círculo Polar Antártica ligam os três oceanos da Terra. Assim, grande parte dos resíduos do Atlântico e do Índico acaba se dirigindo para o Pacífico, mesmo que leve décadas percorrendo os mares do mundo.Em algumas regiões do oceano Pacífico, as correntes marítimas se movimentam em círculos, formando enormes “redemoinhos”. O lixo que entra nessas áreas, após vagar pelos oceanos de todo o planeta, fica preso nas correntes, formando as duas manchas gigantes de plástico.O pior é que o lixo boiando na superfície é só uma pequena parte da sujeira. Com o passar dos anos, pedaços menores de plástico se diluem, formando uma espécie de sopa nojenta. Resultado: as manchas têm camadas com até 10 m de profundidade de lixo.

EFEITOS COLATERAIS
Lixo das manchas detona a dieta dos animais.

CARDÁPIO IMPRÓPRIO
Pesquisadores já encontraram tartarugas que comeram isqueiros, peixes engasgados com linhas de pesca e pássaros marinhos mortos com o estômago lotado de plástico ingerido na região das manchas.

ALTERAÇÃO HORMONAL
O lixo forma resíduos tóxicos que confundem os receptores hormonais de alguns animais. Há espécies que tiveram queda na produção de esperma e nascimento de mais fêmeas.

INTOXICAÇÃO À MESA
Ao comer peixes que passaram por essas regiões, o ser humano ingere também os produtos tóxicos absorvidos pelos animais.

SOLUÇÃO DIFÍCIL
O Problema maior é eliminar “sopa plástica” abaixo da superfíciePesquisadores ainda quebram a cabeça para encontrar um jeito de se livrar desse lixo. Apesar de trabalhoso, retirar os resíduos da superfície seria a parte mais fácil. O problema é o que está abaixo dessa camada. Como o plástico se quebra em pedaços quase microscópicos, remover essa “sopa plástica” significaria tirar também a água do mar com micro-organismos vivos, o que causaria um impacto ambiental ainda maior. Uma possível saída seria criar uma substância que fizesse uma faxina na região.Grandes navios soltariam milhões de litros de um solvente especial. Essa substância teria que ser biodegradável e atóxica, para não interferir na vida marinha local.O solvente quebraria as moléculas dos microscópicos pedaços de plástico, transformandoos em partículas inofensivas para a natureza, como átomos de carbono.Mas há um problema: o excesso de átomos de carbono poderia alterar a vida marinha – até mesmo provocando mais mutações em algumas espécies.

Fonte:http://mundoestranho.abril.com.br /Sonaira San Pedro

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Soro de leite oferece possibilidades para a nova indústria química de bioplástico


Uma tese demonstra a viabilidade para a existência de unidades industriais para fabricar ácido láctico e etil-L-lactato, necessários para a obtenção de plásticos biodegradáveis. Assim, no caso das Asturias,na Espanha, o soro seco ou entregue para a alimentação animal poderá dar origem a 30 mil toneladas/ano de matérias secas de alto valor acrescentado.A quota leiteira asturiana ronda as 600 mil toneladas/ano. A produção queijeira naquela comunidade autonómica ronda as 55 mil toneladas/ano, o que equivale a cerca de 20 por cento da produção queijeira espanhola e a 0,8 por cento da produção total de queijo ao nível da UE-27.
A tese de doutoramento - em Engenharia Química - de Julio Fernández Díaz, recentemente apresentada propõe, antes de mais, um melhor aproveitamento industrial do lactossoro produzido nas Astúrias.Tomemos o exemplo de dez litros de leite, com eles podemos produzir, aproximadamente, um quilo de queijo, mas geramos nove quilos de soro lácteo. O queijo é consumido, mas o que fazer com o soro lácteo?
Para começar, uma definição: “o soro lácteo é a fracção líquida do leite que se separa da coalhada, durante o dessoramento, na produção de queijo”. Se analisarmos o soro mais em pormenor encontramos 94 por cento de água, 4,5 por cento de lactose, um por cento de proteínas e os 0,5 por cento restantes de sais minerais. A sua elevada carga contaminante faz que não o possamos tratar como uma qualquer água rejeitada, “impediríamos que a correspondente ETAR funcionasse de forma eficiente”.
Assim, de acordo com Fernández Díaz, o destino normal desse soro é a sacegem a e a sua posterior utilização em diferentes produtos alimentares, casos da pastelaria industrial, dos iogurtes ou de algunstipos de enchidos, onde é utilizado como espessante. A lactose não deixa de ser o açúcar do leite e não tem qualquer valor como edulcorante, pelo seu escasso poder: cinco colheres de lactose têm um poder edulcorante equivalente a apenas uma colher de açúcar.Explica o investigador asturiano que “quando submetemos o soro a um processo de ultrafiltração, por um lado obtemos lactose, que é como que uma irmã pobre, e por outra parte proteínas, que têm um valor de mercado muito maior, porque, entre outras utilizações, são destinadas à indústria farmacêutica. A lactose, actualmente, vale não mais do que 40 cêntimos por quilo, enquanto o valor das proteínas pode subir até aos 1,5 euros, o que, apesar disso, não é um valor demasiado elevado.
No entanto, o lactossoro tem capacidades muito maiores: “pode, por exemplo, servir de matéria-prima para, através de fermentação, obter ácido láctico e, a partir deste, etil-L-lactato”. São conceitos que soam algo estranhos à maioria das pessoas , mas que fazem parte da estrutura de inúmeros objectos do nosso quotidiano. Entre outras coisas, são elementos necessários para o fabrico de plásticos biodegradáveis. Na Alemanha, grande parte dos sacos de compra é já fabricado com este tipo de plástico, que não perdura como resíduo. Também são utilizados como dissolventes ou como substitutos da celulose no processo de fabrico do papel.
A tese de doutoramento de Julio Fernández Díaz propõe “rotas alternativas” para a transformação do produto inicial. “O soro lácteo e os seus derivados oferecem a possibilidade de desenvolver uma ‘nova’ indústria química nas Astúrias”, acrescenta. Não se faria nada de efetivamente novo porque há muitos países industrializados que já implementaram há muito unidades industriais deste tipo. “Não é necessária uma maquinaria especialmente complicada; aqui o importante é o conhecimento”. Os produtos químicos resultantes dos novos processos de desenvolvimento multiplicariam por cinco as receitas atualmente obtidas com o soro em pó, a lactose e os concentrados protéicos.

