sábado, 7 de agosto de 2010

Natura começará a usar 'plástico verde' em outubro


O diretor de Sustentabilidade da Natura, Marcos Vaz, afirmou hoje à Agência Estado que outubro será a data do lançamento no mercado brasileiro do primeiro produto cosmético com embalagem de "polietileno verde". O objetivo da iniciativa é reduzir o impacto ambiental causado pela produção desse tipo de produto. O material, também chamado de "plástico verde", é produzido a partir da cana-de-açúcar, uma fonte de energia vegetal e renovável, ao contrário do plástico comum, derivado do petróleo. Essa inovação é fruto de uma parceria entre a Natura e a petroquímica Braskem e já havia sido anunciada recentemente, mas ainda sem a data definida para o lançamento.
O plástico verde será lançado gradualmente, a partir de outubro, nas embalagens de refil. Marcos Vaz e o diretor-presidente da Natura, Alessandro Carlucci, estiveram hoje no lançamento do Movimento Empresarial pela Proteção e Uso Sustentável da Biodiversidade, em São Paulo, evento que contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O movimento tem o objetivo de mobilizar o setor empresarial para a construção de propostas sobre o tema a serem apresentadas ao governo em setembro.
Os empresários esperam que o Brasil exerça, em outubro, um papel de liderança durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), em Nagoya, no Japão. O objetivo da convenção é preservar a biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e fomentar a repartição dos benefícios oriundos da utilização dos recursos genéticos. O movimento empresarial tem o apoio da Natura, CPFL, Walmart, Vale e Alcoa.
América Latina
As metas socioambientais descritas no balanço da Natura vão se estender para as unidades terceirizadas de produção na América Latina que estão em fase de planejamento, afirmou Vaz.
Em julho, a companhia informou que pretende iniciar a produção terceirizada em pelo menos um país da América Latina até o final de 2010, e em mais três países no próximo ano. Vaz explicou que esse processo "tem relações diretas com a questão ambiental". Segundo ele, a reestruturação da malha logística e a descentralização da produção eliminam boa parte das emissões de gás carbônico com transporte dos produtos até o consumidor final. Vaz também contou, sem dar muitos detalhes, que a empresa já iniciou conversações com clientes e fornecedores dos países vizinhos para desenvolver projetos sociais adequados às comunidades locais.

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