terça-feira, 15 de novembro de 2016

Cientistas mexicanos criam bioplástico a partir do melaço e da bactéria Azotobacter vinelandii

Um grupo de cientista do Instituto de Biotecnologia (IBT), UNAM, campus Morelos, na Cidade do México criou a partir de um subproduto da indústria açucareira e da bactéria Azotobacter vinelandii , um bioplástico com várias aplicações na área industrial e médica, onde ele pode ser utilizado em implantes e engenharia de tecidos.  A pesquisa esta em processo de obtenção de patente e levou à criação de uma  Spin Off , isto é, uma  empresa de tecnologia que participa nos ganhos econômicos com a UNAM. Sobre a criação da empresa Biopolymex, o Dr. Carlos Peña Malacara, um pesquisador do IBT e um dos responsáveis pelo desenvolvimento científico, explica que a empresa surgiu em 2010 como uma empresa comercial, fundada por acadêmicos de várias instituições da UNAM.  A empresa foi criada como resultado do interesse pela produção de um plástico biodegradável conhecido como PHB, que é obtido nos laboratórios do IBT e que tem potencial industrial "Os usos deste bioplástico são diversos, desde a fabricação de pratos e embalagens que se degradam como adubo no meio ambiente, e ate mesmo próteses. O principal benefício é ambiental, e muitos países, como  por exemplo, a França, estão tomando a  iniciativa de proibir o uso de plástico sintéticos, e apenas sacolas e outros materiais feitos de bioplásticos derivados dos vegetais será permitido. "O IBT considera que este bioplástico poderá ser utilizado na indústria automobilística para substituir peças de plástico convencional; e na área medica,  testes biomédicos foram realizados para o desenvolvimento de tecidos feitos usando em conjunto com células de rim, da pele ou do coração para transplante. São materiais completamente biocompatíveis , "enfatiza Dr. Peña Malacara. 
Açúcar + bactérias = bioplástico
As bactérias  Azotobacter vinelandii  se alimentam bem de açúcares, principalmente sacarose, glicose, frutose e melaço de cana, que é um substrato barato e que contém uma grande quantidade de açúcar; o processo de cultivo é realizado em reatores para a geração de biopolímero e a produção de bioplástico pode ser de até 35 gramas por litro de cultura. 
Em colaboração com a Faculdade de Farmácia da Universidad Autónoma del Estado de Morelos, cientistas do IBT testaram as células renais, que se encaixam perfeitamente, dadas as propriedades biológicas e físico-químicas deste tipo de membrana., enquanto que, para a obtenção da matéria prima criaram alguns laços comerciais com os produtores de cana-de-açúcar no estado de Puebla, que estão ligados às usinas de açúcar na região. 


Fonte:
http://www.jornada.unam.mx/

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