Fonte:
http://www.confagri.pt

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

É possível fazer plástico sem usar petróleo?


Sim! Os bioplásticos são plásticos produzidos a partir de matérias-primas renováveis como o amido de milho, batata, mandioca,a cana-de-açúcar, soja e mamona.Esse material é tão versátil quanto os derivados de petróleo, podendo se transformar tanto em plásticos duros como em versões que parecem borracha. A grande vantagem dos bioplásticos é que eles se decompõem muito mais rápido, não emporcalhando o meio ambiente por dezenas de anos.
"As bactérias decompositoras não têm enzimas para digerir os polímeros feitos a partir do petróleo. Já os bioplásticos são bem mais familiares para elas", afirma a pesquisadora Marilda Taciro, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) .Enquanto um plástico feito de petróleo leva em média 40 anos para se decompor, os bioplásticos demoram no máximo três. Segundo o IPT, em 2007 cerca de 270 mil toneladas de bioplásticos eram fabricados por ano e, até 2015, a produção pode chegar a 1 milhão de toneladas.

Por que o plástico petróleo baseado demora tanto tempo para desaparecer na natureza?

A principal razão é que a natureza ainda não sabe como se livrar dele. "Bactérias e fungos que decompõem os materiais não tiveram tempo de desenvolver enzimas para degradar a substância", afirma a engenheira química Marilda Keico Taciro, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O plástico petróleo baseado é um material novo na natureza - o primeiro modelo surgiu só em 1862, criado pelo britânico Alexander Parkes. Cada uma de suas moléculas possui centenas de milhares de átomos, principalmente carbono e hidrogênio. Como as ligações entre os átomos são muito estáveis, os decompositores não conseguem quebrar o material em partes menores para destruí-lo. Resultado: alguns tipos de plástico, como o PET, usado em garrafas de refrigerantes, levam mais de 200 anos para desaparecer.
"Com a evolução, os microorganismos devem se adaptar, mas isso pode levar milhões de anos", diz o biólogo José Gregório Cabrera Gomes, também do IPT. Por isso, o descarte de plásticos é uma grande dor de cabeça para os ecologistas do século XXI. O material produz gases tóxicos ao ser queimado e tem reciclagem complicada, porque não se pode misturar diferentes tipos de plástico. O jeito é desenvolver modelos biodegradáveis como o PHB, que, em aterros sanitários, se decompõe em apenas seis meses.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O mercado de produtos químicos renováveis irá crescer 30% em cinco anos


O crescimento do empacotamento biodegradável ajudará a impulsionar em um terço as vendas de produtos renováveis no mercado global dos produtos químicos nos próximos cinco anos, de acordo com estudos de mercado da empresa Marketsand Market's dos E.U.A. O novo relatório do mercado global dos produtos químicos sugere que o movimento de crescimento econômico no uso dos recursos renováveis ajude a crescer o setor de $45bilhões em 2009 para $59.1bilhões em 2014. A Embalagem é um dos usos chaves para produtos químicos renováveis e o mercado de biopolimeros tem o potencial de crescer ao redor de 22% ao ano.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

SPI - Conselho de Bioplástico


Fundada em 1937, a SPI é uma associação comercial da indústria de plásticos, que representa um terço das maiores indústria de transformação dos Estados Unidos. As companhias membros da SPI representam à cadeia produtiva inteira da indústria de plásticos, incluindo processadores, fabricantes de maquinaria e de equipamento e fornecedores das matérias - primas. A indústria de plásticos dos E.U.A emprega 1.1 milhão trabalhadores e fornece quase $379 bilhões em expedições anuais.
Sediado em Washington, a SPI promove o desenvolvimento de negócios através de uma série de serviços e de feiras profissionais comerciais.
O Conselho de Bioplásticos da SPI é um grupo de interesse especial centrado sobre o desenvolvimento do bioplásticos como uma parte integrante da indústria de plásticos:
-Educando a indústria, o governo e a cadeia produtiva de plásticos.
-Articulando claramente as descrições consistentes das opções diferentes de bioplásticos.
-Fornecendo conselhos estratégicos à indústria de plásticos, governo e a cadeia produtiva e promovendo a harmonização de políticas ambientais.

