O mercado mundial de amido está dividido em cinco matérias-primas quatro delas de origem tropical (milho, batata, batata-doce e mandioca). Dessas, o milho é a mais significativa, com 75% da produção mundial de amido. É a principal fonte de amido nos Estados Unidos (99% da produção), na Europa (46%), na Ásia e no Brasil. Apenas a Tailândia e alguns poucos paises da Ásia possuem outras matérias-primas como principal fonte de matéria-prima para amido. A produção de amido, a partir de trigo, encontra-se em forte crescimento na Europa, onde a produtividade alta e o elevado valor agregado dos co-produtos permitem a produção com preços muito competitivos.A produção de fécula de batata-doce concentra-se em 95% na China, sendo o restante localizado, principalmente, no Japão. Alguns dados chineses indicam uma produção da ordem de quatro milhões de toneladas de fécula de batata-doce, informações essas difíceis de se verificar.
As previsões de evolução de consumo mundial são de forte crescimento nos próximos anos, com a passagem da produção atual de 60 milhões de toneladas para 70 milhões em 2010.
Nem todas as regiões se beneficiarão do mesmo modo desta evolução, com o Japão e a Europa tendo as menores taxas de crescimento anual (0,18% e 0,2%), seguidos dos Estados Unidos (0,65%).As maiores taxas de crescimento anual são previstas na China, Índia e América Latina, com média de 2,25% nesses países.Durante 24 anos, até o ano 2002, a produção de amido na China cresceu numa média anual de 13,8%, o que fez deste país o principal foco de investimento no setor mundial de amido.A média anual de consumo de amidos (nativos e modificados) por habitante é da ordem de 10 quilos nos principais países industrializados, contra cerca de um quilo nos países em desenvolvimento. Essa grande diferença acentua o potencial de crescimento para o setor de amido. No caso de açúcares derivados de amido (glicose, maltose, frutos, maltodextrina e derivados), o consumo nos Estados Unidos é muito grande, pois as produções de açúcares de beterraba ou de cana-de-açúcar são menos competitivas.
Na Europa, subsídios para a indústria de açúcar de beterraba fizeram com que este produto se tornasse mais competitivo, limitando o uso de açúcares de amido. No caso do Brasil, a indústria de cana-de-açúcar é altamente competitiva, limitando também o uso de açúcares de amido. Mesmo assim, como acontece na China e na Índia, o consumo de amidos hidrolisados (açúcares de amido) no Brasil é muito limitado em relação ao potencial de mercado, indicando forte potencial de crescimento.Além do alto potencial de crescimento dos países asiáticos e da América Latina, a participação da fécula de mandioca no mercado internacional deverá aumentar, em razão de previsões de baixos estoques de milho e trigo em nível internacional nos próximos anos.
Fonte:Olivier Vilpoux - Pesquisador do CeTeAgro/UCDB
1 comentários:
Por favor, poderia citar a referencia que utilizou?
Estou precisando destes dasdos para um trabalho.
Grato
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