Enquanto a produção de um quilo de polietileno de origem fóssil, elemento de composição do plástico, emite 2,5 quilos de gás carbônico, a fabricação do polietileno a partir do etanol captura e fixa a mesma quantidade. A diferença significa cinco quilos a menos do poluente no meio ambiente e é o fator que mais pesa a favor da utilização do etanol como base para a produção do ´plástico verde´. O cálculo foi apresentado pelo Diretor de Negócios de Biopolímeros da Braskem, Marcelo Nunes, durante a palestra “Nova visão da utilização do etanol”, realizada no Congresso de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana-de-Açúcar em MS – Canasul. Ao iniciar no mês que vem a produção de polietileno originário do etanol em escala industrial, a Braskem se tornará a maior produtora mundial de biopolímeros.
A empresa vai consumir 700 mil metros cúbicos de etanol por ano, tornando-se a quinta consumidora nacional de etanol, atrás apenas das distribuidoras de combustíveis. O plástico verde comporta-se da mesma forma que o plástico comum, tendo a mesma aparência e processos produtivos idênticos, bom como demanda o mesmo custo de produção. Da mesma forma, não é biodegradável e requer os mesmos cuidados no descarte em relação aos polietilenos comuns. A diferença, enfatizou Nunes, está mesmo na demanda mundial pela redução da emissão dos gases de efeito estufa.
O investimento inicial da Braskem em tecnologia para processamento de etanol iniciou em 2006, culminando este ano com a operação de uma planta industrial com capacidade para produzir 200 mil toneladas de plástico verde por ano. “Será a primeira indústria de plástico verde certificada no mundo”, enfatizou o dirigente, reforçando que o produto final vai refletir a preocupação da empresa com a sustentabilidade da cadeia, a partir da adoção de um código de conduta que respeita o modelo de zoneamento agroecológico nacional.
Fonte:http://www.agorams.com.br
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