São membros do Conselho de Bioplástico SPI:

-
Arkema
-
BASF Corporation
-
Cereplast Inc.
-
DuPont
-
NatureWorks LLC


domingo, 16 de agosto de 2009

Coca Cola lança no final do ano o Plant Bottle,frasco produzido com bioplástico


De acordo com um dos diretores da Coca Cola mundial, Muhler Kent a empresa tomou recentemente as primeiras iniciativas para produção de frascos elaborados com materiais 100 por cento recicláveis e renováveis.Kent esta se referindo ao Plant Bottle um novo frasco utilizado para água engarrafada tipo Dasani .O Plant Bottle é elaborado em um processo inovativo utilizando um subproduto da produção de açúcar, um componente chave para o plástico PET.
Manufaturar o novo frasco plástico é ambientalmente mais eficiente somente porque reduz de 30% para 25 % a emissão de carbono, comparado com o PET petróleo baseado.De acordo com a companhia, uma outra vantagem do PlantBottle é que, ao contrário dos outros plásticos planta baseados, ele pode ser processado com a fabricação existente e possui facilidades na reciclagem sem contaminar o PET tradicional.
Os consumidores podem identificar os frascos inovativos através das mensagens no pacote onde estão expostos nos pontos de venda. As comunicações com suporte na internet igualmente destacarão os benefícios ambientais dos frascos.

sábado, 15 de agosto de 2009

A primeira água mineral da australia que utiliza bioplástico INGEO


A Cool Change Natural Spring Water é a primeira a água mineral da Austrália que usa frasco elaborado com bioplástico Ingeo™. As garrafas de Cool Change Natural Spring Water são elaboradas com o PLA Ingeo™ (Acido Poliláctico). O PLA Ingeo™ é um bioplástico derivado dos açúcares das plantas, um recurso anualmente renovável. A maioria dos outros frascos usados na Austrália são de PET (Tereftalato de polietileno) derivado do petróleo, um recurso não renovável.
O uso do PLA Ingeo™ utiliza 67% menos combustível fóssil para fazer a resina dos frascos comparados ao PET de tamanho similar. Isto conduz a 90% menos em emissões de gases de efeito estufa para se fazer a resina. Todas as emissões de gases de efeito estufa que são produzidas no processo de produção estão sendo diminuídos, minimizando o impacto no meio ambiente. O uso do bioplástico Ingeo™, retem o gosto natural da água mineral e é uma alternativa mais amigável a sua saúde e ao planeta. A água mineral Cool Change Natural Spring Water está atualmente disponíveis em lojas cafés, restaurante, lojas de produtos orgânicos em toda Austrália.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A USDA-Secretaria de Agricultura dos EUA, propõe o uso de etiqueta para produtos Bio baseados


O secretário de agricultura Tom Vilsack anunciou em Julho que o Ministério da Agricultura dos E.U.A (USDA) está facilitando para que os consumidores identifiquem produtos Bio basedos através da liberação de rotulagem proposto pelo BioPreferred SM. O programa de rotulagem BioPreferred, publicado no registro federal, pretende criar uma etiqueta para qualificar produtos Bio basedos.
Este regulamento permitirá que os fabricantes de produtos Bio baseados participem em um programa de rotulagem voluntário para identificar produtos Bio basedos em prateleiras das lojas. " Aumentar a compra e o uso de produtos Bio basedos é uma prioridade da administração de Obama porque ajuda na segurança energética e independência do uso do petróleo, bem como aumenta o uso de produtos agrícolas americanos, promovendo o desenvolvimento econômico em áreas rurais, " disse Vilsack. " Os consumidores querem estar mais informados sobre a escolha dos produtos e o BioPreferred ajudá-las-á. Esta etiqueta ajudará consumidores, negócios e os compradores do governo federal identificam facilmente produtos Biobasedos”.
Os fabricantes poderão utilizar a etiqueta BioPreferred, para ajudar clientes a identificar seus produtos como Bio Basedos. Atualmente, o USDA identificou mais de 15.000 produtos Bio basedos disponíveis no comércio através de aproximadamente 200 categorias, dos produtos de limpeza aos materiais de construção. Os produtos Bio basedos estão disponíveis aos consumidores hoje e a nova etiqueta ajudará a fazer estes produtos sustentáveis mais acessíveis e servirá como uma ferramenta de mercado valiosa para fabricantes e vendedores de produtos Bio basedos.
Os produtos Bio basedos são produtos que são compostos completamente ou significativamente de ingredientes biológicos - planta, animal, frutos do mar ou materiais renováveis da silvicultura. Um artigo designado BioPreferred é um produto que se encontra, ou satisfaz as normas mínimas de identificação de produtos Bio baseados exigidas pela USDA. Este registro federal tem a intenção de criar e fazer disponível uma etiqueta voluntária para aumentar os anúncios publicitários para o consumo de produtos Bio basedos. A USDA, através da publicação desta etiqueta, procura notificar e reconhecer os grupos interessados neste processo.
Para encerrar, seria interessante o governo brasileiro adotar semelhantes medidas.

Para ler mais sobre as normas do Programa, clique aqui. (material em Inglês)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Novo material biológico luminescente pode melhorar a projeção de imagem latente de tumores


Um novo material foi descoberto pela universidade de Virgínia, trata-se de um nanosensor de oxigênio que é acoplado a uma tintura luminescente com um biopolimero, que auxilia na imagem latente de regiões deficientes de oxigênio em tumores. Tais tumores são associados ao aumento da agressividade dos cânceres e são particularmente difíceis de tratar. Os nanosensores de oxigênio são novas ferramentas poderosas de pesquisa, que um dia podem igualmente serem usadas para diagnóstico e a detecção de doenças e para estratégias de planejamento de tratamentos.
O novo material é baseado no ácido láctico, um polímero bio renovável, biodegradável, seguro para o corpo humano e o meio ambiente, e é fácil e barato de fabricar em muitas formulas, incluindo películas, fibras e nanoparticulas. É útil para a investigação médica assim como para pesquisa ambiental, em projetos sustentáveis e produtos verdes. O material versátil do sensor é o resultado da pesquisa que combina a química verde com a nanotecnologia, e está na nova edição online do journal Nature Materials.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O uso de composteiras para descarte de bioplástico biodegradável e "Compostável"


A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz a bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise, são o sustentáculo da vida terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.
Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.
Um dos grandes problemas atualmente é o descarte das embalagens plásticas petróleo baseadas, a reciclagem é um alternativa bastante viável, no entanto, de acordo com alguns estudos recentes o petróleo irá acabar mais cedo do que se imaginava, além disso, existe a dependência que se criou em torno do petróleo.
O uso de bioplástico, biodegradável e compostavel proveniente de fonte renovável como o amido, parece ser uma alternativa muito interessante. Após o seu uso o mesmo poderá ser descartado juntamente com outros materiais orgânicos em uma composteira, que poderá ser industrial se tiver o apoio de políticas públicas, ou caseira, construída de materiais de fácil aquisição.

Como montar a composteira em espaços mínimos (sacadas e áreas de serviço):

1. Forre por dentro um engradado com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.

2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas. Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e em floriculturas encontramos um produto genericamente chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.

3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de verduras, não muito.

4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo orgânico).

5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.

6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual rato.

7. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto tempo as pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade de lixo orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À medida que as minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de resíduo orgânico vai aumentando. Uma minhoca vermelha do composto (Eisenia foetida) pode comer o próprio peso em um único dia, além disso com apenas três meses elas já estão se reproduzindo, podendo depositar um casulo a cada semana.
Cada casulo desses pode gerar de quatro a doze pequenas minhocas que já nascem prontas para comer muito pelo resto da vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente quando os resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas. Outra técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a todo vapor. Daí para a frente é um processo contínuo e crescente. O que fazer quando a composteira está cheia

8. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas sempre têm uma quantidade de material pronto, uma parcela de material em processo de decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco. Isto dificulta bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para este problema temos uma solução. Veja a seguir:

9. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as minhocas vão comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia nosso engradado estará completamente cheio, com material já reciclado no fundo e lixo fresco junto à superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de contornar este problema é simplesmente forrar as laterais de um novo engradado e empilhar sobre o primeiro. Assim, dê continuidade ao processo colocando uma porção do composto cheio de minhocas no fundo do segundo engradado e siga o processo normalmente. Desta forma as minhocas continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas semanas a sua primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou menos 25 Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.

Fonte de consulta:
http://www.lixo.com.br

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Desenvolvimento de plástico biodegradável a base de amido.


Apesar de garantirem uma proteção desejada para diversos tipos de aplicações satisfazendo a necessidade de custo, conveniência, formatos, marketing, praticidade, proteção física, química e ótica, os materiais plásticos convencionais levam em média mais de um século para se degradar no ambiente. Eles são responsáveis por grande parte de resíduos que se acumulam na natureza com conseqüência direta e nefasta a poluição ambiental. Assim, vários países no mundo já reconhecerem a necessidade imperiosa de reduzir a enorme quantidade de materiais de difícil degradação principalmente os plásticos sintéticos, desempenhando esforços nas pesquisas no sentido de encontrar alternativa ecologicamente viável proporcionando um desenvolvimento sustentável.
As principais fontes de matérias primas utilizadas nas pesquisas são os polímeros naturais ou biopolímeros tais como: polissacarídeos (amido, colóides, poliosídeos...) e as proteínas (colágeno, glúten, miofibrilares de peixe, de soja, de milho, etc). O conhecimento das propriedades características do amido durante o processamento térmico mostra-se muito importante para o desenvolvimento de material biodegradável a partir deste produto.
O amido como biopolímero na sua conformação mais estável é oriundo de fontes renováveis que são as plantas tais como: cereais, raízes, etc, na forma de grânulos de tamanhos variáveis dependendo da fonte e constituído principalmente de dois homopolímeros de D-glucose de estruturas primárias diferentes que são a amilopectina ramificada e a amilose linear. As moléculas de D-glucose possuem dois importantes grupos funcionais: O grupo –OH susceptível às reações de substituições e as ligações C–O–C susceptíveis à ruptura de cadeias. O grupo hidroxila tem caráter nucleofílico.
Através das reações com esse grupo, modificação de várias propriedades pode ser obtida. Ligação cruzada e ponte de –OH mudam a estrutura da cadeia, aumentam a viscosidade, reduzem a retenção de água e aumentam a resistência ao cisalhamento. Quanto às proteínas, suas propriedades características em termoplásticos dependem do potencial das ligações cruzadas intra e intermoleculares que envolvem a hidrofilicidade (interação proteína-água) e a interfacialidade (capacidade de formar filmes). A gelatina, por exemplo, se diferencia das outras proteínas, devido à ausência apreciável de ordem interna, pois em soluções aquosas a altas temperaturas, as cadeias polipeptídicas apresentam configurações aleatórias, característica similar em alguns polímeros sintéticos. Sua propriedade de formar géis termicamente reversíveis e sua adesividade lhe garante uma infinidade de aplicações fundamentais
A formação de termoplástico biodegradável envolve ligações inter e intramoleculares cruzadas entre cadeias de biopolímeros para formar uma matriz tridimensional semi-rígida que envolve e imobiliza o solvente. O grau de coesão depende da estrutura das moléculas, processo de fabricação, parâmetros físicos (temperatura, pressão, tipo de solvente, etc.), presença de plastificante e de aditivos reticuladores
O processo tecnológico mais apropriado para a industrialização dos polímeros é o processo de extrusão. Esse processo térmico, devido às suas características técnicas de funcionamento tais como alta pressão, intenso cisalhamento mecânico, alta temperatura e tempo de residência curto, tem sido aplicado com sucesso na obtenção de diversos materiais manufaturados a base de polímeros.

Fonte: Laboratório de Cereais - Planta Piloto de Extrusão - Departamento de Tecnologia de Alimentos - Faculdade de Engenharia de Alimentos / UNICAMP, Campinas, SP

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bioplástico compostável


As embalagens bioplásticas de dois dos maiores produtores foram testadas em sistemas de compostagem doméstica por um grupo de análises britânico, mostrando que todos eles decompunham-se em quantidades de tempo relativamente curtas.
À medida que mais empresas exploram embalagens e materiais bioplásticos, algumas preocupações foram levantadas sobre o fim da vida dos bioplásticos. Alguns tipos de bioplásticos só podem ser degradados em instalações de compostagem industriais e, na maioria dos lugares, há pouca infra-estrutura para compostagem. Tornar o material possível de ser tratado em casa aumenta as possibilidades de que seja compostado e tenham o final de vida pretendido pelo fabricante, em vez de ser lançado no lixo.
O grupo “Which?” testou os bioplásticos da Novamont, Mater-Bi, e da Innovia Films, NATUREFLEX, para a edição de maio da revista Which? Gardening. O grupo testou cinco produtos Mater-Bi, incluindo sacos de lixo para cozinha, embalagens de produtos e sacos de pão, e embalagens e sacos para cereais, da Natureflex. Os produtos foram colocados em um reservatório para compostagem caseiro, juntamente com resíduos de jardinagem, sendo decomposto de dois e quatro meses.
As embalagens Natureflex tinham desaparecido completamente após os primeiros dois meses, e restaram apenas alguns pedaços de sacos de cereais, uma laminação de NATUREFLEX e Mater-Bi. A maioria dos produtos Mater-Bi decompôs após quatro meses, e a Which? Previu que o restante seria decomposto nos próximos dois meses. A Mater-Bi já passou por uma série de testes para ser certificada como biodegradável e compostável, mas as certificações podem variar de país para país e podem ser confusas sobre quais são as condições materiais necessárias para a degradação. Testes como aqueles da Which? E outros grupos de consumidores, como o Consumer Reports ajudam os consumidores a perceber o que pode e não pode ser feito com materiais como os bioplásticos.

Fonte: Equipe Agenda Sustentável (
www.agendasustentavel.com.br)

domingo, 9 de agosto de 2009

Polímero biodegradável poderá ser usado em novas embalagens


No ano de 2004 a pesquisadora da FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos), da Universidade Estadual de Campinas, Pricila Veiga, apresentou na sua tese doutorado seus estudos sobre a produção de um biofilme por moldagem ou “casting” a partir da fécula de mandioca. Neste trabalho a pesquisadora destacou que esse tipo de material possui algumas desvantagens, tais como poucas propriedades mecânicas e alta permeabilidade ao vapor d’água. Com o objetivo de tentar reduzir essas desvantagens, a pesquisadora analisou os efeitos dos parâmetros de processamento e aditivos nas suas propriedades físico-químicas e estruturais. Como aditivos gerais foram destacados a sacarose, o propileno glicol, o fosfato de sódio e o óleo de soja, e como aditivos principais foram selecionados a goma xantana e a gelatina.
Há cerca de um ano os estudos relativos à produção do biofilme foram retomados pela engenheira química Cynthia Ditchfield, do Laboratório de Engenharia de Alimentos, do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP. O projeto aprimorou o produto criado pela pesquisadora da Unicamp. O produto criado é um polímero feito de amido de mandioca e açúcares e que se caracteriza por ser biodegradável, com propriedades antimicrobianas e que pode mudar de cor de acordo com o estado de conservação do produto. Esse estudo fez parte do seu projeto de pós-doutorado.
O polímero poderá ser utilizado na fabricação de embalagens, as quais segundo o projeto da pesquisadora, seriam ao mesmo tempo biodegradáveis e ativas, constituindo uma vantagem em relação às embalagens comuns, que possuem apenas uma das duas características. A solução encontrada pela pesquisadora para conseguir as duas características foi a de acrescentar ao filme base, ingredientes naturais com ação antimicrobiana, podendo dessa forma aumentar a vida de prateleira dos produtos.
Os ingredientes com ação antimicrobiana utilizados pela pesquisadora foram o mel, o extrato de própolis, o cravo e canela em pó, o óleo essencial de laranja e o café. Além da ação antimicrobiana, a adição desses ingredientes ao filme base pode alterar algumas de suas características, tais como a flexibilidade, a resistência e a sua capacidade de proteção do produto contra a umidade. Segundo a pesquisadora Cyntia, esses aspectos ainda têm que ser aperfeiçoados, sendo que dos ingredientes usados, os que mais se destacaram foram o cravo e a canela.A indicação da acidez do alimento é outra característica ativa da nova embalagem, pois segundo a pesquisadora, a deterioração dos alimentos acarreta na alteração do seu pH, tornado-o ácido. Com essa alteração, o plástico em contato com o alimento muda de cor, indicando em que estágio de deterioração o alimento se encontra.

Vantagens e desafios

Entre os desafios citados pela professora Carmem Tadini, supervisora da equipe da qual a pesquisadora Cynthia faz parte, destacam-se na primeira etapa a otimização do processo de fabricação da embalagem em laboratório para melhorar seu desempenho para este fim. O outro desafio será desenvolver o processo de elaboração dos biofilmes em escala industrial. Em contrapartida, a produção do biofilme apresenta vantagens econômicas e ambientais.
Os principais ingredientes que compõem o biofilme, a mandioca e a sacarose, e os compostos antimicrobianos, são produzidos em abundância no Brasil. No aspecto ambiental, a produção de uma embalagem biodegradável e comestível pode reduzir a quantidade de lixo gerado no país, além disso pode diminuir o uso de conservantes sintéticos adicionados nos alimentos, tornado-os mais seguros a saúde.

sábado, 8 de agosto de 2009

Conselho Nacional da Embalagem (CNE) da França, divulga nota sobre os plásticos óxibiodegradáveis

O CNE- Conselho Nacional de Embalagens da França, Divulga nota afirmando que os produtos, notadamente sacolas e embalagens, fabricados em polietileno aditivadas com um oxidante, dito bio-fragmentavel, oxodegradavel ou oxobiodegradáveis, não são biodegradáveis e não são compostaveis de acordo com a norma NF 13432. Recomenda proibir qualifica-los de "bioplásticos” e/ou “biodegradável”.

Veja nota completa em francês aqui.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Segundo Fatih Birol ficaremos sem petróleo antes do previsto


“Um dia nós ficaremos sem petróleo, não é hoje nem amanhã, mas um dia ficaremos sem e nós
precisamos abandonar o petróleo antes que ele nos abandone.”
O mundo está prestes a enfrentar uma das mais graves crises energéticas da história, capaz de quebrar a economia global. O motivo seria o fato dos maiores campos de exploração de petróleo do mundo estarem prestes a chegar ao seu limite de produção.
Quem afirma é o economista chefe da Agência Internacional de Energia (IEA). Fatih Birol. Em entrevista ao jornal The Independent, Birol, que é encarregado de avaliar o futuro do abastecimento de energia nos países pertencentes à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), afirmou que todos precisam ter consciência de que, com base na demanda atual, a disponibilidade de petróleo no mundo irá se esgotar muito antes do que se pensava.
Para o engenheiro, o pico do petróleo (pick oil) deverá acontecer em dez anos – no mínimo uma década a menos do que muitos governos estimaram. Ele ainda afirmou que um dos estudos mais detalhados já feito sobre o assunto descobriu que a maioria das grandes bacias de petróleo do mundo já se esgotaram e que o ritmo de redução da produtividade das outras bacias está quase duas vezes mais rápido que o calculado há dois anos.
“Um dia nós ficaremos sem petróleo, não é hoje nem amanhã, mas um dia ficaremos sem e nós precisamos abandonar o petróleo antes que ele nos abandone. Precisamos nos preparar para esse dia”, afirmou Birol. “Quanto mais cedo começarmos, melhor. Porque toda a nossa economia e sistema social está baseado no petróleo, e essa mudança requer muito tempo e muito dinheiro, por isso devemos levar isso muito à sério”, completou.

A queda da produção das bacias de petróleo pularam de 3,7% para 6,7% em dois anos/Foto: Fábio Pinheiro

A crise já pode ter início no próximo ano, quando o cenário será uma demanda maior que a oferta, e nenhuma medida suficientemente eficiente vem sendo feita para reverter o problema e criar novas soluções capazes de compensar a ausência do petróleo. Segundo a IEA, a queda da produção das bacias de petróleo está na casa dos 6,7% ao ano. Número substancialmente maior que os 3,7% computados em 2007.
“Se vemos um aperto no mercado, as pessoas nas ruas verão isso no aumento dos preços, que serão muito maiores do que nós vemos hoje em dia. Isso terá, definitivamente, um impacto em nossa economia, especialmente se nós virmos esse aperto no mercado nos próximos anos” alertou Birol.
Ele explica: “será especialmente importante porque a economia global ainda estará muito fragilizada, muito vulnerável. Muitas pessoas pensam que a recuperação se dará em poucos anos, mas a verdade é que será uma regeneração lenta e frágil e nós temos o risco dessa recuperação ser destruída com a alta dos preços do petróleo”, informou. Segundo o especialista, em 2030, o mundo precisará do equivalente a quatro Arábias Sauditas para garantir seu consumo de petróleo a níveis atuais e seis para assegurar a demanda, caso ela continue crescendo nas proporções atuais.“Muitos governos agora estão mais cientes de que, no mínimo, os dias de petróleo fácil e barato já acabaram. Apesar disso, eu não estou muito otimista de os governos estarem conscientes das dificuldades que poderemos enfrentar no fornecimento de petróleo”, disse Birol.
Outro problema levantado pelo engenheiro é a possibilidade de os países passarem a investir em alternativas ainda mais danosas frente à ausência do petróleo – como as areias impregnadas com alcatrão em Alberta, no Canadá.“Se nós não nos prepararmos adequadamente para o pico de petróleo, o aquecimento global pode se tornar muito pior do que o esperado”, conclui.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Efeito do teor de fibras de celulose sobre biofilmes a base de amido de mandioca

Fibra de celulose

Filmes biodegradáveis vêm chamando a atenção devido a seu potencial de uso na indústria de alimentos e pelas vantagens ambientais que estes apresentam. Dentre os biopolímeros, os amidos constituem uma alternativa interessante para a produção de biofilmes devido a seu baixo custo, grande disponibilidade e por provir de fontes renováveis. A formação do filme exige, além do polímero e o solvente a incorporação de um plastificante que aumente a maleabilidade. Os biofilmes a base de amido apresentam boas propriedades de barreira a gases, entretanto, a alta permeabilidade ao vapor de água e suas propriedades mecânicas fracas, dificultam sua utilização. A literatura aponta que a incorporação de fibras de celulose em compósitos de amido ocasiona uma melhoria das propriedades mecânicas.
Por outro lado, existem poucos dados sobre filmes reforçados com fibras e o efeito de esta incorporação sobre as isotermas de sorção de umidade. Neste sentido em trabalho recente foi elaborada uma metodologia para a incorporação das fibras de celulose aos filmes de amido de mandioca elaborados por “casting” e avaliado o efeito desta incorporação sobre as propriedades mecânicas de tração e a isotermas de sorção de umidade. Foram elaborados filmes com 3% de amido, plastificados com 0,3 g de glicerol/ g amido e foram adicionadas concentrações de 0,10, 0,30 e 0,50 g de fibras/ g amido. A metodologia de incorporação de fibras se mostrou eficiente uma vez que os filmes resultaram homogêneos, mas houve a necessidade de adição de goma guar com a finalidade de manter a suspensão de fibras. As isotermas de sorção mostram uma diminuição da umidade de equilíbrio (Xe) quando incorporou-se 0,30 e 0,50 g de fibra/ g de amido.
Nos filmes elaborados com 0,10 g de fibra/ g amido a o Xe foi similar aos valores apresentados pelos filmes sem fibras, o que pode ser associado ao efeito da incorporação de goma guar que poderia aumentar a capacidade de sorção de água por parte do amido. No que se refere, às propriedades mecânicas, os filmes com fibras mostraram um aumento elevado da tensão de ruptura que passou de 1,29 MPa nos filmes sem fibras para 22,9 MPa nos filmes com 0,50 g fibras/g de amido. Os filmes com fibras resultaram mais rígidos, o que foi observado através da elevação do Módulo de Young. Os resultados mostram que a incorporação de fibras a filmes elaborados por “casting” é uma alternativa interessante para diminuir a hidroscopicidade e melhorar as propriedades mecânicas destes materiais.

Fonte:Universidade Federal de Santa Catarina-Anais da 6ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Etiqueta com biofilme biodegradável e compostável


O cuidado com o meio ambiente está cada vez mais forte nas mentes dos consumidores. Estudos realizados nos Estados Unidos indicam que os produtos "amigos do meio ambiente" têm um valor adicional significativo para os consumidores, e são vistos como uma influência importante na decisão de compra.A reciclagem já é uma realidade no mundo inteiro. Mas existe uma solução ainda melhor: os materiais biodegradáveis. Estes produtos, quando enviados para as usinas de compostagem, se degradam completamente e não agridem o meio ambiente.O novo produto Fasson Bio Filme TC/S0250/62g é o primeiro produto auto-adesivo do Brasil com frontal em filme biodegradável.
Fasson BioFilme possui um frontal à base de celulose de fontes renováveis, proveniente de florestas certificadas pelo FSC (Forest Stewarship Council) e pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification).O filme biodegradável e compostável é certificado pela EN13432 a ASTM D6 400, e se degrada aproximadamente em16 semanas depois de descartado. Tudo isto é possível sem comprometer as propriedades de conversão.
O Fasson BioFilme TC/S0250/62g possui um tratamento Top Coating que assegura uma impressão de qualidade nos sistemas tradicionais apresentando alta transparência e oferece um ótimo efeito “no-label-look” aos rótulos. Não perca esta chance, entre em contato com nosso departamento de Consultoria de Negócios para obter maiores informações. Aumente suas vendas, ofereça um produto inovador e proteja o meio ambiente.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O mercado de amido no mundo, matéria-prima para a produção de bioplástico

O mercado mundial de amido está dividido em cinco matérias-primas quatro delas de origem tropical (milho, batata, batata-doce e mandioca). Dessas, o milho é a mais significativa, com 75% da produção mundial de amido. É a principal fonte de amido nos Estados Unidos (99% da produção), na Europa (46%), na Ásia e no Brasil. Apenas a Tailândia e alguns poucos paises da Ásia possuem outras matérias-primas como principal fonte de matéria-prima para amido. A produção de amido, a partir de trigo, encontra-se em forte crescimento na Europa, onde a produtividade alta e o elevado valor agregado dos co-produtos permitem a produção com preços muito competitivos.A produção de fécula de batata-doce concentra-se em 95% na China, sendo o restante localizado, principalmente, no Japão. Alguns dados chineses indicam uma produção da ordem de quatro milhões de toneladas de fécula de batata-doce, informações essas difíceis de se verificar.

As previsões de evolução de consumo mundial são de forte crescimento nos próximos anos, com a passagem da produção atual de 60 milhões de toneladas para 70 milhões em 2010.

Nem todas as regiões se beneficiarão do mesmo modo desta evolução, com o Japão e a Europa tendo as menores taxas de crescimento anual (0,18% e 0,2%), seguidos dos Estados Unidos (0,65%).As maiores taxas de crescimento anual são previstas na China, Índia e América Latina, com média de 2,25% nesses países.Durante 24 anos, até o ano 2002, a produção de amido na China cresceu numa média anual de 13,8%, o que fez deste país o principal foco de investimento no setor mundial de amido.

A média anual de consumo de amidos (nativos e modificados) por habitante é da ordem de 10 quilos nos principais países industrializados, contra cerca de um quilo nos países em desenvolvimento. Essa grande diferença acentua o potencial de crescimento para o setor de amido. No caso de açúcares derivados de amido (glicose, maltose, frutos, maltodextrina e derivados), o consumo nos Estados Unidos é muito grande, pois as produções de açúcares de beterraba ou de cana-de-açúcar são menos competitivas.
Na Europa, subsídios para a indústria de açúcar de beterraba fizeram com que este produto se tornasse mais competitivo, limitando o uso de açúcares de amido. No caso do Brasil, a indústria de cana-de-açúcar é altamente competitiva, limitando também o uso de açúcares de amido. Mesmo assim, como acontece na China e na Índia, o consumo de amidos hidrolisados (açúcares de amido) no Brasil é muito limitado em relação ao potencial de mercado, indicando forte potencial de crescimento.Além do alto potencial de crescimento dos países asiáticos e da América Latina, a participação da fécula de mandioca no mercado internacional deverá aumentar, em razão de previsões de baixos estoques de milho e trigo em nível internacional nos próximos anos.

Fonte:Olivier Vilpoux - Pesquisador do CeTeAgro/UCDB

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Presidente Barack Obama está ajudando a impulsionar a demanda dos bioplásticos nos E.U.A


O presidente dos Estados Unidos Barack Obama' anunciou que o foco de limitar emissões de gases de efeito estufa está elevando o perfil dos polímeros baseados em recursos renováveis. O presidente propôs que se alertem consumidores e os varejistas sobre a importância de cortar emissões de carbono, disse Marc Verbruggen, executivo do principal produtor de bioplástico estabelecido nos Estados Unidos a NatureWorks."Mesmo durante esta situação econômica má, muitos clientes mantêm-se comprando produtos a favor do meio ambiente, " observa Marc.
A nova proposta de economia de energia e proteção do ambiente, que é esperada, inclui regulamentos ou impostos do carbono, é “lembrar as pessoas como o meio ambiente é importante,” explica Verbruggen.“O consumidor médio, assim como varejistas e proprietários de estabelecimentos,estão convencidos que reduzir emissões de gases de efeito estufa é uma parte importante do que o governo dos E.U.A está tentando fazer. Isso por que biopolimeros é uma luz favorável comparada com o plástico tradicional”;A NatureWorks produz ácido polilactico (PLA) baseado no milho, em Blair, Nebraska, principalmente para o uso em aplicações de empacotamento.
A companhia, que pertence a gigante Cargill dos E.U.A, dobrou sua capacidade de produção de PLA, da marca Ingeo, com 140.000 toneladas/ano. O PLA tem a vantagem sobre os plásticos tradicionais, pois sua produção produz menos emissões de gases de efeito estufa e exige menos combustível fóssil, disse Verbruggen. Além disso, o PLA tem opções interessantes, incluindo a reciclagem e a compostagem. As vendas do Ingeo foram afetadas no fim do ano passado, mas têm se recuperado, disse Verbruggen.
As vendas foram batidas mais duramente em dezembro e em janeiro, quando “os clientes tiveram uma queda no crédito, a demanda positiva estava desmoronando e o preço do petróleo estava desmoronando,” anota. Desde janeiro, as vendas aumentaram por volta de 5.000-6.000 tonelada/mês. A companhia pretende aumentar suas vendas no exercício que termina em maio de 2009, Verbruggen continua. As vendas foram impulsionadas durante o verão de 2008 pelo preço elevado do petróleo, tornando o preço do PLA similar àqueles de plásticos tradicionais, diz. As vendas do Ingeo cresceram 20-30% durante esse período, e a companhia prevê que as taxas de crescimento poderiam retornar a estes níveis na América do Norte em 2010.
Se o crescimento das vendas da Ingeo retornar a 20-30% em 2010 levaria aproximadamente três anos para exportar, calcula Verbruggen. " Isto significa que em 2013 ou 2014 nós precisaríamos de uma segunda planta."

Fonte: http://www.icis.com

 

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